Carta IEDI
Bens da Indústria de Transformação no 1º Sem./2015: Déficit Menor, mas com Exportações em Queda
Na primeira metade de 2015, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,2 bilhões, revertendo os déficits registrados em primeiros semestres de 2014 e de 2013. No caso dos bens tipicamente produzidos pela indústria de transformação, o déficit caiu de US$ 34,9 bilhões em janeiro-junho de 2014 para um saldo negativo de US$ 23,5 bilhões.
Contudo a melhora no resultado comercial, seja da balança como um todo, seja da de produtos típicos da indústria de transformação, decorreu muito mais de um encolhimento na corrente de comércio, na qual o decréscimo nas importações foi mais agudo que nas exportações. O saldo comercial total voltou a ficar superavitário por conta de uma queda de 14,7% nas exportações e recuo de 18,5% nas importações. Quanto às mercadorias provenientes da indústria de transformação, suas vendas externas declinaram pela quarta vez consecutiva, caindo de US$ 62,8 bilhões no primeiro semestre de 2014 para US$ 57,2 bilhões no mesmo período de 2015, um retrocesso de 7,9%. O fato da magnitude do déficit ter diminuído refletiu, portanto, a retração nas importações não só dos itens em comento, de 16,7%, mas também dos demais bens que compõem a balança comercial do País, retrocesso de 30,2%.
Concentrando na comparação entre acumulados até junho, em especial frente a 2014, e empregando a classificação da indústria de transformação por intensidade tecnológica da OCDE, os dados do comércio exterior brasileiro são passíveis de olhar sob nova lupa:
- As trocas externas de bens fabricados por atividades de alta intensidade tecnológica geraram déficit de US$ 13,2 bilhões até junho do ano, um déficit de grandeza menor do que o experimentado em igual acumulado dos quatro anos anteriores. Aliás, foi o único dos quatro segmentos de intensidade tecnológica a lograr exportações superiores às do período equivalente de 2014, embora tenha sido de pouca monta: acréscimo de 0,7%. As vendas externas chegaram a US$ 4,5 bilhões. Assim, mesmo com o aumento ainda é o segmento de intensidade tecnológica que menos exporta. Os produtos da indústria aeronáutica continuam sendo os únicos superavitários dessa faixa, tendo também conseguido maior venda para o exterior. O déficit é puxado pelos bens do complexo eletrônico e pelos produtos farmacêuticos.
- A faixa segmento de média-alta intensidade apresentou o maior déficit dentre as quatro faixas, de US$ 23,5 bilhões. Esse número ocorreu com recuo de 12,8% na exportação. Até junho último, o País exportou US$ 14,8 bilhões desses itens. Todavia, por conta do retrocesso nas importações, o déficit desses produtos diminuiu frente a seus equivalentes de 2014, de 2013, 2012 e de 2011. Neste segmento, que abrange os materiais de transporte terrestre, parte substantiva dos bens de capital, além de produtos químicos, todos os ramos experimentaram déficit e exportaram menos do que no primeiro semestre do ano passado.
- Quanto aos produtos tipicamente originários da indústria de média-baixa intensidade tecnológica, estes presenciaram déficit de US$ 2,7 bilhões, o sexto consecutivo, embora menor do que o observado no mesmo acumulado dos três anos anteriores. As exportações diminuíram 1,7%. As importações retrocederam 23,4%. Tais comportamentos refletem os resultados nos fluxos comerciais dos dois principais tipos de bens desta faixa: derivados do refino de petróleo, combustíveis e afins; e produtos metálicos, com destaque para commodities industriais.
- Passando ao grupo dos bens típicos das atividades de baixa intensidade tecnológica, como de costume, logrou o único superávit dentre as quatro faixas, de US$ 15,9 bilhões. Mas trata-se do mais baixo superávit para primeiro semestre desde 2009. E ficou aquém também do registrado em janeiro-junho de 2007 e de 2008. As exportações declinaram 9,6% em relação ao mesmo período de 2014, com as importações também recuando, queda de 8,4%. Tal grupamento abrange grosso modo dois tipos de mercadorias: aquelas cujos processos produtivos utiliza intensivamente recursos naturais abundantes no Brasil; e bens cuja produção são intensivas em recursos humanos. As vendas externas de alimentos, bebidas e fumo – principal item da balança industrial do País – retrocederam, enquanto as de produtos madeireiros, de papel e celulose e produtos gráficos cresceram ligeiramente.
