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Os últimos números do emprego industrial refletem
em cheio a gravidade da crise brasileira na indústria.
A crise já se arrasta por alguns anos e foi se intensificando,
com taxas de redução do efetivo de –1,4% em
2012, –1,1% em 2013 e –3,2% em 2014. Seu caráter
geral, ou seja, sua presença nos mais diferentes segmentos
industriais, é algo que se evidenciou neste ano. Tudo indica
que esse processo não acabou e que, portanto, ainda sofrerá
novos reveses durante este ano.
Em maio frente
a abril, segundo o IBGE, o número de ocupados caiu 1,0%
(considerados os ajustes sazonais), uma taxa negativa que está
no patamar das observadas no início da crise global ocorrida
em fins de 2008 e início de 2009.
Na comparação
mês com igual mês do ano anterior, o emprego industrial
recuou 5,8% em maio último. Foi a quadragésima quarta
queda consecutiva nesse tipo de comparação. Ela
resultou do encolhimento do número do pessoal ocupado em
todos os ramos industriais, com exceção do ramo
de produtos químicos, cuja taxa de ocupação
apresentou ligeiro crescimento, de 0,2%.
O emprego
caiu nos setores de bens duráveis e de bens de capital,
como, por exemplo, em meios de transporte (–11,0%), máquinas
e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
(–12,9%) e máquinas e equipamentos (–7,2%),
bem como em segmentos mais tradicionais da economia brasileira
(–7,5% em vestuário, –2,9% em produtos têxteis
e –7,6% em calçados e couro), ou ainda, naqueles
ramos ligados a commodities: metalurgia básica (–6,6%),
papel e gráfica (–3,3%), refino de petróleo
e produção de álcool (–7,0%), indústrias
extrativas (–5,2%), minerais não–metálicos
(–2,4%) – todas as taxas de maio último contra
maio de 2014.
No acumulado
dos cinco primeiros meses deste ano, o emprego industrial encolheu
5,0%. Nesse período, o pessoal ocupado caiu em todos os
ramos da indústria brasileira pesquisados pelo IBGE. São
taxas negativas expressivas, com destaque para meios de transporte
(–9,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–12,2%) e produtos de metal
(–9,9%).
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Na passagem de abril para maio na série livre de efeitos sazonais,
o pessoal ocupado assalariado na indústria apresentou queda de
1,0%, reflexo da desaceleração da produção
industrial. Na relação mês/ mesmo mês de 2014,
o emprego industrial assinalou recuo de 5,8%. No acumulado nos primeiros
cinco meses de 2015 houve uma variação acumulada de –5,0%.
A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de
–4,4%.
Setorialmente, 17
dos 18 setores observaram redução no pessoal ocupado no
setor industrial, com destaque para as contribuições negativas
vindas de meios de transporte (–11,0%), alimentos e bebidas (–3,2%),
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
(–12,9%), produtos de metal (–10,6%), máquinas e equipamentos
(–7,2%), vestuário (–7,5%), outros produtos da indústria
de transformação (–9,6%), calçados e couro
(–7,6%), metalurgia básica (–6,6%), papel e gráfica
(–3,3%), refino de petróleo e produção de álcool
(–7,0%), indústrias extrativas (–5,2%), minerais não–metálicos
(–2,4%) e produtos têxteis (–2,9%). Por outro lado,
o único resultado positivo foi assinalado pelo setor produtor de
produtos químicos (0,2%).
No acumulado no ano,
frente igual período de 2014, meios de transporte (–9,5%),
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
(–12,2%), produtos de metal (–9,9%), alimentos e bebidas (–2,1%),
máquinas e equipamentos (–5,8%), outros produtos da indústria
de transformação (–8,6%), calçados e couro
(–7,4%), vestuário (–5,1%), metalurgia básica
(–6,4%), papel e gráfica (–3,1%), refino de petróleo
e produção de álcool (–6,8%), indústrias
extrativas (–4,4%) e produtos têxteis (–2,7%) foram
as principais contribuições negativas.
Folha de Pagamento
Real. A folha de pagamento real da indústria brasileira
apresentou, na relação maio/abril, já livre dos efeitos
sazonais, uma variação negativa de 3,7%. Frente maio de
2014, verificou–se um redução de 9,7%, impulsionada
pelos setores de meios de transporte (–15,1%), indústrias
extrativas (–30,6%), refino de petróleo e produção
de álcool (–29,4%), alimentos e bebidas (–5,8%), máquinas
e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (–11,6),
metalurgia básica (–12,0%), máquinas e equipamentos
(–5,9%), produtos de metal (–10,1%), outros produtos da indústria
de transformação (–8,1%), calçados e couro
(–10,2%), borracha e plástico (–4,0%) e papel e gráfica
(–2,6%). No ano, a folha de pagamento real dos trabalhadores da
indústria assinalou decréscimo de 5,9%, e nos últimos
12 meses, de 4,2%.
Número
de Horas Pagas. Na passagem de abril para maio, com dados dessazonalizados,
houve queda de 1,3% no total de horas pagas na indústria. Frente
a igual mês de 2014 verificou–se decréscimo de 6,6%,
resultado da redução do número de horas pagas em
17 dos 18 ramos pesquisados. No acumulado do ano, o recuo de 5,6% das
horas pagas na indústria deveu–se as pressões negativas
em todos os setores pesquisados, com destaque para meios de transporte
(–10,3%), produtos de metal (–10,5%), máquinas e aparelhos
eletroeletrônicos e de comunicações (–11,0%),
alimentos e bebidas (–2,6%), máquinas e equipamentos (–7,3%),
calçados e couro (–10,0%), outros produtos da indústria
de transformação (–9,3%), vestuário (–4,8%),
metalurgia básica (–8,3%), papel e gráfica (–4,3%),
minerais não–metálicos (–3,5%), refino de petróleo
e produção de álcool (–8,5%), borracha e plástico
(–2,1%) e indústrias extrativas (–4,0%). Por sua vez,
a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de
–5,1%.
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