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O resultado de janeiro deste ano para o setor de serviços,
divulgado pelo IBGE hoje, não chega a ser uma boa notícia,
porque continua havendo retração de 5% na receita
em termos reais frente ao mesmo mês de 2015. Mas este patamar
de queda foi o mesmo visto em dezembro e inferior àquele
dos dois meses anteriores.
A primeira
indicação é que talvez estejamos diante de
alguma moderação do declínio do setor, a
depender evidentemente da evolução dos meses seguintes.
Isso porque, no cenário econômico e político
delicado em que nos encontramos, nada impede uma nova rodada de
perdas mais agudas, seja pelo lado da repercussão da crise
empresarial, seja devido a um encolhimento adicional da renda
e do emprego da população.
Quem motivou
esse desempenho de janeiro foram alguns segmentos em particular,
cujas quedas também parecem não estar se aprofundando
ou mesmo estão recuando um pouco.
Entre aqueles
que continuam em declínio, mas a taxas próximas
em dezembro e janeiro, sempre em relação aos mesmos
meses do ano anterior, podemos destacar dois, com contribuições
importantes para o resultado geral.
É o
caso de serviços administrativos e complementares, que
reúnem muitas das atividades terceirizadas pelas empresas.
Sua entrada no campo das variações negativas demorou
um pouco, ocorrendo só a partir do segundo semestre de
2015, mas desde então se deu a taxas cada vez maiores.
Em dezembro e em janeiro, contudo, repetiu resultado na faixa
de -7%.
Outro caso
a ser destacado é aquele de transporte terrestre, muito
vinculado com o dinamismo geral da economia. Aqui as quedas continuam
intensas, mas entre setembro de 2015 e janeiro de 2016 permanecem
em torno de 12%, exceto novembro quando chegou a 14,3%.
Já
evolução de dois outros segmentos aponta para uma
situação menos desfavorável, porque aqui
o ritmo de contração tem cedido um pouco. É
o que ocorre com serviços de alojamento e de alimentação
prestados às famílias que desde agosto de 2015 só
apresentava quedas superiores a 5%. Pois bem, em janeiro houve
um alívio e o resultado foi de -2,9%.
O segundo
desses segmentos são os serviços de telecomunicações,
que resistiram ao declínio até julho de 2015. Depois
de caírem acima de 4% em outubro e novembro, recuaram para
3,2% em dezembro e finalmente para 3,0% em janeiro de 2016.
Melhora significativa
de desempenho em segmentos importantes foi visto apenas em transporte
aéreo, cujo crescimento em janeiro de 2016 chegou a 24,7%
contra o mesmo mês do ano anterior. Essa taxa foi bastante
superior àquela de dezembro (16,3%) e mais ainda com relação
ao resultado acumulado no ano de 2015 (4,3%).
Para as atividades
turísticas o mês de janeiro também foi melhor,
possivelmente um resultado da reação do setor à
taxa de câmbio mais desvalorizada, que desincentivou viagens
internacionais. Depois de variações negativas em
novembro e dezembro últimos, essas atividades voltaram
ao campo positivo em janeiro (+0,5%).
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De acordo com dados divulgados hoje pela Pesquisa Mensal de Serviços
do IBGE para o mês de janeiro último, houve queda de 5,0%
do volume de serviços prestados sobre o mesmo mês do ano
anterior. A variação acumulada para 12 meses, por sua vez,
aponta retração de 3,7%.
Frente ao mês
de janeiro de 2015, todos os grupos pesquisados apresentaram queda do
volume de vendas. As maiores oscilações negativas ficaram
por conta das categorias outros serviços (-7,9%), serviços
profissionais, administrativos e complementares (-9,1%), serviços
prestados às famílias (-4,1%), transportes, serviços
auxiliares dos transportes e correio (-5,8%) e serviços de informação
e comunicação (-2,1%).
A taxa de variação
acumulada para 12 meses em janeiro, todos os setores registraram retração.
O pior desempenho foi do grupo de outros serviços (-9,0%), seguido
por transportes, serviços de transportes e correio (-6,1%), serviços
prestados às famílias (-5,5%) e serviços profissionais,
administrativos e complementares (-4,8%) enquanto que o segmento serviços
de informação e comunicação apresentou apenas
uma ligeira variação negativa de 0,2%.
Na análise
por unidade federativa, para o mês de janeiro frente ao mesmo período
do ano anterior, dentre os estados que tiveram variação
positiva, Mato Grosso (17,5%) e Roraima (11,2%) registraram os maiores
crescimentos do volume de serviços. Dentre os que apresentaram
desempenho negativo, destacam-se os estados do Amapá (-19,1%),
Amazonas (-14,0%), Pernambuco (-11,4%), Maranhão (11,3%), Espírito
Santo (-11,2%), Goiás (-10,6 %) e Bahia (-8,3%). São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais tiveram oscilações negativas
de -5,6%, -5,3% e -5,9%, respectivamente.
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