7 de agosto de 2015

Indústria Regional
Crise segue mais forte em São Paulo


   

 
A crise da indústria brasileira ficou mais aguda no seu principal centro no segundo trimestre de 2015. De acordo com números do IBGE, a produção industrial no estado de São Paulo, que havia recuado 5,7% nos três primeiros meses deste ano, encolheu 11,5% no acumulado abril-junho último – taxas calculadas com relação a iguais períodos de 2014. No semestre, a atividade produtiva paulista caiu 8,7%.

Por ser o maior e mais diversificado parque industrial do País, a evolução da produção industrial em São Paulo dá não somente a dimensão da grave crise pela qual a indústria nacional vem passando mas também aponta para um final de ano que poderá ser um dos piores da história recente dessa mesma indústria. A crise da indústria brasileira já é a mais longa desde pelo menos 2003, ano de início da série de dados do IBGE.

Para o segundo trimestre deste ano, as expectativas não são boas. No terceiro trimestre, a produção da indústria nacional deverá fechar no vermelho, mas com queda menor do que a observada no segundo trimestre, tendência que deverá prevalecer no último trimestre do ano.

O desempenho da produção industrial em geral está refletindo uma crise que não está circunscrita a São Paulo. Em outras localidades, a crise também é severa. Considerando o primeiro semestre de 2015, frente a igual semestre do ano anterior, a queda na produção nacional ocorreu em doze dos quinze locais pesquisados pelo IBGE.

São recuos significativos da atividade produtiva em Amazonas (–14,8%), no Rio Grande do Sul (–10,9%), na Bahia (–8,6%), no Ceará (–8,0%), em Minas Gerais (–6,9%), no Paraná (–6,5%), em Santa Catarina (–6,2%), na Região Nordeste (–5,0%), no Rio de Janeiro (–4,8%), e mesmo em Pernambuco (–2,1%) e em Goiás (–2,1%). A produção no Espírito Santo (17,2%) e no Pará (6,8%) não recuou no primeiro semestre deste ano devido, em grande parte, ao desempenho positivo do setor extrativo.

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