IEDI na Imprensa - Indústrias Mantêm Crescimento, diz IBGE
Indústrias Mantêm Crescimento, diz IBGE
Folha de São Paulo - 15/12/2004
Retomada - Produção aumentou em outubro em todas as 14 regiões pesquisas, mas sete apresentaram ritmo menor de expansão
Janaina Lage
Da Folha Online, no Rio
A produção industrial cresceu em todas as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2003. Apesar do crescimento, sete dos locais pesquisados apresentaram ritmo menor de expansão industrial.
Segundo André Macedo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, o resultado das regiões em outubro foi afetado pela melhora na base de comparação e pelo efeito calendário. "É preciso levar em consideração a base de comparação mais elevada do final de 2003 e o maior número de dias úteis de outubro do ano passado." Em 2003, o mês teve três dias úteis a mais.
A desaceleração no ritmo de expansão foi mais visível em São Paulo e no Paraná. De acordo com Macedo, o resultado de São Paulo, que passou de expansão de 15,7% em setembro para 5,5% em outubro, foi influenciado pelo menor crescimento de materiais eletrônicos para comunicações, com destaque para celulares.
Outras pressões negativas para o desempenho industrial em São Paulo foram as atividades de edição e impressão (menos 17,8%) e de refino de petróleo e produção de álcool (baixa de 5,3%).
No Paraná, os resultados fortes dos setores de veículos automotores e máquinas e equipamentos em outubro do ano passado também contribuíram para reduzir o ritmo de expansão da indústria neste ano.
O crescimento passou de 19,2% em setembro para 6,7% em outubro. As principais pressões negativas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (menos 22,4%), mobiliário (menos 13,2%) e alimentos (menos 2,8%).
No ano, acima da média
O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) destaca que os dois Estados acumulam taxas de crescimento no ano e nos últimos 12 meses acima da média nacional. São Paulo registrou expansão de 12,2% de janeiro a outubro.
"Isso se deve ao bom desempenho ao longo do ano dos setores de bens de consumo duráveis e de bens de capital, cujas produções localizam-se em grande medida nas duas regiões", afirma nota divulgada pelo instituto.
Bahia e Espírito Santo foram exceções e registraram aumento no ritmo de expansão. O primeiro cresceu 7,3%, e o segundo, 8,5%.
Outros Estados, como Amazonas e Minas Gerais, mantiveram o ritmo do mês anterior, com resultados positivos de 5,8% e de 6,3%, respectivamente.