Carta IEDI
Perspectivas para a Economia Global em 2015
Resumo
Apesar das divergências em relação às causas dos problemas atuais enfrentados pela economia brasileira (crise industrial, aceleração da inflação, desaceleração do consumo e do mercado de trabalho, elevado déficit em conta corrente, etc), há hoje um consenso entre gestores de política econômica, analistas de mercado e economistas dos mais diversos matizes teóricos, qual seja: a economia brasileira enfrentará em 2015 a pior recessão desde o ano de 1990. Todavia, as estimativas divergem quando à intensidade da recessão, em função do modelo utilizado, bem como das hipóteses em relação aos chamados “fatores externos”.
Assim, é importante lançar um olhar sobre a evolução recente e as perspectivas para a economia internacional, cuja dinâmica pode contribuir para aliviar ou reforçar o quadro recessivo doméstico. Com esse intuito, esta Carta IEDI apresenta o cenário para a economia global em 2015 (atividade econômica, comércio internacional e fluxos de capitais) do Panorama da Economia Global (World Economic Outlook – WEO) do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado em abril.
As projeções dão conta de uma expansão de 3,5% da economia mundial em 2015, um avanço de somente 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2014. As economias “avançadas” devem crescer 2,4%, enquanto as “emergentes e em desenvolvimento”, 4,3%, frente aos percentuais de 1,8% e 4,6%, respectivamente, observados em 2014. Ou seja, no primeiro grupo o crescimento deve ganhar ritmo (+ 0,6 p.p), enquanto no segundo projeta-se uma desaceleração de 0,3 p.p, o que, se confirmado, resultará em redução da divergência de crescimento, de 2,8 p.p para 1,9 p.p no corrente ano.
Embora as economias de emergentes e em desenvolvimento continuem crescendo a uma taxa superior que suas congêneres avançadas, este é o segundo ano sucessivo em que essas últimas serão responsáveis pela aceleração do ritmo de expansão da economia mundial. Ou seja, o cenário atual do FMI supõe a continuidade em 2015 do novo perfil do desempenho da atividade econômica mundial que emergiu no segundo semestre de 2013, marcado pela aceleração, mesmo que tímida, do crescimento nas economias avançadas, simultaneamente à desaceleração do segundo grupo.
No caso dos países avançados, destaca-se o impacto positivo da deflação do preço do petróleo, que se reforçou após setembro de 2014, e da depreciação do euro e do iene frente ao dólar, impulsionadas pela divergência nas respectivas políticas monetárias (agressivos afrouxamentos quantitativos na região da moeda única e no Japão e perspectiva de alta da Fed Fund Rate em 2015). Com as taxas de juros básicas no chamado “zero lower bond”, a depreciação cambial tornou-se o principal mecanismo de transmissão dessas políticas para a demanda agregada via estímulo às exportações líquidas.
No âmbito das economias emergentes e em desenvolvimento, a diminuição dos preços do petróleo e das commodities metálicas e agrícolas deteriorou ainda mais as perspectivas de crescimento de duas regiões exportadoras desses bens, quais sejam, a América Latina (de 1,6% para 0,9%) e a Comunidade dos Estados Independentes (de -1,4% para -2,6%). Em contrapartida, as economias emergentes e em desenvolvimento importadoras líquidas dessa commodity energética foram beneficiadas. A Europa central e do leste crescerá num ritmo ligeiramente superior a 2014 (2,9% contra 2,8%). Já a Ásia emergente e em desenvolvimento deve desacelerar frente a 2014 (6,6% contra 6,8%), mas sustentará o maior ritmo de expansão entre as regiões desse grupo na medida em que a desaceleração do crescimento da China (7,4% para 6,8%) será acompanhada pela aceleração da economia indiana (7,2% para 7,5%).
