13 de janeiro de 2015

Indústria Regional
Um Panorama da Crise Industrial
do Ponto de Vista Regional


   

 
Em novembro, a queda de 0,7% da produção da indústria brasileira decorreu da retração das atividades produtivas em sete das catorze localidades pesquisadas pelo IBGE. Quem mais puxou para baixo o índice de produção industrial foram os estados de São Paulo (com diminuição de 2,3% de sua produção), Minas (–2,6%), Amazonas (–4,0%) e Santa Catarina (–1,9%) – todas as taxas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal.

Os números muito negativos da indústria nacional em 2014 refletiram o fraco desempenho das economias doméstica e internacional, bem como as expectativas nada positivas do empresariado brasileiro. No acumulado janeiro-novembro, a produção industrial geral caiu 3,2%. São muito graves as constatações de que em São Paulo, principal parque industrial do País, a produção caiu 6,0% no mesmo acumulado, que no segundo maior centro industrial, o Rio de Janeiro, a produção industrial recuou 3,2% e que em Minas Gerais, terceiro maior, 2,8%.

Além desses três estados, a produção industrial diminuiu em mais seis dos quinze locais pesquisados pelo IBGE no acumulado do período janeiro-novembro do ano passado. As atividades produtivas caíram no Paraná (–6,2%), no Rio Grande do Sul (–4,8%), no Amazonas (–3,8%), no Ceará (–3,2%), na Bahia (–2,9%), e Santa Catarina (–2,0%). Por outro lado, a produção industrial caiu 2014 até novembro no Pará (8,8%), no Espírito Santo (5,0%), no Mato Grosso (2,9%), em Goiás (2,3%) e em Pernambuco (1,1%). A Região Nordeste não avançou.

Os recuos decorrem da menor produção de bens de capital, bens duráveis (sobretudo automóveis) e bens intermediários, ou seja, têm caráter generalizado. Os estados do Pará e do Espírito Santo, onde a produção avançou em 2014, foram favorecidos pela recuperação parcial da produção de minério de ferro. Vale lembrar que, em 2013, quando a produção da indústria em geral cresceu 2,1%, a produção industrial do Pará e do Espírito Santo recuou, respectivamente, 1,9% e 4,2%.

2014 será um dos piores resultados da indústria nacional. Na indústria de São Paulo, o ano de 2014 será marcado como o segundo pior resultado na série do IBGE, iniciada em 2003 – o resultado mais negativo ocorreu em 2009 (–7,4%), quando os principais efeitos da crise internacional se fizeram presentes. Neste início de 2015, não se espera que esse quadro se altere, nem para a indústria em geral, nem em termos regionais.

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