10 de março de 2015

Indústria Regional
Grandes centros: quedas
ainda muito acentuadas


   

 
O crescimento de 2,0% da produção industrial no primeiro mês deste ano (relativo a dezembro, com ajuste sazonal) foi puxado por Minas (6,5%) e, sobretudo, por São Paulo (7,1%).

Vale lembrar que, em 2014, a queda de 3,3% da atividade produtiva da indústria nacional decorreu do encolhimento da produção nos grandes centros industriais, notadamente na indústria paulista, cuja taxa de variação da produção caiu 6,2% – a maior retração do ano passado registrada entre todos os locais pesquisados pelo IBGE.

Não é possível afirmar que esse aumento da produção em São Paulo (7,1%), em Minas (6,5%) e também no Rio de Janeiro (0,2%) em janeiro deste ano frente dezembro de 2014 significa uma recuperação da indústria brasileira que a levará para uma nova trajetória de crescimento consistente em 2015. O que tudo indica é que, em janeiro deste ano, houve recomposição de estoques em diferentes ramos industriais.

O fato é que, a despeito da melhora em janeiro frente a dezembro, na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial recuou a taxas ainda bastante elevadas nos três principais centros industriais do País em janeiro último: –5,4% em São Paulo, –3,7% em Minas e –3,1% no Rio de Janeiro.

Na indústria paulista, essa queda de 5,4% teve caráter generalizado, já que em quinze dos dezoito ramos pesquisadas pelo IBGE no Estado apresentaram retração de suas atividades – com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (–14,3%), máquinas e equipamentos (–15,0%) e produtos alimentícios (–10,3%).

No Rio e em Minas ocorreu o mesmo. No primeiro, registrou-se queda em doze das catorze atividades industriais investigadas pelo IBGE – com destaque para os ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (–35,8%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (–7,2%). Em Minas, foram dez de treze ramos – as principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (–10,0%) e de máquinas e equipamentos (–26,8%).

Considerando-se os resultados de –3,3%, –1,2% e +3,7% da produção industrial em São Paulo, no Rio e em Minas, respectivamente, no acumulado dos três primeiros meses de 2014 (variações relativas a igual período do ano anterior) e as taxas de janeiro deste ano observadas acima (–5,4% em São Paulo, –3,1% no Rio de Janeiro e –3,7% em Minas), fica claro que as indústrias desses três estados terão de “correr” muito para não fechar o primeiro trimestre deste ano em situação pior do que a do primeiro trimestre do ano passado, ou ainda, que as indústrias paulista, fluminense e mineira precisarão de muito fôlego em fevereiro e março para minimizar os resultados negativos que provavelmente ocorrerão no primeiro trimestre deste ano.

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