Carta IEDI
Produção Industrial em Agosto de 2014: O Segundo Aumento Consecutivo
Apesar dos resultados positivos em julho e agosto, a indústria brasileira vai mal em 2014 e deve fechar o ano com declínio. De fato, os dois meses inaugurais do segundo semestre de 2014 registraram crescimento da produção industrial, segundo o IBGE. Após o aumento de 0,7% em julho, a produção industrial voltou a crescer 0,7% em agosto – ambas as taxas calculadas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Contudo, esse avanço ainda é pequeno para compensar as perdas do primeiro semestre, já que em média a produção industrial de janeiro a agosto de 2014 apresenta variações negativas de 3,1% em relação a igual período de 2013 e de 1,7% nos últimos 12 meses.
O crescimento de agosto em relação a julho de 2014 foi observado em 14 dos 24 ramos investigados. Destaca-se a elevação de 2,4% com relação ao mês anterior nas indústrias extrativas, o sexto resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 7,3%. Também registraram expansão significativas máquinas e equipamentos (3,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%), produtos alimentícios (1,1%), produtos de borracha e material plástico (4,1%), produtos do fumo (15,4%) e produtos de metal (2,7%). Por sua vez, as maiores reduções se deram em bebidas (-6,1%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,2%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (-7,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,5%) e outros equipamentos de transporte (-6,9%).
Por categorias de uso, em agosto o segmento de bens de capital não cresceu em relação a julho, sendo que em julho a expansão fora de 15,0%. Bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não-duráveis tiveram redução na produção de 3,0% e -0,8%, respectivamente. Somente bens intermediários avançaram 1,1%, após quatro meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou recuo de 1,4%. O crescimento se deu em praticamente todos os grupamentos, mas destacadamente em peças e acessórios para bens de capital e em alimentos e bebidas elaborados destinados especialmente à indústria.
A utilização da capacidade na indústria de transformação em agosto, de acordo com o indicador com ajuste sazonal divulgado pela CNI registrou uma redução para 80,5%, encostando no patamar mais baixo desde agosto de 2009 registrado em junho último, de 80,4%. O indicador da FGV de utilização da capacidade com ajuste sazonal, por sua vez, ficou estável em 83,2%.
Comparando-se agosto de 2014 com mesmo mês de 2013, houve variação negativa em 21 dos 26 ramos estudados, em boa medida devido ao fato de que agosto de 2014 (21 dias) ter contado com um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22). Veículos automotores, reboques e carrocerias assinalaram a queda mais expressiva de 25,6%, seguida por produtos alimentícios (-4,0%), de metalurgia (-11,2%), de produtos de metal (-12,0%), de máquinas e equipamentos (-6,6%), de outros produtos químicos (-5,7%). Já as atividades que tiveram aumento importante na produção nessa comparação foram indústrias extrativas (7,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,3%) e produtos de fumo (34,6%). Dentre as categorias, também comparando agosto de 2014 com 2013, houve redução na produção de todas: bens de consumo duráveis (-17,9%), bens de capital (-13,4%), bens intermediários (-3,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%).
No acumulado entre janeiro e agosto de 2014, a indústria geral reduziu 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado – com queda em 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 64,3% dos 805 produtos investigados. A única categoria que não teve resultado negativo foi bens de consumo semi e não duráveis (0,0%), enquanto as outras três recuaram: bens de consumo duráveis -10,3%, bens de capital -8,8% e de bens intermediários (-2,6%).
A maior redução em termos de gêneros industriais acontece em veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,8%), seguida de produtos de metal (-11,0%), metalurgia (-6,6%), máquinas e equipamentos (-5,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), outros produtos químicos (-3,8%) e produtos de borracha e de material plástico (-4,4%). Por outro lado, registraram crescimento indústrias extrativas (4,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,8%) e produtos alimentícios (0,8%).
Resultados da Indústria. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a produção industrial assinalou variação positiva de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior em agosto de 2014 (com ajuste sazonal). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 5,4% em agosto de 2014, sexta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, o setor industrial acumulou queda de 3,1% nos oito meses do ano. No acumulado nos últimos doze meses o recuo foi de 1,8% em agosto de 2014, mantendo a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalando o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2012 (–2,3%).
A produção industrial em agosto de 2014 em relação a julho passado teve crescimento em 14 dos 24 ramos investigados. As indústrias extrativas tiveram variação de 2,4%, o sexto resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 7,3%. Também registraram expansão significativas máquinas e equipamentos (3,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%), de produtos alimentícios (1,1%), de produtos de borracha e material plástico (4,1%), de produtos do fumo (15,4%) e de produtos de metal (2,7%). Por sua vez, as maiores reduções se deram em bebidas (-6,1%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,2%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (-7,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,5%) e outros equipamentos de transporte (-6,9%).
