Encontro do Ministro do Desenvolvimento Indústria
e
Comércio Exterior ARMANDO MONTEIRO no IEDI – 06/07/2015
O Brasil precisa
de “uma aliança pró-governança”
para criar as condições necessárias para
garantir um nível mínimo de governabilidade para
a atual gestão do país. Esse acordo deveria ser
construído a partir da recomposição da base
aliada e do diálogo entre o Executivo e as lideranças
do Congresso Nacional. O resultado desse diálogo seria
uma agenda de “reformas estratégicas em torno de
metas macros e micros, além de medidas incrementais”,
com potencial para se tornar o ponto de partida para a retomada
da confiança e da reversão das expectativas do empresariado.
Essa é a avaliação do Ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, Armando Monteiro. “Não
podemos ficar paralisados diante das dificuldades políticas
que se impõem neste momento e que influencia a atual conjuntura
econômica”, propôs ele.
Em encontro
promovido pelo IEDI, o ministro fez uma análise da situação
do setor industrial no país, apresentou um balanço
das recentes ações do governo nesse campo e apresentou
os projetos que estão em gestação na pasta
com o objetivo de recuperar o crescimento da economia.
O momento
delicado que a indústria enfrenta é resultado, segundo
Monteiro, de uma conjunção de fatores nos últimos
15 anos, que “alguns traduzem como desindustrialização”.
As causas do encolhimento da atividade industrial estão,
sobretudo, relacionadas ao aumento de custos sistêmicos
e à elevação dos custos de produção,
incluídas aí as despesas crescentes com mão
de obra, o que gerou outro fator de perda de competitividade na
indústria: o descompasso entre esses custos (de pessoal)
e a produtividade.
O setor manufatureiro,
lembrou o ministro, também sofreu a pressão de custos
com a disparada nos preços de importantes insumos, principalmente
da energia elétrica, e com a apreciação contínua
do câmbio nos últimos anos, com “efeito devastador”
para a competitividade.
“Quando
enfrentamos esse quadro numa conjuntura de crise fiscal severa,
com contração da atividade econômica, qual
o espaço para políticas mais ativas de apoio à
indústria e à melhoria no ambiente de negócios?”
questionou Monteiro, para em seguida responder: “A saída,
nessa situação, é o canal externo, uma solução
óbvia em função da retração
interna.”
Há,
porém, desafios internos para levar adiante a inserção
na economia mundial. Uma delas é a produtividade da indústria
brasileira, prejudicada, na visão do ministro, por questões
de “estrutura de capital, custos e qualificação
de mão de obra. A modernização de equipamentos
é importante, pois gera um resultado virtuoso ao atualizar
o parque manufatureiro, determinar a produtividade da economia
como um todo e acelerar a atividade econômica.”
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