Bens Típicos da Indústria de Transformação e a Balança Comercial. Após dois anos nos quais o primeiro semestre encerrou com a balança comercial registrando déficit, o Brasil experimentou superávit de US$ 2,2 bilhões. No mesmo período de 2014, o intercâmbio de bens apresentou déficit de US$ 2,5 bilhões. No caso do saldo dos bens tipicamente produzidos pela indústria de transformação, seu déficit, que foi de US$ 34,9 bilhões em janeiro-junho do ano passado, ficou em US$ 23,5 bilhões. Ainda assim, foi o quarto maior déficit em produtos da indústria de transformação já observado num primeiro semestre para o Brasil em dólares correntes.
Se, por um lado, a balança comercial total e a dos bens típicos da indústria de transformação melhoraram, por outro, as exportações totais e as de produtos tipicamente oriundos da indústria de transformação retrocederam. As exportações totais caíram 14,7% na primeira metade do ano frente igual acumulado de 2014, caindo de US$ 110,5 bilhões para US$ 94,3 bilhões. Foi o quarto declínio seguido. Já as vendas externas de bens comumente produzidos pela indústria de transformação decresceram 7,9%, saindo de US$ 62,8 bilhões para US$ 57,8 bilhões, consubstanciando assim também a quarta queda seguida.
De qualquer modo, diferentemente dos dois anos anteriores, o primeiro semestre terminou com o superávit dos demais bens, mormente agrícolas e minerais, de US$ 25,8 bilhões, logrando se contrapor ao déficit de US$ 23,5 bilhões dos bens tipicamente provenientes da indústria de transformação. Pena que, mesmo no caso dos demais bens, as exportações também retrocederam, declínio de 23,5% ante o semestre inicial de 2014.
A Balança por Intensidade Tecnológica. Pode-se tratar mais apuradamente o comportamento da balança comercial para bens típicos da indústria de transformação considerando a classificação de suas atividades por intensidade tecnológica adotada pela OCDE. São quatro faixas da indústria de transformação: de alta intensidade, de média-alta, média-baixa e de baixa intensidade tecnológica. A tabulação seguinte descreve tais faixas nos moldes da OCDE.
As trocas externas de bens fabricados por atividades de alta intensidade tecnológica geraram déficit de US$ 13,2 bilhões até junho do ano, um déficit de grandeza menor do que o experimentado em igual acumulado dos quatro anos anteriores. Aliás, foi o único dos quatro segmentos de intensidade tecnológica a lograr exportações superiores a do período equivalente de 2014, embora tenha sido de pouca monta: acréscimo de 0,7%. As vendas externas, assim, chegaram a US$ 4,5 bilhões. Desse modo, mesmo com o incremento ainda é a segmento de intensidade tecnológica que menos exporta. Os produtos da indústria aeronáutica continuam sendo os únicos superavitários dessa faixa, tendo também conseguido maior venda para o exterior.
A faixa segmento de média-alta intensidade apresentou o maior déficit dentre as quatro faixas, de US$ 23,5 bilhões. Esse número ocorreu com recuo de 12,8% na exportação. Até junho último, o País exportou US$ 14,8 bilhões desses itens. Todavia, por conta do retrocesso nas importações, o déficit desses produtos diminuiu frente a seus equivalentes de 2014, de 2013, 2012 e de 2011. Neste segmento, que abrange os materiais de transporte terrestre, parte substantiva dos bens de capital, além de produtos químicos, todos os ramos experimentaram déficit e exportaram menos do que no primeiro semestre do ano passado.
