Carta IEDI
A Indústria em Março de 2015: Perdas Cada Vez Maiores
De acordo com o IBGE, a produção industrial de março reduziu-se 0,8% em comparação a fevereiro na série livre de influências sazonais, após recuar 1,3% no mês anterior. Em relação a março de 2014 a indústria assinalou queda de 3,5%. Contudo, a indústria acumulou decréscimo de 5,9% no primeiro trimestre do ano em comparação ao mesmo período de 2014.
A queda de 5,9% em janeiro-março de 2015 foi a quarta taxa negativa consecutiva e a mais acentuada desde julho-setembro de 2009 (-8,1%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A maior intensidade da queda nesse trimestre em relação ao indicador de outubro-dezembro de 2014, ambos em comparação ao mesmo período do ano anterior, foi observada em três categorias econômicas: bens de consumo duráveis (de -9,1% em outubro-dezembro de 2014 para -15,8% em janeiro-março de 2015), bens de capital (de -11,6% para -18,0%), bens de consumo semi e não-duráveis (de -1,6% para -5,9%), enquanto bens intermediários registraram taxa mais branda, porém também negativa (de -3,4% para -2,8%).
Em termos de ramos econômicos, no contraste entre janeiro-março de 2015 e janeiro-março de 2014, as quedas mais expressivas foram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,7%), seguidos por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,0%), máquinas e equipamentos (-8,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,2%), metalurgia (-6,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,9%), produtos de metal (-7,6%), produtos alimentícios (-1,8%), produtos de minerais não-metálicos (-5,7%), outros produtos químicos (-3,7%), bebidas (-5,3%), produtos de borracha e de material plástico (-4,9%) e produtos têxteis (-6,7%). Por sua vez, entre os que tiveram elevação de produção estão as indústrias extrativas (10,3%), puxada pela extração de minérios de ferro pelotizados e de óleos brutos de petróleo.
Após uma baixa significativa em fevereiro, a utilização média da capacidade instalada de março de 2014, com ajuste sazonal, medida pela CNI cresceu de 78,8% para 80,5% em março de 2015. O indicador da FGV dessazonalizado, porém, registrou uma queda de 80,6% para 79,6% na passagem de fevereiro para março de 2015.
O decrescimento da atividade em março em relação a fevereiro de 2015 atingiu 14 dos 24 ramos investigados, tendo sido particularmente forte em veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,2%) – a sexta queda consecutiva nessa comparação e perdas acumuladas de 19,4%. Também foram expressivas as reduções em máquinas e equipamentos (-3,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,1%), bebidas (-4,9%), produtos de borracha e de material plástico (-4,2%). No entanto cresceram as fabricações de produtos alimentícios (2,1%), produtos do fumo (26,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%) e indústrias extrativas (0,5%).
Das categorias de uso, na comparação entre março e fevereiro de 2015, todas assinalaram retração da produção industrial: bens de capital (-4,4%), bens de consumo duráveis (-3,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) e bens intermediários (-0,2%). Contrastando com igual mês do ano passado, a redução também foi generalizada: as maiores quedas se deram em bens de capital (-12,4%) e bens de consumo duráveis (-6,6%), seguidos de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,1%) e de bens intermediários (-2,1%). Tais índices são ainda mais preocupantes quando se atenta para o fato de março de 2015 (22 dias) ter tido três dias úteis a mais do que no ano anterior (19). Nesse indicador mensal, bens de capital, bens de consumo duráveis e bens intermediários já registram treze variações negativas consecutivas.
O agravamento dos resultados da indústria nos três primeiros meses de 2015 indicam, como era de se esperar, que a política econômica com contração dos investimentos e elevação de juros têm deteriorado ao invés de aliviado a crise que setor já vivia. Enquanto as perspectivas de consumo e investimento continuarem cada vez mais negativas, a produção industrial só tende a retrair, levando ao menor emprego e renda neste e nos demais setores da economia.
Resultados da Indústria. De acordo com o IBGE, a produção industrial de março reduziu-se 0,8% em comparação a fevereiro na série livre de influências sazonais, após recuar 1,3% no mês anterior. Em relação a março de 2014 a indústria assinalou queda de 3,5%. Em bases trimestrais, a indústria acumulou decréscimo de 5,9% no primeiro trimestre do ano em comparação ao mesmo período de 2014. O indicador acumulado dos últimos doze meses frente a igual período imediatamente anterior apresentou variação negativa de 4,7%.