A desaceleração da China teve um papel fundamental na deterioração do desempenho da América Latina. A emergência desse país como potência econômica e sua forma de inserção internacional resultou numa categoria até então inédita: uma economia em desenvolvimento (ou de renda baixa e média) que não é periférica, mas, sim, central, já que sua dinâmica afeta decisivamente o desempenho da economia mundial e, sobretudo, dos demais países em desenvolvimento, que continuam sendo periféricos. Dois canais de influência têm sido cruciais: os preços das commodities, que seguirão em queda em 2015, e o volume do comércio. Nesse caso, o desempenho deve ser melhor do que em 2014 (3,7% contra 3,4%), já que aceleração do crescimento das economias avançadas (e centrais) mais que compensará o efeito negativo da perda de ritmo da demanda externa chinesa. Ainda sobre esse volume, o FMI destaca que, ao lado desses fatores conjunturais, seu menor dinamismo pode estar também relacionado a um fator estrutural: o ritmo mais lento de fragmentação da produção após a crise financeira e econômica global.
No que diz respeito aos fluxos de capitais para as economias emergentes, as condições monetárias nas economias avançadas, sobretudo nos Estados Unidos, país emissor da divisa-chave, continuam sendo os determinantes em última instância. O início da fase de alta da Fed Fund Rate pelo Federal Reserve afetará negativamente esses fluxos, em trajetória descendente desde 2013. Outra fonte de incerteza, que pode abalar as condições de financiamento das economias emergentes, refere-se à possibilidade de saída da Grécia da área do Euro (o chamado Grexit) já que persiste o impasse nas negociações desse país com a Comunidade Europeia, o BCE e o FMI.
Contudo, as informações recentes divulgadas após a publicação do WEO de abril de 2014 sugerem que o desempenho econômico global pode se revelar menos desfavorável para o Brasil do que suposto no cenário básico atual do FMI.
Por outro lado, a área do euro surpreendeu positivamente e teve um desempenho superior ao americano, avançando 0,4% no primeiro trimestre de 2015. Embora este percentual tenha sido bem próximo ao registrado no trimestre anterior (0,3%), a composição do crescimento foi bem mais equilibrada, com a França e Espanha expandindo 0,6% e 0,9%, respectivamente, contra 0,3% da Alemanha. Em relação aos determinantes, não há novidades em relação ao cenário do FMI. O Fundo parece ter subestimado o efeito cumulativo sobre a atividade econômica da combinação de quatro fatores: moeda depreciada; melhores condições financeiras; fim da austeridade fiscal; e baixos preços do petróleo. Apesar das incertezas em relação à Grécia, recuperação da área do euro é uma boa notícia, podendo contribuir, ao lado do patamar mais depreciado do real, para o crescimento das exportações brasileiras de bens manufaturados.
Introdução. Apesar das divergências em relação às causas dos problemas atuais enfrentados pela economia brasileira (crise industrial, aceleração da inflação, desaceleração do consumo e do mercado de trabalho, elevado déficit em conta corrente, etc), há hoje um consenso entre gestores de política econômica, analistas de mercado e economistas dos mais diversos matizes teóricos, qual seja: a economia brasileira enfrentará em 2015 a pior recessão desde o ano de 1990. Todavia, as estimativas divergem quando à intensidade da recessão, em função do modelo utilizado, bem como das hipóteses em relação aos chamados “fatores externos”.
Assim, é importante lançar um olhar sobre a evolução recente e as perspectivas para a economia internacional, cuja dinâmica pode contribuir para aliviar ou reforçar o quadro recessivo doméstico. Com esse intuito, esta Carta IEDI apresenta o cenário para a economia global em 2015 desenhado pelo FMI na edição de abril do relatório Panorama da Economia Global (World Economic Outlook – WEO). A primeira parte debruça-se sobre a atividade econômica, enquanto a segunda parte analisa as tendências do comércio internacional e dos fluxos de capitais para as economias emergentes e em desenvolvimento.