Quanto aos produtos tipicamente originários da indústria de média-baixa intensidade tecnológica, estes presenciaram déficit de US$ 2,7 bilhões, o sexto consecutivo, embora menor do que o observado no mesmo acumulado dos três anos anteriores. As exportações diminuíram 1,7%. As importações retrocederam 23,4%. Tais comportamentos refletem os resultados nos fluxos comerciais dos dois principais tipos de bens desta faixa: derivados do refino de petróleo, combustíveis e afins; e produtos metálicos, com destaque para commodities industriais.
Passando ao grupo dos bens típicos das atividades de baixa intensidade tecnológica, como de costume, logrou o único superávit dentre as quatro faixas, de US$ 15,9 bilhões. Mas trata-se do mais baixo superávit para primeiro semestre desde 2009. E ficou aquém também do registrado em janeiro-junho de 2007 e de 2008. As exportações declinaram 9,6% em relação ao mesmo período de 2014, com as importações também recuando, queda de 8,4%. Tal grupamento abrange grosso modo dois tipos de mercadorias: aquelas cujos processos produtivos utiliza intensivamente recursos naturais abundantes no Brasil; e bens cuja produção são intensivas em recursos humanos. As vendas externas de alimentos, bebidas e fumo – principal item da balança industrial do País – retrocederam, enquanto as de produtos madeireiros, de papel e celulose e produtos gráficos cresceram ligeiramente.
Bens de Alta Intensidade Tecnológica. O conjunto de bens produzidos pelas atividades intensivas em tecnologia teve déficit de US$ 13,2 bilhões em janeiro-junho. Embora elevado, ficou abaixo do observado nos quatro anos anteriores. Ademais as vendas para fora do País conseguiram crescer 0,7%, atingindo US$ 4,5 bilhões. Mesmo sendo a única das quatro faixas de intensidade cujas exportações cresceram na comparação semestre contra igual período do ano anterior, permanece como a menos expressiva em vendas externas. Já as importações ficaram em US$ 17,7 bilhões, mesmo com queda de 14,5%.
Os equipamentos aeronáuticos e aeroespaciais conformaram o único grupo dessa faixa a obter superávit, de US$ 524 milhões, com exportações aumentando 7,0%, alcançando US$ 2,8 bilhões. As importações, a seu turno, declinaram 4,9%.
Os três ramos de bens típicos do complexo eletrônico, como tem sido a tônica, concorreram sobremaneira para o déficit dos produtos da indústria de alta intensidade tecnológica, com o agravante de terem presenciado queda nas exportações. Os equipamentos de áudio, vídeo e telecomunicações (inclusive componentes eletrônicos) viram suas vendas externas caírem 1,4%, significando que o Brasil exportou apenas US$ 330 milhões, sendo que no mesmo semestre de 2006 chegou a exportar US$ 1,8 bilhão. Cumpre frisar que as importações desses bens retrocederam bastante, 17,8%, porém sem tirar o posto de agrupamento de maior déficit da faixa de alta intensidade, saldo negativo de US$ 5,2 bilhões. Menos mal que a magnitude do déficit caiu US$ 1,2 bilhão vis-à-vis igual acumulado de 2014. Quanto às exportações de materiais de escritório e informática, retrocederam 16,1%. Como as importações caíram ainda mais, queda de 20,8%, a grandeza do déficit diminuiu em janeiro-junho de 2015, déficit de US$ 2,7 bilhões. Já o terceiro segmento do complexo eletrônico, de equipamentos e instrumentos médico-hospitalares, ótico e de precisão, suas exportações declinaram 6,4% e suas importações retrocederam 13,8%. Isso não impediu um déficit de monta, de US$ 2,7 bilhão, mas de menor expressão do que o registrado no mesmo acumulado de 2011, 2012, 2013 e de 2014.
Os produtos farmacêuticos experimentaram saldo negativo de US$ 3,0 bilhões, menor do que os déficits presenciados no mesmo semestre dos anos dois anos anteriores e de 2010 e 2011. Todavia o menor déficit também ocorreu com retração nas exportações, de 10,6%, com o Brasil vendendo somente US$ 808 milhões para outros países, caindo pela quarta vez consecutiva. As importações, por sua vez, declinaram 9,9%.
