O crescimento de 2,0% da produção industrial no
primeiro mês deste ano (relativo a dezembro, com ajuste
sazonal) foi puxado por Minas (6,5%) e, sobretudo, por São
Paulo (7,1%).
Vale lembrar
que, em 2014, a queda de 3,3% da atividade produtiva da indústria
nacional decorreu do encolhimento da produção nos
grandes centros industriais, notadamente na indústria paulista,
cuja taxa de variação da produção
caiu 6,2% – a maior retração do ano passado
registrada entre todos os locais pesquisados pelo IBGE.
Não
é possível afirmar que esse aumento da produção
em São Paulo (7,1%), em Minas (6,5%) e também no
Rio de Janeiro (0,2%) em janeiro deste ano frente dezembro de
2014 significa uma recuperação da indústria
brasileira que a levará para uma nova trajetória
de crescimento consistente em 2015. O que tudo indica é
que, em janeiro deste ano, houve recomposição de
estoques em diferentes ramos industriais.
O fato é
que, a despeito da melhora em janeiro frente a dezembro, na comparação
com igual mês do ano anterior, a produção
industrial recuou a taxas ainda bastante elevadas nos três
principais centros industriais do País em janeiro último:
–5,4% em São Paulo, –3,7% em Minas e –3,1%
no Rio de Janeiro.
Na indústria
paulista, essa queda de 5,4% teve caráter generalizado,
já que em quinze dos dezoito ramos pesquisadas pelo IBGE
no Estado apresentaram retração de suas atividades
– com destaque para veículos automotores, reboques
e carrocerias (–14,3%), máquinas e equipamentos (–15,0%)
e produtos alimentícios (–10,3%).
No Rio e em
Minas ocorreu o mesmo. No primeiro, registrou-se queda em doze
das catorze atividades industriais investigadas pelo IBGE –
com destaque para os ramos de veículos automotores, reboques
e carrocerias (–35,8%) e de coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (–7,2%). Em Minas,
foram dez de treze ramos – as principais influências
negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias
(–10,0%) e de máquinas e equipamentos (–26,8%).
Considerando-se
os resultados de –3,3%, –1,2% e +3,7% da produção
industrial em São Paulo, no Rio e em Minas, respectivamente,
no acumulado dos três primeiros meses de 2014 (variações
relativas a igual período do ano anterior) e as taxas de
janeiro deste ano observadas acima (–5,4% em São
Paulo, –3,1% no Rio de Janeiro e –3,7% em Minas),
fica claro que as indústrias desses três estados
terão de “correr” muito para não fechar
o primeiro trimestre deste ano em situação pior
do que a do primeiro trimestre do ano passado, ou ainda, que as
indústrias paulista, fluminense e mineira precisarão
de muito fôlego em fevereiro e março para minimizar
os resultados negativos que provavelmente ocorrerão no
primeiro trimestre deste ano.
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