Atividade Econômica Global. As novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas no WEO de abril, preveem uma expansão de 3,5% da economia mundial em 2015, um avanço de somente 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2014. Ou seja, na realidade, o produto global manterá praticamente o mesmo ritmo de dinamismo registrado no ano passado. Em comparação com a estimativa anterior, de janeiro de 2015 (quando o FMI divulga o update do cenário divulgado no WEO de outubro) não houve mudanças. Já as perspectivas para 2016 tornaram-se um pouco mais favoráveis, passando de 3,7% para 3,8% (ver Tabela).
As projeções para os dois principais grupos de economias em 2015 também não sofreram alterações entre as duas publicações. As economias classificadas como “avançadas” pelo FMI devem crescer 2,4%, enquanto as “emergentes e em desenvolvimento” 4,3%, frente aos percentuais de 1,8% e 4,6% observados em 2014. Assim, no primeiro grupo o crescimento deve ganhar ritmo (+ 0,6 p.p), enquanto no segundo projeta-se uma desaceleração de 0,3 p.p, o que, se confirmado, resultará numa redução da divergência de crescimento, de 2,8 p.p para 1,9 p.p no corrente ano.
Todavia, vale destacar que, embora as economias emergentes e em desenvolvimento continuem crescendo a um ritmo superior que suas congêneres avançadas, este é o segundo ano sucessivo em que essas últimas serão responsáveis pela aceleração do ritmo de expansão da economia mundial. Assim, o cenário atual do FMI supõe a continuidade em 2015 do novo perfil do desempenho da atividade econômica mundial que emergiu no segundo semestre de 2013, marcado pela aceleração, bem tímida, do crescimento nas economias avançadas, simultaneamente à desaceleração do segundo grupo.
Embora os patamares previstos de crescimento para 2015 para esses dois grupos sejam os mesmos nos dois cenários, houve importantes mudanças na sua composição. No âmbito das economias avançadas, a assimetria diminuiu no cenário de abril. Isso porque, a projeção para a economia americana, que têm liderado a expansão dos países avançados no período que sucedeu a crise financeira global de 2008, recuou de 3,6% para 3,1%. Em contrapartida, no caso do Japão e da área do euro, que têm se revezado na posição de “lanterninha”, as estimativas aumentaram 0,4 p.p e 0,3 p.p, respectivamente. Para o Reino Unido, em segundo lugar no ranking desse grupo de países, não houve alteração (+2,7%). Na área do euro, também houve mudanças positivas, já que a pequena aceleração no crescimento decorre não somente do aumento da previsão para a Alemanha (+0,3 p.p), mas também para a França e para a Espanha (+ 0,3 p.p nos dois casos).
Já no âmbito das economias emergentes, no cenário de abril a assimetria se ampliou. Enquanto a estimativa para Europa central e do leste não foi alterada (2,9%), para a Ásia emergente o crescimento aumentou para 6,6% (+ 0,2 p.p frente à previsão de janeiro) em função do melhor desempenho esperado para a Índia (7,5%), superior ao da China (6,8%), que se manteve constante. Já para a Comunidade dos Estados Independentes a queda projetada para o PIB se ampliou (1,4% para 2,6%) e para a América Latina a expansão recuou de 1,3% e 0,9%. Esses dois últimos resultados decorrem da dinâmica recente e estimada dos preços das commodities, como destacado a seguir.
Como em todos cenários ancorados em séries temporais, a revisão das projeções do FMI entre as duas publicações do WEO reflete o impacto no comportamento dessas séries da incorporação de novos dados sobre o desempenho macroeconômico no final de 2014 e início de 2015.
No caso dos países avançados, destaca-se o impacto positivo da deflação do preço do petróleo, que se reforçou após setembro, e da depreciação do euro (impulsionada pelo anúncio em janeiro de uma política de afrouxamento quantitativa mais agressiva do que o esperado pelo Banco Central Europeu - BCE) sobre, respectivamente, o consumo das famílias e as exportações líquidas. Quanto aos demais componentes da demanda agregada da região, o gasto público passou a atuar de forma predominantemente neutra e o investimento privado continua fraco, com exceção da Irlanda, Espanha e Alemanha.
