19 de maio de 2015

Emprego Industrial
Reflexo da gravidade da crise


   

 
Os últimos números do emprego industrial refletem em cheio a gravidade da crise brasileira na indústria. A crise já se arrasta por alguns anos e foi se intensificando, com taxas de redução do efetivo de –1,4% em 2012, –1,1% em 2013 e –3,2% em 2014. Seu caráter geral, ou seja, sua presença nos mais diferentes segmentos industriais, é algo que se evidenciou neste ano. Tudo indica que esse processo não acabou e que, portanto, ainda sofrerá novos reveses durante este ano.

Em maio frente a abril, segundo o IBGE, o número de ocupados caiu 1,0% (considerados os ajustes sazonais), uma taxa negativa que está no patamar das observadas no início da crise global ocorrida em fins de 2008 e início de 2009.

Na comparação mês com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 5,8% em maio último. Foi a quadragésima quarta queda consecutiva nesse tipo de comparação. Ela resultou do encolhimento do número do pessoal ocupado em todos os ramos industriais, com exceção do ramo de produtos químicos, cuja taxa de ocupação apresentou ligeiro crescimento, de 0,2%.

O emprego caiu nos setores de bens duráveis e de bens de capital, como, por exemplo, em meios de transporte (–11,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (–12,9%) e máquinas e equipamentos (–7,2%), bem como em segmentos mais tradicionais da economia brasileira (–7,5% em vestuário, –2,9% em produtos têxteis e –7,6% em calçados e couro), ou ainda, naqueles ramos ligados a commodities: metalurgia básica (–6,6%), papel e gráfica (–3,3%), refino de petróleo e produção de álcool (–7,0%), indústrias extrativas (–5,2%), minerais não–metálicos (–2,4%) – todas as taxas de maio último contra maio de 2014.

No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, o emprego industrial encolheu 5,0%. Nesse período, o pessoal ocupado caiu em todos os ramos da indústria brasileira pesquisados pelo IBGE. São taxas negativas expressivas, com destaque para meios de transporte (–9,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (–12,2%) e produtos de metal (–9,9%).

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