O decrescimento da atividade em março em relação a fevereiro de 2015 atingiu 14 dos 24 ramos investigados, particularmente forte em veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,2%) – a sexta queda consecutiva nessa comparação e perdas acumuladas de 19,4%. Também foram expressivas as reduções em máquinas e equipamentos (-3,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,1%), de bebidas (-4,9%), produtos de borracha e de material plástico (-4,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,7%) e metalurgia (-1,3%). No entanto cresceram produtos alimentícios (2,1%), produtos do fumo (26,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%) e indústrias extrativas (0,5%).
Das categorias de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior, em março todas assinalaram retração da produção industrial: bens de capital (-4,4%), bens de consumo duráveis (-3,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) e bens intermediários (-0,2%). Comparando com igual mês do ano passado, a redução também foi generalizada: as maiores quedas se deram em bens de capital (-12,4%) e bens de consumo duráveis (-6,6%), seguidos de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,1%) e de bens intermediários (-2,1%). Tal retração é preocupante, pois março de 2015 (22 dias) teve três dias úteis a mais do que no ano anterior (19). E ainda, bens de capital, bens de consumo duráveis e bens intermediários já registram treze variações negativas consecutivas.
O contraste entre março de 2015 e março de 2014 evidencia da produção em 16 das 26 atividades pesquisadas, 46 dos 79 grupos e 53,3% dos 805 produtos pesquisados. As principais pressões negativas advieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-12,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,7%), de metalurgia (-9,4%), de bebidas (-11,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,5%), de máquinas e equipamentos (-3,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,4%), de produtos de borracha e de material plástico (-3,0%) e de produtos de minerais nãometálicos (-2,7%). Já entre as atividades que cresceram destacam-se indústrias extrativas (8,9%) - por conta do aumento da produção de minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo, e produtos diversos (22,6%).
Em bases trimestrais, o setor industrial diminui 5,9% - a quarta taxa negativa consecutiva e a mais acentuada desde o período julho-setembro de 2009 (-8,1%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Essa maior intensidade da queda nesse trimestre em relação ao anterior se observou em três categorias econômicas: bens de consumo duráveis (de -9,1% para -15,8%), bens de capital (de -11,6% para -18,0%), bens de consumo semi e não-duráveis (de -1,6% para -5,9%) e bens intermediários (de -3,4% para -2,8%).
Ainda no contraste entre janeiro-março de 2015 e janeiro-março de 2014, a queda de 5,9% traduziu reduções em 23 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 66,6% dos 805 produtos pesquisados. Também nesta comparação destaca-se a retração em veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,7%), seguidos por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,0%), máquinas e equipamentos (-8,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,2%), metalurgia (-6,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,9%), produtos de metal (-7,6%), produtos alimentícios (-1,8%), produtos de minerais não-metálicos (-5,7%), outros produtos químicos (-3,7%), de bebidas (-5,3%), produtos de borracha e de material plástico (-4,9%) e produtos têxteis (-6,7%). Por sua vez, entre os que tiveram elevação de produção estão as indústrias extrativas (10,3%), puxada pela extração de minérios de ferro pelotizados e de óleos brutos de petróleo.
Desempenho por Categoria de Uso. Das categorias de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior, em março todas assinalaram retração da produção industrial: bens de capital (-4,4%), bens de consumo duráveis (-3,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) e bens intermediários (-0,2%).
Comparando com igual mês do ano passado, a redução também foi generalizada: as maiores quedas se deram em bens de capital (-12,4%) e bens de consumo duráveis (-6,6%), seguidos de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,1%) e de bens intermediários (-2,1%). Tal retração é preocupante, pois março de 2015 (22 dias) teve três dias úteis a mais do que no ano anterior (19). E ainda, bens de capital, bens de consumo duráveis e bens intermediários registram treze variações negativas consecutivas.
Quanto ao setor de bens de capital, a queda 12,4% em março de 2015 frente a março de 2014, pressionada principalmente pela redução de 18,5% de bens de capital para equipamentos de transporte. Nesse grupamento as variações negativas mais importantes foram em caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e reboques e semirreboques. Outros grupamentos que registraram forte retração foram bens de capital de uso misto (-17,7%), para construção (-20,1%), agrícola (-12,5%) e para energia elétrica (-3,9%). Somente cresceu o grupamento de bens de capital para fins industriais (3,4%).
