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O emprego industrial caiu 0,4% em novembro com relação
a outubro – considerados os ajustes sazonais – e passou
a acumular queda de 3,1% nos onze primeiros meses do ano passado.
Em 2014, teremos o segundo resultado mais negativo da ocupação
industrial registrado na série histórica do IBGE
iniciada em 2003 – o pior resultado ocorreu em 2009 (–5,0%),
decorrente dos efeitos do ápice da crise internacional.
A crise do emprego industrial evidenciou-se nos anos de 2012 (–1,4%)
e 2013 (–1,1%), mas, no ano passado, ela se mostrou mais
grave: atingiu fortemente os setores de alta tecnologia e é
bastante acentuada nos principais centros industriais do País.
De fato, no
período janeiro-novembro de 2014, a retração
do número de ocupados na indústria nacional (–3,1%)
decorreu do fechamento de postos de trabalho em treze dos catorze
locais e em dezesseis dos dezoito setores investigados pelo IBGE.
Entre os locais, destaca-se a queda de 4,3% do número de
ocupados no principal parque industrial brasileiro, o de São
Paulo – vale observar, 2014 vai se configurando como o pior
resultado da indústria paulista na série histórica
de emprego do IBGE. No Rio de Janeiro e em Minas, outros dois
grandes centros industriais do País, o emprego industrial
recuou igualmente 2,7% nos onze primeiros meses de 2014.
Em termos
setoriais, ainda considerando o acumulado janeiro-novembro, o
emprego industrial encolheu não somente em setores tradicionais
da economia brasileira, como os de calçados e couro (–8,0%),
vestuário (–3,4%) e produtos têxteis (–4,5%),
mas também em setores de ponta, de alta tecnologia, como
os de máquinas e equipamentos (–5,6%), meios de transporte
(–5,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–7,0%) e refino de petróleo
e produção de álcool (–7,7%). A evolução
do emprego industrial só dará sinais de melhoras
quando a atividade produtiva da indústria se recuperar
de modo mais consistente, algo que não se espera para este
início de ano.
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Em novembro, o emprego industrial assinalou queda de 0,4% em comparação
ao mês imediatamente anterior na série livre de efeitos sazonais.
Na comparação mensal (mês/ mesmo mês do ano
anterior), o contingente de trabalhadores no setor industrial assinalou
decréscimo de 4,7%, trigésima oitava taxa negativa nesta
comparação. No acumulado entre janeiro e novembro de 2014
frente a igual período de 2013, o emprego fabril registrou queda
de 3,1%. No acumulado nos últimos doze meses em relação
a período imediatamente anterior, o emprego obteve decréscimo
de 3,0%, comparativamente a –2,8% obtido em outubro.
Regionalmente, no
confronto entre novembro de 2014 e novembro de 2013, o emprego industrial
recuou em todas as regiões pesquisadas pelo IBGE. O principal impacto
negativo foi observado em São Paulo (–6,1%), seguido por
Minas Gerais (–4,5%), Região Nordeste (–3,8%), Paraná
(–4,8%), Rio Grande do Sul (–4,4%) e Região Norte e
Centro–Oeste (–4,2%).
No acumulado entre
janeiro e novembro em comparação aos mesmos onze meses de
2013, 13 localidades apresentaram queda no contingente de pessoal ocupado,
com destaque para a São Paulo (–4,3%), seguido pelo Rio Grande
do Sul (–4,3%), Paraná (–4,3%), Minas Gerais (–2,7%),
Região Nordeste (–1,9%), Rio de Janeiro (–2,7%) e Região
Norte e Centro–Oeste (–1,4%). Pernambuco (0,4%), por sua vez,
exerceu a única pressão positiva nesta comparação.
Na comparação
com mesmo mês do ano anterior, houve queda do emprego em dezesseis
dos dezoito ramos pesquisados. Os segmentos que representaram as maiores
contribuições negativas foram: alimentos e bebidas (–4,0%),
meios de transporte (–7,7%), produtos de metal (–8,3%), máquinas
e equipamentos (–6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–8,2%), calçados e couro
(–7,9%), vestuário (–4,8%), outros produtos da indústria
de transformação (–6,5%) e metalurgia básica
(–5,8%). As duas influências positivas sobre a média
da indústria ocorreram nos setores de produtos químicos
(1,0%) e de minerais não–metálicos (0,1%).
No acumulado do ano,
dentre os dezesseis setores a apresentar queda no emprego industrial,
as contribuições negativas mais significativas vieram de
produtos de metal (–7,2%), máquinas e equipamentos (–5,6%),
meios de transporte (–5,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–7,0%), calçados e couro
(–8,0%), vestuário (–3,4%), outros produtos da indústria
de transformação (–4,3%), produtos têxteis (–4,5%)
e refino de petróleo e produção de álcool
(–7,7%). Por outro lado, os setores de produtos químicos
(1,5%) e minerais não–metálicos (0,8%) responderam
pelos impactos positivos.
Número de Horas Pagas. O número de horas pagas obteve redução
de 0,9% na passagem entre outubro e novembro na série livre dos
efeitos sazonais. No confronto com o mesmo mês do ano anterior,
a quantidade de horas pagas aos trabalhadores assinalou decréscimo
de 5,5%. Regionalmente, os maiores impactos negativos vieram de São
Paulo (–7,3%), Região Nordeste (–5,4%), Minas Gerais
(–5,2%), Paraná (–5,9%), Região Norte e Centro–Oeste
(–4,5%) e Rio Grande do Sul (–4,8%). Na comparação
acumulada no ano passado até novembro, houve recuo no número
de horas pagas de 3,7%, enquanto nos últimos doze meses encerrados
em novembro de 2014, a variação foi de –3,6%.
Folha de Pagamento
Real. No mês de novembro, a folha de pagamento real na indústria
apresentou queda de 2,6% em relação ao mês anterior,
na série livre dos efeitos sazonais. Frente a novembro de 2013
o resultado apresentou queda de 5,6%. Esse desempenho deveu–se ao
decréscimo da folha de pagamento real em treze das catorze localidades
e todos os setores pesquisados. No acumulado dos onze primeiros meses
de 2014, a folha de pagamento real da indústria nacional decresceu
0,8% contra igual período de 2013. Nos últimos 12 meses
encerrados em novembro, a variação foi de –1,0%.
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