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Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados hoje
pelo IBGE, indicam uma estabilização do ritmo de
queda do setor. Cabe observar que esse não é o desempenho
de dois outros segmentos relevantes para a economia brasileira,
indústria e comércio varejista, cujos resultados
para julho ainda denotam um quadro de agravamento de suas recessões.
A receita
nominal expandiu 2,1% em comparação a julho de 2014.
Enquanto que no ano de 2013 a receita do setor de serviços
apresentou expansão nominal de 8,5% e de 6,0% em 2014,
o desempenho do setor entre janeiro e julho de 2015 foi apenas
2,2% superior ao do ano passado. A novidade a ser destacada é
que o ritmo de decrescimento do índice estabilizou-se em
patamares nominalmente positivos e desde maio a variação
do acumulado do ano cristalizou-se em torno dos 2,2%. A notícia,
ainda assim, não é boa: no cenário em que
a inflação do acumulado do ano é 7,8% superior
ao mesmo período do ano passado, este pode ser considerado
um forte declínio real do setor.
Enquanto que
em alguns segmentos essa acomodação do crescimento
nominal se confirma, em outros, ainda há tendência
de queda. Entre os setores que apresentam sinais de acomodação,
poderíamos citar serviços de informação
e comunicação, que há três meses registra
variação acumulada no ano próxima a zero,
o que implica numa queda real considerável. Para se ter
uma ideia, em 2013 o setor cresceu 6,9% e em 2014, 3,3%.
Os serviços
profissionais, administrativos e complementares, um setor que
é notório por registrar maior resistência
aos ciclos econômicos, também mostrou estabilidade
em sua taxa acumulada no ano desde março de 2015, estando
atualmente em 5,6%. Em 2013, o segmentou atingiu crescimento de
8,2% e em 2014, de 8,5%, sendo o que mais tarde sentiu o impacto
da crise, declinando patamares inferiores e possivelmente negativos
em termos reais em 2015.
Outro setor
com crescimento nominal aparentemente acomodado após sucessivas
quedas é transporte, serviços auxiliares ao transporte
e correio. A taxa acumulada no ano desde abril oscila entre 2,2%
e 2,6%, mostrando dificuldade em repetir o bom desempenho dos
anos anteriores (10,8% em 2013 e 6,4% em 2014).
Os demais
segmentos, outros serviços e serviços prestados
às famílias, ainda mostram tendência de piora
de receita de vendas e aparentemente ainda não encontraram
seu ponto máximo de queda no período recente.
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Dados divulgados hoje pela Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE
indicaram a expansão da receita nominal de serviços em 2,1%
na comparação com junho de 2014. No acumulado do ano, entre
janeiro e julho de 2015, frente ao mesmo período do ano passado,
a variação foi de 2,3%.
Dentre os grupos pesquisados,
em comparação com julho de 2014, a receita nominal dos serviços
prestados às famílias aumentou 2,5% e a dos serviços
de informação e comunicação, 0,8%. Os grupos
de serviços profissionais, administrativos e complementares, transportes,
serviços auxiliares dos transportes e correio tiveram variação
de 3,5% e 2,8%. O grupo de outros serviços apresentou retração
nominal de 0,8% na mesma comparação.
No período compreendido entre janeiro e julho, em relação
ao mesmo período do ano passado, os cinco grupos registraram expansão
ou estabilidade da receita nominal: serviços prestados às
famílias (3,0%), serviços de informação e
comunicação (0,0%), serviços profissionais administrativos
e complementares (5,6%), serviços de transporte, auxiliares e correio
(2,6%) e outros serviços (0,3%).
Na análise
por estado, 17 das 27 unidades federativas pesquisadas registraram crescimento
da receita nominal sobre julho de 2014. Positivamente, destacaram-se Rondônia
(30,7%), Tocantins (12,7%), Pará (8,3%), Ceará (7,6%), Mato
Grosso (7,6%), Rio Grande do Norte (7,5%), Roraima (6,2%), Mato Grosso
(5,4%), Alagoas (4,0%). Por outro lado, os estados do Amapá (-12,4%),
Maranhão (-4,9%), Bahia (-4,8%), Amazonas (-3,7%) e Espírito
Santo (-2,9%) registraram significativas reduções do índice
de receita nominal percebido pelo setor de serviços.
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