Carta IEDI
A Quarta Queda Consecutiva das Exportações Industriais
Nesse início de 2015, balança comercial registrou déficit de US$ 5,6 bilhões, menor do que no primeiro trimestre de 2014. No caso dos bens tipicamente produzidos pela indústria de transformação, seu déficit ficou em US$ 14,7 bilhões, o segundo maior déficit já observado para esses produtos, perdendo apenas para o registrado no mesmo período de 2014.
Como agravante, as exportações das mercadorias provenientes da indústria de transformação sofreram a quarta queda consecutiva, saindo do patamar de US$ 33,3 bilhões no primeiro trimestre de 2012 para US$ 27,7 bilhões no mesmo período de 2015. Em igual acumulado de 2014, o Brasil exportou US$ 29,7 bilhões. De 2014 para 2015 as exportações industriais caíram 6,5%.
O fato da magnitude do déficit ter diminuído refletiu portanto a retração nas importações, que de 2014 para 2015 retrocedeu extraordinariamente, -12,5%, um resultado inusitado para os últimos seis anos. Isto refletiu o quadro econômico especialmente deteriorado na entrada do corrente ano.
Concentrando na comparação entre acumulados até março, em especial frente a 2014, e lançando mão da classificação da indústria de transformação por intensidade tecnológica, os dados do comércio exterior brasileiro de produtos industriais podem ser assim resumidos.
As trocas de bens fabricados por ramos de alta intensidade tecnológica geraram déficit de US$ 6,9 bilhões até março do ano, menor do que o experimentado em igual acumulado dos três anos anteriores. Aliás, foi o único dos quatro segmentos de intensidade tecnológica a lograr exportações superiores às de igual período de 2014, aumento de 5,1%, chegando a US$ 2,0 bilhões. Os produtos da indústria aeronáutica continuam sendo os únicos superavitários dessa faixa, tendo também exportado mais nesse começo de ano. Já os produtos farmacêuticos e os equipamentos e materiais do complexo eletrônicos experimentaram déficit de vulto ainda que tenham caído em janeiro-março de 2015.
O segmento de média-alta intensidade apresentou o maior déficit dentre as quatro faixas. Tal resultado ocorreu com recuo de 15,7% na exportação. Até março último, o País exportou US$ 7,0 bilhões desses itens. Todavia, por conta do retrocesso nas importações, o déficit desses produtos diminuiu frente a seus equivalentes de 2014 e de 2013. Nesta faixa, que comporta os materiais de transporte terrestre, parte expressiva dos bens de capital, além de produtos químicos, todos os ramos experimentaram déficit e exportaram menos do que no primeiro trimestre do ano passado.
Quanto aos produtos tipicamente originários da indústria de média-baixa intensidade tecnológica, estes presenciaram déficit de US$ 2,6 bilhões, o sexto consecutivo, embora menor do que o observado no mesmo acumulado dos dois anos anteriores. As exportações diminuíram 2,3%. As importações retrocederam 16,4%. Esses números refletem o comportamento nos fluxos comerciais dos dois principais tipos de bens desta faixa: derivados do petróleo, combustíveis e afins; e produtos metálicos, com destaque para commodities industriais.
Passando ao grupo dos bens típicos das atividades de baixa intensidade tecnológica, como de costume, logrou o único superávit dentre as quatro faixas, de US$ 7,1 bilhões. Mas trata-se do mais baixo superávit para primeiro trimestre desde 2009. E ficou aquém também do registrado em janeiro-março de 2007 e de 2008. As exportações declinaram 4,6% em relação ao mesmo período de 2014, com as importações também recuando, queda de 2,3%. Tal grupamento abrange grosso modo dois tipos de mercadorias: aquelas cujos processos produtivos utiliza intensivamente recursos naturais abundantes no Brasil; e bens cuja produção são intensivas em recursos humanos. As vendas externas de alimentos, bebidas e fumo – principal item da balança da indústria do País – recuaram, enquanto as de produtos madeireiros, de papel e celulose e produtos gráficos cresceram.
