17 de abril de 2015

Emprego Industrial
Em queda livre


   

 
Mês após mês, são registradas taxas de variação negativas do emprego da indústria brasileira. Isso não é de hoje. A ocupação na indústria cai há quarenta e um meses consecutivos (na série do IBGE que compara mês com o mesmo mês do ano anterior). No entanto, observa-se que esse processo vem piorando desde junho do ano passado. A partir daquele mês, a taxa de variação do emprego caiu mais de 3,0%, foi oscilando sempre em patamares mais elevados e chegou aos –4,5% de fevereiro.

O nível do emprego industrial de fevereiro último é o menor da série histórica do IBGE (série com ajuste sazonal). Ele é 9,5% inferior ao de julho de 2008, período que antecedeu a crise financeira global e no qual a ocupação industrial atingiu seu pico, e reflete uma crise generalizada do setor. O emprego recuou, em fevereiro frente a igual mês de 2014, nos dezoito ramos da indústria pesquisados pelo IBGE. No primeiro bimestre de 2015, a ocupação caiu em dezessete ramos; e naquele em que não houve retração (Produtos químicos), o emprego ficou estagnado (0,0%).

As quedas do emprego industrial nos diferentes ramos da indústria no primeiro bimestre deste ano são alarmantes. Por exemplo: –11,8% no de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações; –8,8% no de produtos de metal; –8,3% em outros produtos da indústria de transformação; – 8,2% no de transporte; –7,0% no de calçados e couro; –6,0% no de metalurgia básica; –5,9% no de refino de petróleo e álcool; –4,5% no de máquinas e equipamentos; e –4,3 no de madeira. Depois dos decrescimentos de 1,4% em 2012, 1,1% em 2013 e de 3,2% em 2014, o emprego industrial fechará 2015 provavelmente com desempenho mais negativo. O emprego está em queda livre e não há nada no horizonte que possa suavizar essa sua trajetória nos próximos meses.

Leia aqui o texto completo desta Análise.