Além da área do Euro, a economia japonesa também foi beneficiada pelo impacto da divergência entre as políticas monetárias no âmbito dos três principais países/regiões avançados sobre a dinâmica das taxas de câmbio. A perspectiva de alta da Fed Fund Rate no segundo semestre de 2015 simultaneamente à intensificação das políticas monetárias não-convencionais na área do Euro (janeiro) e no Japão (outubro de 2014) resultou numa apreciação do dólar em termos reais efetivos (frente às moedas das principais economias avançadas) de 14% na comparação com o patamar utilizado no cenário do WEO de outubro de 2014. Com as taxas de juros básicas no chamado “zero lower bond”, a depreciação cambial tornou-se o principal mecanismo de transmissão dessas políticas para a demanda agregada via estímulo às exportações líquidas. No Japão, outro canal de transmissão, menos potente, foi o efeito-riqueza proporcionado pela alta dos preços das ações.
Além disso, nos dois casos, a queda dos preços do petróleo contribuiu não somente para o aumento da renda disponível, mas também para a redução nas projeções de inflação e, consequentemente, dos rendimentos dos títulos soberanos de longo prazo. Com isso, as condições financeiras (medidas pelos indicadores Patrimônio líquido/renda bruta disponível e dívida das famílias/renda bruta disponível) foram favorecidas. Contudo, na área do Euro a variação do crédito para o setor privado manteve-se em patamar negativo, atuando negativamente sobre o desempenho da região.
Já nos Estados Unidos, de acordo com as informações disponíveis no momento de atualização do cenário pelo staff do FMI, o efeito negativo da apreciação cambial sobre as exportações líquidas foi mais do que neutralizado por um conjunto de fatores positivos que sustentaram a demanda doméstica, dentre os quais a continuidade da trajetória benigna dos indicadores de endividamento (em função dos numeradores e do denominador, a renda bruta disponível) e a alta dos preços dos imóveis.
No âmbito das economias emergentes e em desenvolvimento, a diminuição dos preços do petróleo e das commodities metálicas e agrícolas deteriorou ainda mais as perspectivas de crescimento de duas regiões exportadoras desses bens, quais sejam, a América Latina (de 1,6% para 0,9%) e a Comunidade dos Estados Independentes (de -1,4% para -2,6%), essa última também afetada pelos conflitos geopolíticos. A evolução adversa desses preços, por sua vez, está relacionada à desaceleração da demanda em importantes economias, sobretudo emergentes, com destaque para a China. No caso desse país, a redução do patamar de crescimento reflete não somente a “correção de excessos” (crescimento excessivo do crédito, dos investimentos e dos preços dos imóveis) administrada pelo governo, mas também uma mudança no perfil de desenvolvimento, com o aumento do peso do consumo doméstico.
Em contrapartida, as economias emergentes e em desenvolvimento importadoras líquidas dessa commodity energética foram beneficiadas. A projeção para a Europa central e do leste (2,9%) não sofreu alteração frente ao cenário de janeiro, mas, se confirmada, representa uma ligeira melhora frente a 2014 (2,8%), também em função do melhor desempenho da área do Euro devido aos estreitos laços produtivos e comerciais entre as duas regiões. A Ásia emergente e em desenvolvimento deve desacelerar frente a 2014 (6,6% contra 6,8%), mas num menor ritmo do que o estimado em janeiro (6,4%), igualmente beneficiada pelo alívio nos gastos externos com petróleo.
Comércio Internacional e Fluxos de Capitais para as Economias Emergentes. O FMI divide as economias em “avançadas” e “emergentes e em desenvolvimento”, com base em indicadores quantitativos de desempenho econômico. Esse mesmo critério é utilizado por outras instituições multilaterais, como a UNCTAD (United Nations Conference for Trade and Development) e o World Bank, que, todavia, utilizam termos diferentes (desenvolvidas/em desenvolvimento e economias de renda alta/renda baixa e média). Embora as métricas possam variar, de forma geral economias avançadas são de renda alta e desenvolvidas e, da mesma forma, economias emergentes e em desenvolvimento são de renda média e baixa.