Se, por um lado, há uma expectativa que a depreciação cambial venha a estimular as exportações, por outro, deve-se frisar que a taxa de câmbio vem oscilando sobremaneira dificultando o cálculo privado para o devido planejamento das cadeias de suprimento e acesso a mercados. Ademais, uma retomada exportadora também não deve se valer apenas do fator cambial, nem os responsáveis pelas políticas econômicas devem esperar que a depreciação faça todo o serviço.
Assim, não bastam as medidas com foco no ajuste e na estabilização da economia, é necessário apontar caminhos de médio e longo prazo através das políticas macroeconômica e industrial.
Bens Típicos da Indústria de Transformação e a Balança Comercial. Nesse início de 2015, balança comercial registrou déficit de US$ 5,6 bilhões, menor do que no primeiro trimestre de 2014. No caso do saldo dos bens tipicamente produzidos pela indústria de transformação, seu déficit, que foi de US$ 18,8 bilhões em janeiro-março do ano passado, ficou em US$ 14,7 bilhões, interrompendo uma sequência de nove anos em que o resultado comercial para janeiro-março só piorava. Porém o acumulado até março de 2015 apresentou o segundo maior déficit em produtos da indústria de transformação.
Preocupa mais o fato desse déficit vir com queda nas exportações dessas mercadorias, sendo a quarta queda consecutiva, saindo do patamar de US$ 33,3 bilhões no primeiro trimestre de 2012 para US$ 27,7 bilhões no mesmo período de 2015. Em igual acumulado de 2014, o Brasil exportou US$ 29,7 bilhões. O fato da magnitude do déficit ter diminuído refletiu portanto a retração nas importações não só dos itens em comento mas também dos demais bens que compõem a balança comercial do País.
Em termos de primeiro trimestre, a balança comercial brasileira como um todo experimentou seu terceiro déficit seguido após onze anos seguidos de superávit. O superávit dos demais bens, mormente agrícolas e minerais, de US$ 9,1 bilhões não fez frente ao déficit de quase US$ 15,0 bilhões dos bens tipicamente provenientes da indústria de transformação.
A Balança por Intensidade Tecnológica. Considerando a classificação adotada pela OCDE para a indústria de transformação segundo a intensidade tecnológica, pode-se esmiuçar as relações de troca do País. São quatro faixas da indústria de transformação: de alta intensidade, de média-alta, média-baixa e de baixa intensidade tecnológica. A tabela a seguir discrimina melhor tais faixas.
As trocas de bens fabricados por atividades tidas pela OCDE como de alta intensidade tecnológica geraram déficit de US$ 6,9 bilhões até março do ano, um déficit de grandeza menor do que o experimentado em igual acumulado dos três anos anteriores. Aliás, foi o único dos quatro segmentos de intensidade tecnológica a lograr exportações superiores a do período equivalente de 2014, incremento de 5,1%. As vendas externas, assim, chegaram a US$ 2,0 bilhões. Ou seja, apesar do acréscimo ainda é a faixa de intensidade tecnológica que menos exporta. Os produtos da indústria aeronáutica continuam sendo os únicos superavitários dessa faixa, tendo também conseguido maior venda para o exterior.
O segmento de média-alta intensidade apresentou o maior déficit dentre as quatro faixas. Tal resultado ocorreu com recuo de 15,7% na exportação. Até março último, o País exportou US$ 7,0 bilhões desses itens. Todavia, por conta do retrocesso nas importações, o déficit desses produtos diminuiu frente a seus equivalentes de 2014 e de 2013. Nesta faixa, que comporta os materiais de transporte terrestre, parte expressiva dos bens de capital, além de produtos químicos, todos os ramos ficaram experimentaram déficit e exportaram menos do que no primeiro trimestre do ano passado.
