29 de dezembro de 2015

Indústria Mundial
A indústria mundial em 2015:
o Brasil ficando para trás


   

 
A Carta IEDI a ser divulgada hoje analisa os dados da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) sobre a produção da indústria de transformação mundial. Ao colocar em evidência a perspectiva internacional, sobressai a enorme defasagem do desempenho da indústria brasileira em 2015, com relação a outros países.

O relatório da UNIDO mostrou uma queda de 0,7% da produção da indústria mundial de transformação no terceiro trimestre de 2015, em relação ao trimestre imediatamente anterior, e um aumento de 2,7% frente ao mesmo período de 2014. O crescimento da indústria de transformação dos países desenvolvidos foi de 1,2% e a dos países emergentes e em desenvolvimento, de 5,0%.

Nos países emergentes e em desenvolvimento o ritmo de expansão vem diminuindo progressivamente, sobretudo por conta da desaceleração chinesa. A China teve em julho-setembro de 2015 o menor incremento da produção desde 2005, mas ainda assim alcançou a significativa marca de 7,0%.

A indústria de transformação da América Latina, por sua vez, manteve tendência declinante, com queda de 3,2% no mesmo período. Quase todos os países assinalaram variação negativa, mas o destaque ficou a cargo do Brasil, com -11%. A retração brasileira se fez valer em todos os setores, mas especialmente em veículos automotivos e equipamentos de informática. Colômbia e Peru tiveram quedas de 0,3% e 3,2%, respectivamente, e a Argentina registrou variação nula. Somente Chile (0,3%) e México (2,9%) tiveram aumento da produção.

Ainda na comparação com igual trimestre do ano anterior, o crescimento da produção manufatureira dos países desenvolvidos teve aceleração, revertendo tendência descendente. Esse avanço deveu-se essencialmente a uma situação cambial mais favorável às exportações e ao menor preço do petróleo.

Em especial, deveu-se também ao crescimento da indústria dos Estados Unidos, liderada pela demanda interna. No terceiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, a indústria manufatureira estadunidense assinalou expansão de 2,0% na produção. Já na Europa, a recuperação da indústria de transformação também tem se firmado, com expansão de 2,0%.
 

 
 

 

 

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