14 de setembro de 2012

Indústria
O desempenho industrial ainda fraco


  

 
A Carta IEDI de hoje trata de temas relativos ao desempenho industrial em julho. Como se sabe, começam a aparecer sinais de que o segundo semestre deste ano poderá ser melhor para a indústria brasileira, pois a produção industrial voltou a crescer em julho (0,3%), após crescimento de 0,2% em junho. Já o emprego industrial e as horas pagas na indústria, que vinham de quatro recuos sucessivos, apresentaram variações positivas no mês de julho: aumentos de, respectivamente, 0,2% e 0,3% – todas essas taxas calculadas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal.

No entanto, a cautela quanto ao andamento das atividades industriais permanece. Ao desagregar a produção, observa–se que apenas cinco das catorze localidades pesquisadas pelo IBGE apresentaram aumento na passagem de junho para julho. Portanto, o crescimento de julho ainda não representa um movimento mais generalizado de retomada da produção. E mais: pode–se observar também que os níveis de produção vêm oscilando bastante ao longo deste ano nas diferentes localidades do País.

No estado de São Paulo, a produção voltou a cair em julho (–0,7%), assim como ocorreu em Minas (–0,2%). No Rio de Janeiro, ainda que a produção industrial tenha subido 4,6% em julho, isso não representou senão uma recuperação parcial da queda de 5,1% registrada para o estado fluminense em junho (todas as taxas calculadas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal).

Por outro lado, o momento adverso pelo qual passa o emprego na indústria fica claro em comparações alternativas. Ao se comparar julho deste ano com igual mês do ano passado, por exemplo, houve queda do emprego industrial em doze das catorze regiões pesquisadas pelo IBGE. Portanto, um comportamento negativo generalizado. Destacaram-se, nessa comparação, os recuos do pessoal ocupado na indústria em São Paulo (–3,1%), na Região Nordeste (–2,0%), no Rio Grande do Sul (–2,3%), na Região Norte e Centro–Oeste (–1,2%), em Santa Catarina (–1,2%) e em Pernambuco (–2,8%).
  

 

 

 

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