Quanto aos produtos tipicamente originários da indústria de média-baixa intensidade tecnológica, estes presenciaram déficit de US$ 2,6 bilhões, o sexto consecutivo, embora menor do que o observado no mesmo acumulado dos dois anos anteriores. As exportações diminuíram 2,3%. As importações retrocederam 16,4%. Esses números refletem o comportamento nos fluxos comerciais dos dois principais tipos de bens desta faixa: derivados do petróleo, combustíveis e afins; e produtos metálicos, com destaque para commodities industriais.
Passando ao grupo dos bens típicos das atividades de baixa intensidade tecnológica, como de costume, logrou o único superávit dentre as quatro faixas, de US$ 7,1 bilhões. Mas trata-se do mais baixo superávit para primeiro trimestre desde 2009. E ficou aquém também do registrado em janeiro-março de 2007 e de 2008. As exportações declinaram 4,6% em relação ao mesmo período de 2014, com as importações também recuando, queda de 2,3%. Tal grupamento abrange grosso modo dois tipos de mercadorias: aquelas cujos processos produtivos utiliza intensivamente recursos naturais abundantes no Brasil; e bens cuja produção são intensivas em recursos humanos. As vendas externas de alimentos, bebidas e fumo – principal item da balança indústria do País – recuaram, enquanto as de produtos madeireiros, de papel e celulose e produtos gráficos cresceram.
Bens de Alta Intensidade Tecnológica. O conjunto de bens produzidos pelas atividades intensivas em tecnologia teve déficit de US$ 6,9 bilhões em janeiro-março. Embora elevado, ficou abaixo do observado nos três anos anteriores. Ademais as vendas para fora do País conseguiram crescer 5,1%, atingindo em US$ 2,0 bilhões. Mesmo sendo a única das quatro faixas de intensidade cujas exportações cresceram na comparação trimestre contra igual período do ano anterior, permanece como a menos expressiva em vendas externas. Já as importações ficaram em US$ 9,0 bilhões, mesmo com queda de 12,6%.
Os equipamentos aeronáuticos e aeroespaciais conformaram o único grupo dessa faixa a obter superávit, de US$ 106 milhões, com exportações aumentando 14,4%, alcançando US$ 1,2 bilhão. As importações, a seu turno, declinaram 3,0%.
Os três ramos de bens típicos do complexo eletrônico, como tem sido a tônica, concorreram sobremaneira para o déficit dos produtos da indústria de alta intensidade tecnológica. Dos três só os equipamentos de áudio, vídeo e telecomunicações (inclusive componentes eletrônicos) viram suas vendas externas aumentarem, taxa de 3,9%, porém significando que o Brasil exportou apenas US$ 165 milhões, sendo que no mesmo trimestre de 2006 chegou a exportar US$ 848 milhões. Mesmo com queda nas importações, manteve-se como o agrupamento de maior déficit da faixa de alta intensidade, déficit de US$ 3,0 bilhões. Quanto às exportações de materiais de escritório e informática, retrocederam 3,3%. Como as importações caíram ainda mais, queda de 21,0%, a grandeza do déficit diminuiu em janeiro-março de 2015, déficit de US$ 1,4 bilhão. Já o terceiro segmento do complexo eletrônico, de equipamentos e instrumentos médico-hospitalares, ótico e de precisão, suas exportações declinaram 7,7% e suas importações retrocederam 12,6%. Isso não impediu um déficit de monta, de US$ 1,3 bilhão, mas de menor expressão do que o registrado no mesmo acumulado de 2011, 2012, 2013 3 2014.
Os produtos farmacêuticos experimentaram saldo negativo de US$ 1,3 bilhão, menor do que os déficits presenciados no mesmo trimestre dos anos de 2010, 2011, 2012, 2013 e de 2014. Todavia o menor déficit também ocorreu com retração nas exportações, de 9,8%, com o Brasil vendendo somente US$ 374 milhões para outros países. As importações, por sua vez, declinaram 13,4%.