Bens de Média-alta Intensidade Tecnológica. As vendas externas de produtos das atividades de média-alta intensidade tecnológica recuaram 12,8% em janeiro-junho de 2015 frente a igual período do ano passado, situando-se em US$ 14,8 bilhões. Para primeiro semestre, é o terceiro retrocesso seguido das exportações dos bens em questão. As importações, a seu turno, declinaram 23,4%. Isso permitiu que o déficit diminuísse de US$ 28,8 bilhões para US$ 23,5 bilhões, mas permanecesse ainda como o pior resultado dentre as quatro faixas de intensidade tecnológica.
Os produtos químicos (exclusive farmacêuticos) experimentaram variações negativas quer para as exportações – queda de 13,0% – quer para as importações – diminuição de 36,6%. Esses bens continuam tanto com o maior déficit comercial, de US$ 10,7 bilhões, quanto com o maior montante importado, US$ 14,8 bilhões, dentre todos os grupamentos de mercadorias tipicamente produzidos pela indústria de transformação. As exportações ficaram em US$ 4,1 bilhões.
Os equipamentos de transporte fabricados por indústrias de médio-alta intensidade tecnológica totalizaram déficit de US$ 3,2 bilhões. Os produtos automobilísticos responderam por si só por um déficit de US$ 2,6 bilhões. As exportações de produtos automobilísticos declinaram 7,0%, ficando em US$ 5,3 bilhões, enquanto as importações retrocederam 16,6%. Quanto ao grupo dos equipamentos ferroviários e outros de transporte (motocicletas, entre outros), suas exportações retrocederam impressionantes 33,4%, com as importações caindo 23,3%, levando a um resultado negativo de US$ 688 milhões.
As exportações, tanto de máquinas e equipamentos mecânicos ou não especificados noutros segmentos, quanto de máquinas elétricas também encolheram: -16,6% e -19,4%, situando-se em US$ 3,9 bilhões e US$ 1,4 bilhão, respectivamente. Quanto às importações, o comportamento de ambos os grupamentos se distingue, pois as importações de equipamentos mecânicos declinaram 9,9%, enquanto as de máquinas elétricas cresceram 8,4% na metade inicial de 2015. Assim, os déficits ficaram em US$ 6,3 bilhões e em US$ 3,2 bilhões.
Bens de Média-baixa Intensidade Tecnológica. As exportações de gêneros típicos da indústria de média-baixa intensidade tecnológica declinaram 1,7% no primeiro semestre de 2015 vis-à-vis igual acumulado de 2014, ficando em US$ 14,0 bilhões. As importações recuaram 23,4%. Isso não significou a reversão do sinal, sua balança continuou deficitária, embora com menor magnitude: resultado negativo de US$ 2,7 bilhões. Recorde-se que, para primeiro semestre, até 2009, tais bens registravam saldo positivo pela série iniciada em 1989.
As relações de troca dos bens típicos das indústrias de média-baixa intensidade tecnológica são bastante afetadas por dois agrupamentos de mercadorias: produtos metálicos, destacando-se a siderurgia; e bens derivados de petróleo refinado, outros combustíveis e afins.
As vendas para o exterior de produtos de petróleo refinado e afins, que era de US$ 2,3 bilhões no semestre inicial de 2014, recuaram 58,3%, isto é, o País só exportou US$ 966 milhões. Já as aquisições externas, retrocederam 36,6%. Com isso, o déficit caiu de US$ 7,7 bilhões em janeiro-junho de 2014 para US$ 5,4 bilhões no mesmo acumulado de 2015.
As grandezas dos déficits em produtos de petróleo refinado e afins costumavam ser mais do que contrabalançadas pelos superávits de produtos metálicos, mormente da siderurgia, o que mudou desde 2010. O superávit dos produtos metálicos e da siderurgia ficou em US$ 3,7 bilhões no primeiro semestre do ano. Notar que suas exportações subiram 6,4%, alcançando US$ 10,0 bilhões, mas ainda assim tais vendas se encontram aquém do que já se logrou em outros anos para esse mesmo semestre. Suas importações, por sua vez, declinaram 9,9%.
