Prezados Conselheiros, Nossa análise de hoje aborda a pesquisa industrial regional do IBGE. Os números muito negativos da indústria nacional em 2014 - queda de 3,2% no acumulado de janeiro a novembro - refletiram o fraco desempenho das economias doméstica e internacional, bem como as expectativas nada positivas do empresariado brasileiro. São muito graves as constatações de que, no mesmo período, em São Paulo, principal parque industrial do País, a produção caiu 6,0% no mesmo acumulado, que no segundo maior centro industrial, o Rio de Janeiro, a produção industrial recuou 3,2% e que em Minas Gerais, terceiro maior, 2,8%. Para mais detalhes, ver a seguir. |
13 de janeiro de 2015 |
Indústria
Regional |
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Em relação a novembro de 2013, o setor industrial recuou 5,8%, com onze dos quinze locais pesquisados acompanhando esse movimento de queda. Os recuos mais intensos foram no Amazonas (–16,9%), São Paulo (–9,9%), Minas Gerais (–8,5%) e Paraná (–8,0%). Ceará (–6,8%) e Rio Grande do Sul (–6,5%) também apontaram quedas mais acentuadas que a média nacional (–5,8%), enquanto Rio de Janeiro (–3,6%), Santa Catarina (–3,4%), Pernambuco (–2,2%), Região Nordeste (–0,9%) e Bahia (–0,5%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas em novembro de 2014. Por outro lado, Espírito Santo (11,7%) assinalou o avanço mais intenso nesse mês, impulsionado, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo (minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo). Os demais resultados positivos foram observados em Goiás (7,4%), Pará (7,0%) e Mato Grosso (6,3%). No acumulado no ano, houve reduções em dez dos quinze locais pesquisados, e quatro recuaram com intensidade maior do que a da média da indústria (–3,2%): Paraná (–6,2%), São Paulo (–6,0%), Rio Grande do Sul (–4,8%) e Amazonas (–3,8%). Completaram o conjunto de locais com resultados negativos: Rio de Janeiro (–3,2%), Ceará (–3,2%), Bahia (–2,9%), Minas Gerais (–2,8%) e Santa Catarina (–2,0%). Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão–trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca”, motocicletas e móveis). Por outro lado, Pará
(8,8%) e Espírito Santo (5,0%) assinalaram as expansões
mais elevadas, impulsionados em grande parte pelo comportamento positivo
vindo do setor extrativo. Adicionalmente, Mato Grosso (2,9%), Goiás
(2,3%) e Pernambuco (1,1%) também apontaram taxas positivas no
índice acumulado do ano, enquanto a Região Nordeste (0,0%)
repetiu o patamar do mesmo período do ano anterior.
São Paulo. Em novembro, a indústria paulista apresentou contração de 9,9% na comparação com novembro de 2013; essa taxa foi condicionada pelos setores de: produtos alimentícios (–22,5%), máquinas e equipamentos (–13,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (–8,1%), metalurgia (–10,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–9,9%), entre outros. A principal contribuição positiva nessa comparação veio de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,4%). No acumulado no ano de 2014 a produção industrial recuou 6,0%, com destaque para os setores de: veículos automotores, reboques e carrocerias (–16,9%), máquinas e equipamentos (–9,9%), metalurgia (–11,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–7,3%) e produtos de metal (–7,8%), entre outros. As principais contribuições positivas estiveram a cargo de outros equipamentos de transporte (12,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,8%). |
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