Bens de Média-Alta Intensidade Tecnológica. As vendas externas de produtos das atividades de média-alta intensidade tecnológica recuaram 15,7% em janeiro-março de 2015 frente a igual período do ano passado, situando-se em US$ 7,0 bilhões. Para acumulado até março, é o terceiro retrocesso seguido das exportações dos bens em questão. As importações, a seu turno, declinaram 16,4%. Isso permitiu que o déficit diminuísse de US$ 13,9 bilhões para US$ 12,3 bilhões, mas permanecesse ainda como o pior resultado dentre as quatro faixas de intensidade tecnológica.
Os produtos químicos (exclusive farmacêuticos) experimentaram variações negativas quer para as exportações – queda de 17,4% – quer para as importações – diminuição de 28,2%. Esses bens continuam tanto com o maior déficit comercial, de US$ 5,4 bilhões, quanto com o maior montante importado, US$ 7,3 bilhões, dentre todos os grupamentos de mercadorias tipicamente produzidos pela indústria de transformação. As exportações ficaram em US$ 2,0 bilhões.
Os equipamentos de transporte fabricados por indústrias de médio-alta intensidade tecnológica totalizaram déficit de US$ 1,8 bilhão. Os produtos automobilísticos responderam por si só por um déficit de US$ 1,5 bilhão. As exportações de produtos automobilísticos declinaram 14,1%, ficando em US$ 2,4 bilhões, enquanto as importações retrocederam 13,8%. Quanto ao grupo dos equipamentos ferroviários e outros de transporte (motocicletas, entre outros), suas exportações retrocederam impressionantes 37,4%, com as importações caindo 16,4%, levando a um resultado negativo de US$ 304 milhões.
As exportações, tanto de máquinas e equipamentos mecânicos ou não especificados noutros segmentos, quanto de máquinas elétricas também encolheram: -14,4% e -17,2%, situando-se em US$ 1,9 bilhão e US$ 644 milhões, respectivamente. Quanto às importações, o comportamento de ambos os grupamentos se distingue, pois as importações de equipamentos mecânicos declinaram 4,9%, enquanto as de máquinas elétricas cresceram 21,3% nesse começo de 2015. Assim, os déficits ficaram em US$ 3,3 bilhões e em US$ 1,8 bilhão.
Bens de Média-Baixa Intensidade Tecnológica. As exportações de gêneros típicos da indústria de média-baixa intensidade tecnológica declinaram 2,3% no primeiro trimestre de 2015 vis-à-vis igual acumulado de 2014, ficando em US$ 6,7 bilhões. As importações recuaram 16,4%. Isso não significou a reversão do sinal, sua balança continuou deficitária, embora com menor magnitude: resultado negativo de US$ 2,6 bilhões. Recorde-se que, para primeiro trimestre, até 2009, tais bens registravam saldo positivo pela série iniciada em 1989.
As relações de troca dos bens típicos das indústrias de média-baixa intensidade tecnológica são bastante afetadas por dois agrupamentos de mercadorias: produtos metálicos, destacando-se a siderurgia; e bens derivados de petróleo refinado, outros combustíveis e afins.
As vendas para o exterior US$ 4,2 bilhões de produtos de petróleo refinado e afins recuaram 63,6%, isto é o País só exportou US$ 376 milhões. Já as aquisições externas, retrocederam 28,2%. Com isso, o déficit caiu de US$ 4,0 bilhões em janeiro-março de 2014 para US$ 3,2 bilhões no mesmo acumulado de 2015.
As grandezas dos déficits em produtos de petróleo refinado e afins costumavam ser mais do que contrabalançadas pelos superávits de produtos metálicos, mormente da siderurgia, o que mudou desde 2010. O superávit dos produtos metálicos e da siderurgia ficou em US$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre do ano. Notar que suas exportações subiram 14,3%, alcançando US$ 5,2 bilhões, mas ainda assim tais vendas se encontram aquém do que já se logrou em outros anos para esse mesmo trimestre. Suas importações, por sua vez, declinaram 4,9%.