Passando para os grupos de bens de menor expressão, os produtos de minerais não-metálicos tiveram discreto superávit, de US$ 162 milhões, isso após quatro anos em que o primeiro semestre registrava saldo negativo. As exportações aumentaram 3,4%, chegando a US$ 1,0 bilhão, sendo o sexto ano consecutivo de taxas positivas. As importações desses bens caíram 23,3%, permitindo a reversão do sinal da balança.
Os produtos plásticos e de borracha, por sua vez, viram suas exportações diminuírem 7,8% no semestre inicial de 2015, enquanto as importações recuaram 16,6%. Tais variações concorreram para que o saldo desses itens ficasse negativo em US$ 1,4 bilhão, déficit menor do que o registrado no mesmo período de 2013 e de 2014.
O intercâmbio de embarcações, navios etc. registrou superávit de US$ 208 milhões no primeiro semestre de 2015, contrastando com o déficit de US$ 342 milhões observado em igual acumulado de 2014. O País exportou US$ 756 milhões desses produtos.
Bens de Baixa Intensidade Tecnológica. Em janeiro-junho de 2015, o Brasil exportou 9,6% menos bens tipicamente oriundos de ramos de baixa intensidade tecnológica, vendendo portanto US$ 24,5 bilhões para outras economias. Já as importações caíram 8,4%. Assim, ainda que bastante expressivo, o superávit do segmento diminuiu de US$ 17,7 bilhões para US$ 15,9 bilhões. Trata-se do único dos quatro segmentos por intensidade tecnológica com saldo positivo, mas a redução do superávit fez com que não fosse capaz de contrabalançar o déficit dos demais, ainda que a magnitude tenha diminuído.
A condição superavitária do grupamento de bens em tela decorre sobretudo da balança dos produtos industriais de alimentação, bebidas e fumo, cujo superávit atingiu US$ 13,7 bilhões. Todavia, a exemplo do segmento de baixa intensidade como um todo, tal superávit ficou aquém do observado em janeiro-junho de 2014. De fato, suas vendas externas declinaram 12,2%, ficando em US$ 16,9 bilhões, enquanto as importações caíram 10,2%.
O intercâmbio de produtos do segmento madeireiro, de papel e celulose, impressão gráfica e afins teve superávit de US$ 3,8 bilhões nesse primeiro semestre de ano, sendo o melhor resultado da série iniciada em 1989 para acumulado até junho. Nesse caso, as exportações contribuíram para tanto, com incremento de 2,0%, galgando US$ 4,8 bilhões, também recorde. Quanto às importações, estas caíram 16,6%. Apesar desse desempenho, não logrou contrabalançar a redução no superávit de alimentos, bebidas e fumo, fazendo com que a magnitude do superávit de toda o segmento de baixa intensidade caísse.
Os dois outros conjuntos de bens típicos da indústria de baixa intensidade têm registrado déficit nos últimos anos. As exportações produtos diversos ou reciclados declinaram 5,0%, enquanto as aquisições do exterior recuaram 9,6%. Esse ramo ficou com déficit de US$ 422 milhões. Os produtos das indústrias têxtil, de vestuário, couro e calçados apresentaram também encolhimento nas vendas externas, de 11,9%, mas com aumento das importações, de 3,7%. Com isso, o País exportou US$ 2,3 bilhões desses itens, com o déficit ficando em US$ 1,2 bilhão.
Esse conjunto de mercadorias logo acima se diferenciam dos superavitários dessa mesma faixa. Os produtos têxteis, vestuário, calçados e artigos de couro são intensivos em mão-de-obra, apesar de parte deles ser susceptível a estratégias de diferenciação de bens. Quanto aos gêneros das indústrias de alimentos, bebidas, madeireiras, seus processos produtivos utilizam de modo intensivo recursos naturais, nos quais o Brasil é reconhecidamente abundante.