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Os dados da produção industrial regional, divulgados
hoje pelo IBGE, reforçam dois aspectos da crise atual:
ela é generalizada, isto é, afeta a maioria dos
estados, e mostra-se mais intensa no principal parque industrial
do país.
Em agosto,
a relação de estados com queda da produção
industrial ganhou mais integrantes. Agora, são 10 localidades
(em um total de 15) com produção industrial em queda
na comparação com o mês anterior. Nesta comparação,
a situação foi mais grave do que a média
nacional (-1,2%) nos estados do Pará (-4,0%), Goiás
(-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%), além de outros cinco
estados.
Na comparação
com agosto de 2014, a produção industrial caiu em
12 localidades, com destaque para os estados do Amazonas (-13,8%),
São Paulo (-12,9%), Rio Grande do Sul (-12,6%), Paraná
(-11,4%) e Ceará (-10,8%), onde a contração
foi maior que a do total Brasil (-9,0%).
As variações
negativas de dois dígitos nesses estados embutem, contudo,
evoluções distintas: o desempenho do Amazonas é
influenciado pelos eletroeletrônicos, o do Ceará
por bens de consumo não duráveis e os do Paraná
e Rio Grande do Sul sofrem os efeitos da contração
do setor automobilístico. A queda de São Paulo,
a seu turno, atinge uma gama maior de setores, e pode ser considerada
generalizado, como poderá ser visto a seguir.
No acumulado
do ano, esses cinco estados voltam a figurar entre os piores desempenhos.
O Amazonas apresenta a maior queda (-14,7%), seguido por Rio Grande
do Sul (-10,0%), São Paulo (-9,7%), Ceará (-9,2%)
e Paraná (-7,7). Em todos eles, a crise industrial mostra-se
mais aguda do que no nível nacional (-6,9%).
O fato mais
preocupante é São Paulo ocupar um lugar de destaque
nesse ranking, pois, como é sabido, a indústria
paulista é a mais diversificada e sofisticada do país,
apresentando condições superiores de adaptação
à conjuntura econômica relativamente aos parques
industriais mais especializados em um ou poucos ramos industriais.
Demonstrando
a ampla generalização da retração
da indústria paulista, no acumulado do ano a atividade
caiu em dezessete dos dezoito ramos industriais pesquisados pelo
IBGE, com destaque para veículos automotores, reboques
e carrocerias (–19,2%), produtos alimentícios (–10,3%),
equipamentos de informática, produtos eletrônicos
e ópticos (–23,7%), máquinas e equipamentos
(–9,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos
(–14,3%), metalurgia (–12,7%), e máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (–9,7%).
Nesses oito
primeiros meses do ano, o único estado que ainda tem sido
poupado pela crise é o Espírito Santo, onde a produção
industrial cresceu 13%, devido, sobretudo, ao desempenho das atividades
extrativas (minérios de ferro) e de metalurgia. Pará
(5,4%) e Mato Grosso (1,2) também apresentaram variações
positivas, sob a influência da produção de
minérios e de celulose e papel, no primeiro, e de produtos
alimentícios e produção de coque, produtos
derivados de petróleo e biocombustíveis no segundo
caso.
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De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal –
Regional do IBGE, na comparação de agosto contra julho (com
ajuste sazonal) a produção industrial recuou em dez dos
catorze locais pesquisados. As variações negativas mais
intensas foram registradas no Pará (-4,0%), Goiás (-3,2%)
e Rio Grande do Sul (-2,8%). Os demais estados com desempenho negativo
foram Amazonas (-2,2%), Pernambuco (-2,2%), Espírito Santo (-1,9%),
São Paulo (-1,7%), Paraná (-1,3%), Bahia (-1,0%) e Região
Nordeste (-0,6%). Por sua vez, os quatro estados com variações
positivas foram: Ceará (3,5%), Santa Catarina (1,1), Minas Gerais
(0,9%) e Rio de Janeiro (0,2%). O dado para Mato Grosso, nessa comparação,
não foi divulgado. O desempenho do agregado Brasil, nesta comparação,
foi de -1,2%.