Por sua vez, bens de consumo duráveis tiveram variação negativa de 6,6% na comparação entre março de 2015 e março de 2014, principalmente influenciado por eletrodomésticos da “linha marrom” (-35,0%), automóveis (-4,8%) e eletrodomésticos da “linha branca” (-2,1%). De outro modo, houve avanço da produção em eletrodomésticos (13,9%), graças ao aumento na fabricação de eletroportáteis domésticos (aspirador de pó, liquidificador, espremedor de frutas, batedeira e semelhantes), móveis (2,0%) e de motocicletas (0,1%).
Bens de consumo semi e não-duráveis tiveram diminuição de 3,1% na produção em março de 2015 versus mesmo mês de 2014, o quinto resultado negativo consecutivo nesta comparação, desta vez puxado por carburantes (-15,6%, influenciado pela queda na produção de gasolina automotiva), não-duráveis (-2,7%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-1,3%) e de semiduráveis (-1,6%).
Já a produção de bens intermediários retraiu 2,1% em março de 2015 comparado a igual mês do ano passado, pressionado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,3%), metalurgia (-9,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,6%), produtos de metal (-5,0%), produtos de borracha e de material plástico (-3,8%), produtos de minerais não-metálicos (-2,7%), produtos têxteis (-4,4%) e máquinas e equipamentos (-1,0%). Por outro lado, assinalaram alta a fabricação das indústrias extrativas (8,9%), de produtos alimentícios (0,1%), de outros produtos químicos (0,1%) e de celulose, papel e produtos de papel (0,2%). Também assinalam reduções nesse indicador insumos para construção civil (-4,1%) e embalagens (-0,5%).
Neste primeiro trimestre de 2015, em comparação com igual período de 2014, bens de capital compõem a categoria econômica de maior queda na produção (-18,0%), seguida por bens de consumo duráveis (-15,8%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-24,7%), na primeira, e de automóveis (-16,1%), na segunda. As outras duas categorias também registram queda: bens de consumo semi e não-duráveis (-5,9%) e bens intermediários (-2,8%).
Por Dentro da Indústria de Transformação: Gêneros e Subsetores. O decrescimento da atividade em março em relação a fevereiro de 2015 atingiu 14 dos 24 ramos investigados, particularmente forte em veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,2%) – a sexta queda consecutiva nessa comparação e perdas acumuladas de 19,4%, máquinas e equipamentos (-3,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,1%), de bebidas (-4,9%), produtos de borracha e de material plástico (-4,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,7%) e metalurgia (-1,3%). No entanto cresceram produtos alimentícios (2,1%), produtos do fumo (26,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%) e indústrias extrativas (0,5%).
O contraste entre março de 2015 e março de 2014 evidencia da produção em 16 das 26 atividades pesquisadas, 46 dos 79 grupos e 53,3% dos 805 produtos pesquisados. As principais pressões negativas advieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-12,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,8%), pressionadas pela retração na produção de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, automóveis, reboques e semirreboques, autopeças e carrocerias para caminhões e ônibus, na primeira; e de gasolina automotiva, óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica, querosenes para aviação e asfalto de petróleo, na segunda. Outras quedas importantes foram as de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,7%), de metalurgia (-9,4%), de bebidas (-11,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,5%), de máquinas e equipamentos (-3,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,4%), de produtos de borracha e de material plástico (-3,0%) e de produtos de minerais nãometálicos (-2,7%). Já entre as atividades que cresceram destacam-se indústrias extrativas (8,9%) - por conta do aumento da produção de minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo, e produtos diversos (22,6%).
Entre janeiro-março de 2015, versus janeiro-março de 2014, a queda de 5,9% traduziu reduções em 23 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 66,6% dos 805 produtos pesquisados. Também nesta comparação destaca-se a retração em veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,7%), em mais de 92% dos produtos analisados, especialmente automóveis, caminhões, caminhãotrator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões e ônibus, autopeças e reboques e semirreboques. Também houve redução expressiva em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,0%), de máquinas e equipamentos (-8,2%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,2%), de metalurgia (-6,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,9%), de produtos de metal (-7,6%), de produtos alimentícios (-1,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,7%), de outros produtos químicos (-3,7%), de bebidas (-5,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,9%) e de produtos têxteis (-6,7%). Por sua vez, entre os que tiveram elevação de produção estão as indústrias extrativas (10,3%), puxada pela extração de minérios de ferro pelotizados e de óleos brutos de petróleo.
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)
Utilização de Capacidade. Após uma baixa significativa em fevereiro, a utilização média da capacidade instalada de março de 2014, com ajuste sazonal, medida pela CNI cresceu de 78,8% para 80,5% em março de 2015. O indicador da FGV dessazonalizado, porém, registrou uma queda de 80,6% para 79,6% na passagem de fevereiro para março de 2015.