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A crise continua instalada no setor de serviços. Segundo
os dados divulgados hoje pelo IBGE, o volume de serviços
teve contração de 5,8% em outubro, frente ao mesmo
mês de 2014. Com isso, o ano de 2015 continua sem nenhuma
variação positiva. Nos dez primeiros meses do ano,
a queda acumulada chegou a 3,1%.
Engana-se
quem acha que esta variação reflete o atual estado
do setor de serviços. Os dados de ponta indicam um processo
de aprofundamento da crise, que caminha para uma retração
em torno de 6%. O volume de serviços caiu 3,5% e 4,8%,
em agosto e setembro, em relação aos mesmos meses
de 2014, para chegar à queda de 5,8%, em outubro. Portanto,
há uma clara tendência de aceleração
da queda do setor.
Alguns segmentos
refletem bem esse movimento. É o caso de Serviços
de Informação e Comunicação, cuja
redução de vendas em termos reais passa de 0,7%
em setembro para 3,2% em outubro, em relação ao
mesmo período do ano anterior. É o caso também
de Serviços Administrativos e Complementares, que além
de atividades associadas ao aluguel de máquinas e equipamentos,
também inclui os serviços geralmente terceirizados
pelas empresas, como segurança, limpeza, atendimento ao
consumidor e transporte de valores e documentos. O desempenho
deste setor torna-se negativo apenas no segundo semestre, mas
desde então entra em franca deterioração:
-2,7%, -5%, -5,3% e -6,6% em cada um dos meses entre julho e outubro.
Os segmentos
mais influenciados pelo nível de atividade industrial e
econômica tiveram, em outubro, quedas muito superiores às
variações acumuladas no ano, sugerindo que o fundo
do poço ainda não foi atingido. Serviços
profissionais, administrativos e complementares tiveram contração
de 7,3% em outubro frente ao mesmo mês de 2014, e de 3,5%,
no acumulado do ano. Transportes e seus serviços auxiliares
e correios, por sua vez, caíram 6,7% em outubro e 5,8%
no acumulado do ano. Neste último caso, o resultado decorre
da retração de 12,5% em outubro e de 9,9% no ano
do Transporte Terrestre, vinculado ao dinamismo econômico
como poucos segmentos.
Também
em clara aceleração está a queda do volume
de Outros Serviços, que incluem serviços financeiros,
de gestão de patrimônio imobiliário, serviços
de reparos, entre outros. Enquanto no acumulado do ano esse segmento
cai 9%, sua contração em outubro chegou a 13,8%.
Se existe
sinal de que a crise perde fôlego em algum segmento de serviços,
encontra-se nos Serviços prestados às Famílias.
O patamar de queda foi arrefecido de 8,2% em agosto para 6,7%
em setembro e 4,8%, em outubro, convergindo para o nível
de -4,9% no acumulado nos dez meses de 2015. Traria algum alívio
se essa tendência continuasse nos próximos meses.
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Em outubro, a queda do volume de serviços prestados no Brasil apresentou
aceleração, registrando variação de -5,8%
frente ao mesmo mês de 2014, de acordo com os dados divulgados pela
Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. No acumulado do ano, ou seja,
comparando os períodos de janeiro a outubro de 2015 e 2014, a retração
foi de 3,1%.
Assim como em setembro,
frente ao mesmo mês do ano anterior, todos os grupos pesquisados
apresentaram variação negativa do volume dos serviços
prestados em outubro. A maior contribuição à queda
originou-se do segmento de transportes, serviços auxiliares dos
transportes e correio (-6,7%), seguido por serviços profissionais,
administrativos e complementares (-7,3%), serviços da informação
e comunicação (-3,2%), outros serviços (-13,8%) e
serviços prestados às famílias (-4,8%).
No acumulado do ano,
que compreende o período entre janeiro e outubro, frente ao mesmo
período do ano passado, o único segmento a apresentar variação
positiva foi o de serviços de informação e comunicação,
que registrou expansão de 0,5%. Enquanto isso, todos os outros
tiveram desempenho negativo, sendo que a maior oscilação
negativa ficou por conta do segmento de outros serviços (-9,0%),
seguido por transportes, serviços auxiliares dos transportes e
correio (-5,8%), serviços prestados às famílias (-5,0%),
serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,5%).
Na análise
por unidade federativa, apenas 2 das 27 pesquisadas registraram crescimento
do volume de serviços na comparação do acumulado
do ano de 2015 e o mesmo período de 2014. O desempenho positivo
foi registrado por Rondônia, com 5,6% e Mato Grosso do Sul, que
teve pequena expansão, de 0,2%. Todos os demais apresentaram desempenho
inferior ao registrado no acumulado do ano passado, e os destaques negativos
foram: Amapá (-11,0%), Maranhão (-10,8%), Amazonas (-9,8%),
Paraíba (-5,9%), Mato Grosso (-5,5%), Espírito Santo (-5,5%),
Sergipe (-5,1%), Piauí (-5,0%), Acre (-5,0%) e Pernambuco (-4,9%).
A queda acumulada
no ano do estado de São Paulo chegou a 2,3%, em outubro, mostrando
trajetória de aceleração no segundo semestre do ano.
Em relação a outubro de 2014, a contração
do volume de serviços prestados no estado foi 7,1%, bastante superior
ao acumulado no ano e também superior às quedas verificadas
nos meses de agosto (-3,9%) e setembro (-6,1%), em relação
aos mesmos meses do ano anterior.
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