Neste mês o segmento de bens de capital não cresceu em relação a julho. Dado que naquele mês havia expandido 15,0% em comparação a junho. Bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não-duráveis tiveram redução na produção de 3,0% e -0,8%, respectivamente. Entretanto, bens intermediários avançaram 1,1%, interrompendo quatro meses consecutivos de taxas negativas nesse tipo de confronto, período em que acumulou recuo de 1,4%.
Comparando agosto de 2014 com mesmo mês de 2013, houve variação negativa em 21 dos 26 ramos estudados, o que tem a ver também com o fato de agosto de 2014 (21 dias) ter contado com um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22). Veículos automotores, reboques e carrocerias tiveram queda de 25,6%, pressionada em grande parte pela menor fabricação de automóveis, de caminhões, de caminhão-trator para reboques e semirreboques e de autopeças. Outras reduções expressivas foram assinaladas em produtos alimentícios (-4,0%), de metalurgia (-11,2%), de produtos de metal (-12,0%), de máquinas e equipamentos (-6,6%), de outros produtos químicos (-5,7%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,4%), de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-9,3%) e de bebidas (-6,6%). Já as atividades que tiveram aumento importante na produção nessa comparação foram indústrias extrativas (7,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,3%) e produtos de fumo (34,6%).
Dentre as categorias, também comparando agosto de 2014 com 2013, houve redução na produção de todas: bens de consumo duráveis (-17,9%), bens de capital (-13,4%), bens intermediários (-3,3%) e de bens de consumo semi e nãoduráveis (-3,1%).
No acumulado entre janeiro e agosto de 2014, a indústria geral reduziu 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado – com queda em 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 64,3% dos 805 produtos investigados. A maior redução acontece em veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,8%), seguida de produtos de metal (-11,0%), de metalurgia (-6,6%), de máquinas e equipamentos (-5,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), de outros produtos químicos (-3,8%) e de produtos de borracha e de material plástico (-4,4%). Por outro lado, registraram crescimento indústrias extrativas (4,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,8%) e produtos alimentícios (0,8%).
Também no acumulado do ano, a única categoria que não teve resultado negativo foi bens de consumo semi e não duráveis (0,0%), enquanto as outras três recuaram: bens de consumo duráveis -10,3%, bens de capital -8,8% e de bens intermediários (-2,6%).
Desempenho por Categoria de Uso. Neste mês o segmento de bens de capital não cresceu em relação a julho. Dado que naquele mês havia expandido 15,0% em comparação a junho. Bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não-duráveis tiveram redução na produção de 3,0% e -0,8%, respectivamente. Entretanto, bens intermediários avançaram 1,1%, interrompendo quatro meses consecutivos de taxas negativas nesse tipo de confronto, período em que acumulou recuo de 1,4%.
Comparando agosto de 2014 com 2013, houve redução na produção de todas as categorias: bens de consumo duráveis (-17,9%), bens de capital (-13,4%), bens intermediários (-3,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,1%). Bens de consumo duráveis teve queda de 17,9% no índice de agosto de 2014 em comparação a igual mês do ano anterior, sexta taxa negativa consecutiva nesse confronto, particularmente pressionado pela queda em automóveis (-25,0%), devido a reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Quedas importantes se deram também em motocicletas (-18,3%), eletrodomésticos da “linha marrom” (-21,0%), eletrodomésticos da “linha branca” (-5,4%), outros eletrodomésticos (-9,9%) e móveis (-14,7%). Já o recuo de 13,4% em bens de capital em agosto de 2014com relação a agosto de 2013, também foi o sexto resultado negativo consecutivo, puxado pela redução de 22,3% de bens de capital para equipamentos de transporte, seguido por bens de capital para construção (-22,9%), agrícola (-13,0%) e para fins industriais (-1,2%), bens de capital para energia elétrica (6,3%) e de uso misto (1,7%).
A queda na produção de bens intermediários (-3,3%), uma vez mais o sexto resultado negativo consecutivo nessa comparação entre agosto de 2014 e de 2013, dadas as reduções em veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,1%), metalurgia (-11,2%), produtos de metal (-13,6%), outros produtos químicos (-5,6%), produtos de borracha e de material plástico (-8,8%), produtos alimentícios (-4,3%), produtos de minerais não-metálicos (-3,5%) e produtos têxteis (-5,5%). Os grupamentos de insumos para construção civil (-7,2%) e de embalagens (-2,3%) também recuaram. De outra maneira, houve crescimento em indústrias extrativas (7,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,3%), máquinas e equipamentos (4,9%) e celulose, papel e produtos de papel (1,3%). Por sua vez, bens de consumo semi e não-duráveis assinalaram variação negativa de 3,1% em agosto de 2014, com relação a mesmo mês de 2013, pressionados pelas retrações em alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-4,2%), de semiduráveis (-7,1%) e de não-duráveis (-1,2%).