Já os termos economias centrais e economias periféricas, utilizados pela literatura estruturalista (Lustig, 1988), remetem à influência que um conjunto de países exerce na dinâmica da economia internacional. Assim, as economias centrais (o centro) determinariam, em última instância, essa dinâmica em âmbito produtivo e financeiro, enquanto as periféricas (a periferia) seriam dependentes e subordinadas. Embora os critérios sejam diferentes, até recentemente o termo “centrais” podia ser utilizado como sinônimo de “avançadas/desenvolvidas/renda alta”, já que essas economias ditavam a dinâmica da economia mundial. Contudo, no contexto recente, as relações de dependência e subordinação são muito mais complexas do que as vigentes quando a metáfora “centro-periferia” foi lançada por Raul Prebish (1949) e mesmo às observadas até os anos 1990.
A emergência da China como potência econômica e sua forma de inserção internacional resultou numa categoria até então inédita: uma economia em desenvolvimento (ou de renda baixa e média) que não é periférica, mas, sim, central, já que sua dinâmica afeta decisivamente o desempenho da economia mundial e, sobretudo, dos demais países em desenvolvimento, que continuam sendo periféricos. Dois canais fundamentais de influência são os preços das commodities e o volume do comércio internacional.
A desaceleração adicional do crescimento chinês em 2015 frente a 2014 continuará exercendo pressões baixistas sobre os preços das commodities. No caso do petróleo, contudo, a deflação bem como expressiva reflete a atuação de fatores específicos, dentre os quais a oferta maior que a esperada simultaneamente à redução da demanda devido ao aumento da eficiência energética. Já o volume do comércio internacional deve crescer 0,3 p.p frente a 2014, atingindo 3,7% esse ano. Nesse caso, a aceleração do crescimento das economias avançadas (e centrais) mais que compensará o efeito negativo da desaceleração da demanda externa chinesa. Ainda sobre esse volume, o FMI destaca que, ao lado desses fatores conjunturais, seu menor dinamismo pode estar também relacionado a um fator estrutural: o ritmo mais lento de fragmentação da produção após a crise financeira e econômica global.
A influência da China não se restringe à dimensão comercial. Além dos crescentes investimentos diretos externos nas demais economias centrais (Estados Unidos e Europa) e na periferia (África e América Latina), os bancos estatais chineses têm ampliado agressivamente seus empréstimos para essas duas regiões (Gallagher, Irwin and Kolesky, 2012). Contudo, no que diz respeito aos fluxos de capitais financeiros para as economias emergentes, as condições monetárias e financeiras nas economias avançadas, sobretudo nos Estados Unidos, país emissor da divisa-chave, continuam sendo as determinantes em última instância.
No cenário de abril, o FMI prevê o início da fase de alta da Fed Fund Rate pelo Federal Reserve (Fed) no segundo semestre de 2015, o que afetará negativamente esses fluxos, em trajetória descendente desde 2013. Todavia, as condições monetárias frouxas no Japão e Europa devem atenuar esse impacto. Na América Latina, fatores domésticos podem ter efeitos antagônicos sobre esses fluxos. Enquanto a queda dos preços das commodities afetou negativamente as expectativas e, assim, os prêmios de risco, a trajetória ascendente das taxas de juros básicas (com destaque para a brasileira) pode atrair fluxos especulativos. Mas, o impacto líquido desse conjunto de fatores é incerto. Outra fonte de incerteza, que pode abalar as condições de financiamento das economias emergentes, refere-se à possibilidade de saída da Grécia da área do Euro (o chamado Grexit) já que persiste o impasse nas negociações com a Comunidade Europeia.
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