Prezados Conselheiros, Dados divulgados pelo BNDES mostram uma evolução expressiva de seus recursos liberados para os projetos entre 2011 e 2012: 12,2% ou, em termos reais, 5,4%. Os desembolsos alcançaram R$ 156 bilhões no ano passado e R$ 139 bilhões no ano anterior. O ponto que deve ser salientado, contudo, diz respeito aos números das consultas feitas pelas empresas ao BNDES para fins de obtenção de recursos. A evolução das consultas reflete a intenção de investir dos empresários, sendo, portanto, um indicador de que o investimento aumentará em 2013. As consultas ainda não reagiram nos ramos produtores de insumos fundamentais (como celulose e papel, metalurgia, química, minerais não metálicos) nos quais a política industrial resiste em atuar. Em insumos básicos o IEDI vem defendendo uma forte política orientada para o barateamento dos seus custos. Sendo a base de diversas outras cadeias produtivas, a redução de custos nesse caso aumentaria a competitividade não só dos ramos do próprio setor como em bens finais – bens de capital e bens de consumo – que, por isso, poderiam conviver com níveis menores de tarifas de importação, o que, por seu turno, colaboraria adicionalmente para o barateamento do investimento e da produção realizada no país. Como o governo vem adotando uma política de desoneração tributária, poderia passar a eleger a área de insumos básicos como prioridade número um para este fim. Esta seria uma diretriz que do nosso ponto de vista teria maior abrangência e eficácia do que incentivar a compra de bens de consumo ou mesmo desonerar a folha de salários que, indubitavelmente, traz benefícios ao setor produtivo. Segue abaixo a nossa Análise completa sobre o tema. Atenciosamente, IEDI - Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial |
12 de junho de 2012 |
Emprego
Industrial |
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Em termos setoriais, frente ao mesmo mês do ano anterior, o emprego industrial recuou em treze dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (–7,9%), produtos de metal (–5,6%), têxtil (–6,2%), calçados e couro (–5,3%), papel e gráfica (–3,9%), madeira (–8,6%) e borracha e plástico (–3,4%). Por outro lado, os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas (3,4%), máquinas e equipamentos (3,0%), indústrias extrativas (4,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%). No acumulado dos primeiros quatro meses de 2012, as contribuições negativas mais relevantes sobre o total da indústria vieram de vestuário (–6,8%), produtos de metal (–5,5%), calçados e couro (–6,6%), têxtil (–5,3%), madeira (–9,8%), borracha e plástico (–4,0%) e papel e gráfica (–3,8%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (4,1%), máquinas e equipamentos (2,6%), indústrias extrativas (4,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%) e meios de transporte (1,3%) responderam pelos principais impactos positivos. Número de Horas Pagas. O número total de horas pagas pela indústria caiu 0,8% entre março e abril do presente ano na série com ajuste sazonal, após ter registrado recuo de 1,3% em março. No confronto com abril de 2011 houve decréscimo de 2,1%, o pior resultado desde novembro de 2009 (–3,1%) neste tipo de comparação. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano frente a igual período de 2011, o recuo foi de 1,4%, enquanto que nos últimos 12 meses, houve queda de 0,8%. Folha de Pagamento Real. A variável registrou na comparação com mês imediatamente anterior variação negativa de 0,5%, o segundo recuo consecutivo. Na comparação contra igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento cresceu 4,2%, enquanto o indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano ficou em 4,5%. A taxa acumulada nos últimos dozes manteve a trajetória de taxas menos positivas registrando alta de 3,8%. |
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