Na base de comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, 12 dos 15 locais mostraram
redução na produção em agosto de 2015. As
maiores quedas ficaram a cargo de Amazonas (-13,8%), São Paulo
(-12,9%), Rio Grande do Sul (-12,6%), Paraná (-11,4%) e Ceará
(-10,8%). Completam a lista de locais em contração Goiás
(-8,5%), Santa Catarina (-7,4%), Pernambuco (-6,7%), Minas Gerais (-4,7%),
Rio de Janeiro (-4,0%), Pará (-2,8%) e Região Nordeste (-1,8%).
As três variações positivas foram verificadas em Mato
Grosso (6,4%), Bahia (2,7%) e Espírito Santo (0,8%). O desempenho
do agregado Brasil, nesta comparação, foi de -9,0%.
A produção industrial acumulada entre janeiro e agosto de
2015 também apresentou queda em 12 das 15 localidades, com cinco
recuando em intensidade superior à média nacional (-6,9%):
Amazonas (-14,7%), Rio Grande do Sul (-10,0%), São Paulo (-9,7%),
Ceará (-9,2%) e Paraná (-7,7%). Santa Catarina (-6,8%),
Minas Gerais (-6,6%), Bahia (-5,9%), Rio de Janeiro (-5,1%), região
Nordeste (-4,3%), Goiás (-3,6%) e Pernambuco (-2,7%) completaram
o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos oito meses
do ano. Em contraste, Espírito Santo (13,0%), Pará (5,4%)
e Mato Grosso (1,2%) apresentaram variações positivas;
Mato Grosso.
No
confronto de agosto de 2015 com o mesmo mês de 2014, constatou-se
crescimento da produção industrial do estado de 6,4%, a
maior variação positiva nesta comparação.
Esse desempenho foi influenciado positivamente pelos setores de produtos
alimentícios (7,7%), coque, produtos derivados do petróleo
e biocombustíveis (9,7%), produtos de madeira (12,0%) e bebidas
(11,3%), apesar da contração verificada em produtos de minerais
não-metálicos (-31,6%). No acumulado no ano de 2015 a produção
industrial subiu 1,2%, sob influência de produtos alimentícios
(2,8%) e coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis
(5,9%). Nesta comparação a inflência negativa veio,
sobretudo, de produtos de minerais não-metálicos (-16,2%),
produtos de madeira (-5,3%) e outros produtos químicos (-10,6%).
São
Paulo. Em agosto, a indústria paulista apresentou recuou
de 1,7% na comparação com julho (dados livres de efeitos
sazonais). Na comparação mensal (mês/ mesmo mês
do ano anterior), o estado registrou queda de 12,9%, sob influência
de: veículos automotores, reboques e carrocerias (-36,2%), coque,
produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-11,4%),
produtos alimentícios (-5,9%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (-36,2%), produtos farmoquímicos
e farmacêuticos (-18,8%), produtos de borracha e de material plástico
(-13,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,4%),
produtos de metal (-10,4%), outros produtos químicos (-5,6%) e
produtos têxteis (-20,8%). Influências positivas importantes
foram vistas apenas em perfumaria, sabões, detergentes e produtos
de limpeza (1,7%) e bebidas (0,7%). No acumulado no ano de 2015, por sua
vez, a produção industrial recuou 9,7%, com destaque negativo
para os setores de: veículos automotores, reboques e carrocerias
(-19,2%), produtos alimentícios (-10,3%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (-23,7%), máquinas
e equipamentos (-9,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos
(-14,3%), metalurgia (-12,7%), máquinas, aparelhos e materiais
elétricos (-9,7%) e produtos de borracha e de material plástico
(-6,6%). O único setor a apresentar contribuição
positiva importante foi o de produtos de metal (0,4%).
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