Passando para os grupos de bens de menor expressão, os produtos de minerais não-metálicos tiveram discreto superávit, de US$ 7,0 milhões, isso após quatro anos em que o primeiro trimestre registrava saldo negativo. As exportações aumentaram 5,1, chegando a US$ 472 milhões, sendo o sétimo ano seguido de recuperação. As importações desses bens caíram 16,4%, permitindo a reversão do sinal da balança.
Os produtos plásticos e de borracha, por sua vez, viram suas exportações diminuírem 10,2 % em 2014, enquanto as importações recuaram 13,8%. Tais variações concorreram para que o saldo desses itens ficasse negativo de US$ 779 milhões, déficit menor do que o registrado no mesmo período de 2013 e de 2014.
O intercâmbio de embarcações, navios etc. registrou déficit de US$ 496 milhões no quarto inicial de 2015, sendo o pior resultado que o Brasil observou para esses itens na série iniciada em 1989 para primeiro trimestre. O País praticamente não exportou tais produtos.
Bens de Baixa Intensidade Tecnológica. No trimestre inicial de 2015, o País exportou 4,6% menos bens tipicamente oriundos de ramos de baixa intensidade tecnológica, vendendo portanto US$ 12,0 bilhões para outras economias. Já as importações caíram 2,3%. Assim, ainda que bastante expressivo, o superávit do segmento diminuiu de US$ 7,6 bilhões para US$ 7,1 bilhões. Trata-se do único dos quatro segmentos por intensidade tecnológica com saldo positivo, mas a redução do superávit fez com que não fosse capaz de contrabalançar o déficit dos demais, ainda que a magnitude tenha diminuído.
A condição superavitária do grupamento de bens em tela decorre sobretudo da balança dos produtos industriais de alimentação, bebidas e fumo, cujo superávit atingiu US$ 6,5 bilhões. Todavia, a exemplo do segmento de baixa intensidade como um todo, tal superávit ficou aquém do observado em janeiro-março de 2014. De fato, suas vendas externas declinaram 6,3%, ficando em US$ 8,3 bilhões, enquanto as importações caíram 2,8%.
O intercâmbio de produtos do segmento madeireiro, de papel e celulose, impressão gráfica e afins teve superávit de US$ 1,8 bilhão nesse início de ano, sendo o melhor resultado da série iniciada em 1989 para acumulado até março. Nesse caso, as exportações contribuíram para tanto, com incremento de 5,1%, galgando US$ 2,4 bilhões, também recorde. Quanto às importações, estas caíram 8,8%. Apesar desse desempenho, não logrou contrabalançar a redução no superávit de alimentos, bebidas e fumo, fazendo com que a magnitude do superávit de toda o segmento de baixa intensidade caísse.
Os dois outros conjuntos de bens típicos da indústria de baixa intensidade têm registrado déficit nos últimos anos. As exportações produtos diversos ou reciclados declinaram 4,9%, enquanto as aquisições do exterior recuaram 8,1%. Esse ramo ficou com déficit de US$ 254 milhões. Os produtos das indústrias têxtil, de vestuário, couro e calçados apresentaram também encolhimento nas vendas externas, de 9,5%, mas com aumento das importações, de 1,4%. Com isso, o País exportou US$ 1,2 bilhão desses itens, com o déficit ficando em US$ 934 milhões, o maior já observado para acumulado até março na série iniciada em 1989.
Esses grupos de bens logo acima se distinguem daqueles superavitários dessa mesma faixa. Os produtos têxteis, vestuário, calçados e artigos de couro, são intensivos em mão-de-obra, em que pese parcela deles ser susceptível a estratégias de diferenciação de produtos. Já os gêneros das indústrias de alimentos, bebidas, madeireiras, por sua vez, em seus processos produtivos usam intensivamente recursos naturais, nos quais o Brasil é notadamente abundante.