IEDI na Imprensa - Emprego formal dá sinais de recuperação
O Estado de São Paulo
Trabalho. No trimestre en cerrado em agosto, total de vagas formais teve alta de 0,5%, com 153 mil postos abertos no setor privado; no período, taxa de desocupação no País recuou para 12,6%, com 13,1 milhões de pessoas ainda embusca de um emprego
Daniela Amorin
Após mais de três anos em queda, o mercado formal de trabalho começou a dar sinais de reação.
No trimestre encerrado em agosto, o total de vagas com carteira assinada subiu 0,5%, o primeiro avanço significativo desde maio de 2014, quando havia crescido 1,1%, segundo os dados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE. No período, o setor privado contratou formalmente 153 mil trabalhadores.
Após mais de três anos em queda, o mercado formal de trabalho começou a dar sinais de reação.
No trimestre encerra do em agosto, o total de vagas com carteira assinada subiu 0,5%, o primeiro avanço significativo desde maio de 2014, quando havia crescido 1,1%, segundo os dados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE. No período, o setor privado contratou formalmente 153 mil trabalhadores.
“O mercado de trabalho começa a reagir porque a economia está se recuperando. Alguns reclamavam que estavam sendo gerados postos informais, mas é natural que seja assim, que comece na informalidade”, diz José Márcio Camargo, economista-chefe da Opus Investimentos e professor da PUC-Rio. “O aumento no trabalho por conta própria é um excelente sinal, é por que a demanda está aumentando. Consequentemente, com maior demanda, haverá geração de emprego com carteira também.”
No geral, ainda é a informalidade que puxa a queda do desemprego – o indicador total caiu de 12,8% no trimestre encerrado em julho para 12,6% nos três meses até agosto, com 13,1 milhões de desempregados. Foram criados no período 1,374 milhão de vagas. Mas 70% desses empregos são informais. O total de empregados sem carteira no setor privado aumentou em 286 mil, enquanto outras 472 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria.
“É observado isso toda vez que começa um processo de recuperação após uma crise. Aconteceu em 2008, em 2003. Em todas as crises, o retorno da geração de vagas se dá por meio de empregos não registrados”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Segundo ele, o aumento de 0,5% no total de vagas com carteira assinada no trimestre ainda não é estatisticamente significativo. Pode, porém, sinalizar que o mercado de trabalho evolui para começar a criar postos formais. Já o setor público gerou 295 mil novos postos de trabalho no trimestre.
Retomada. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) aponta que é a indústria que vem liderando a recuperação dos empregos. Em agosto, o setor industrial manteve o ritmo de retomada das contratações, com 227 mil novas vagas em um trimestre.
“De todas as vagas criadas em um ano, um terço foi na indústria. Ela deixa de destruir postos de trabalho para começar a contribuir com a geração de emprego”, disse Rafael Cagnin, economista-chefe do IEDI. “A geração de emprego é mais um bom sinal que sugere a recuperação do setor industrial.”
Trabalho. No trimestre encerrado em agosto, total de vagas formais teve alta de 0,5%, com 153 mil postos abertos no setor privado; no período, taxa de de socupação no País recuou para 12,6%, com 13,1 milhões de pessoas ainda em busca de um emprego
A construção também mostrou em agosto o primeiro sinal positivo após longo período de demissões, com abertura de 191 mil postos, enquanto o comércio admitiu 178 mil pessoas.