E no acumulado do ano, a única categoria que não teve resultado negativo é bens de consumo semi e não duráveis (0,0%), enquanto as outras três recuaram: bens de consumo duráveis -10,3%, bens de capital -8,8% e de bens intermediários (-2,6%).
Por Dentro da Indústria de Transformação: Gêneros e Subsetores. A produção industrial em agosto de 2014 teve crescimento em 14 dos 24 ramos investigados. As indústrias extrativas tiveram variação de 2,4%, o sexto resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 7,3%. Também registraram expansão significativas máquinas e equipamentos (3,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%), de produtos alimentícios (1,1%), de produtos de borracha e material plástico (4,1%), de produtos do fumo (15,4%) e de produtos de metal (2,7%). Por sua vez, as maiores reduções se deram em bebidas (-6,1%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,2%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (-7,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,5%) e outros equipamentos de transporte (-6,9%).
Comparando agosto de 2014 com o mesmo mês de 2013, houve variação negativa em 21 dos 26 ramos estudados, o que tem a ver também com o fato de agosto de 2014 (21 dias) ter contado com um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22). Veículos automotores, reboques e carrocerias tiveram queda de 25,6%, pressionada em grande parte pela menor fabricação de automóveis, de caminhões, de caminhão-trator para reboques e semirreboques e de autopeças. Outras reduções expressivas foram assinaladas em produtos alimentícios (-4,0%), de metalurgia (-11,2%), de produtos de metal (-12,0%), de máquinas e equipamentos (-6,6%), de outros produtos químicos (-5,7%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,4%), de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-9,3%) e de bebidas (-6,6%). Já as atividades que tiveram aumento importante na produção nessa comparação foram indústrias extrativas (7,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,3%) e produtos de fumo (34,6%).
No acumulado entre janeiro e agosto de 2014, a indústria geral reduziu 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado – com queda em 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 64,3% dos 805 produtos investigados. A maior redução acontece em veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,8%), seguida de produtos de metal (-11,0%), de metalurgia (-6,6%), de máquinas e equipamentos (-5,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), de outros produtos químicos (-3,8%) e de produtos de borracha e de material plástico (-4,4%). Segundo o IBGE, em termos de produtos, as influências negativas mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, estruturas de ferro e aço, artefatos diversos de ferro e aço estampado, esquadrias de ferro e aço, construções pré-fabricadas de metal, pontes e elementos de pontes de ferro e aço, parafusos, ganchos, pinos ou porcas de ferro e aço e andaimes tubulares e material para andaimes; artefatos e peças diversas de ferro fundido, bobinas ou chapas de outras ligas de aço, chapas, bobinas, fitas e tiras de aço relaminadas, tubos flexíveis e trefilados de ferro e aço e tubos de aços com costura; válvulas, torneiras e registros, tratores agrícolas, guindastes, pontes e vigas rolantes, pórticos, pontes-guindastes e carros-pórticos, retroescavadeiras, rolamentos de esferas, agulhas e cilindros para equipamentos industriais e máquinas para colheita; fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, interruptores, seccionadores e comutadores para tensão menor ou igual a 1kv, motores elétricos de corrente alternada ou contínua, aparelhos elétricos de alarme para proteção, eletroportáteis domésticos, máquinas de lavar ou secar roupas e refrigeradores ou congeladores para uso doméstico; fungicidas para uso na agricultura, tintas e vernizes para usos em geral e para construção, propeno não-saturado, éteres e peróxidos orgânicos, benzeno, aditivos para óleos lubrificantes e etileno não-saturado; e peças e acessórios de plástico e de borracha para indústria automobilística, borracha misturada não vulcanizada em formas primárias, juntas, gaxetas e semelhantes de borracha vulcanizada não endurecida, cartuchos de plástico para embalagem, filmes de material plástico (inclusive BOPP) para embalagem e garrafas, garrafões, frascos e artigos semelhantes de plástico. Por outro lado, registraram crescimento indústrias extrativas (4,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,8%) e produtos alimentícios (0,8%), impulsionadas, em grande parte, pelo crescimento na produção de minérios de ferro em bruto ou beneficiado e pelotizados, na primeira, de óleos combustíveis, álcool etílico, asfalto de petróleo, querosene para aviação e gasolina automotiva, na segunda, de medicamentos, na terceira, de televisores, aparelhos de comutação para telefonia, monitores de vídeo e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD e home theater), na quarta, e de açúcar cristal, na última.
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)
Utilização de Capacidade. A utilização da capacidade na indústria de transformação em agosto, de acordo com o indicador com ajuste sazonal divulgado pela CNI registrou uma redução para 80,5%, encostando no patamar mais baixo desde agosto de 2009 registrado em junho último, de 80,4%. O indicador da FGV de utilização da capacidade com ajuste sazonal, por sua vez, ficou estável em 83,2%.