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A produção da indústria brasileira caiu 0,7%
no mês de novembro do ano passado com relação
ao mês imediatamente anterior, considerados os ajustes sazonais.
Com esse resultado, a produção industrial passou
a acumular queda de 3,2% no período janeiro-novembro de
2014, a segunda retração mais acentuada desde 2002
– em 2009, ela encolheu 7,1% e em 2012, 2,3%.
Ao longo dos
trimestres do ano passado, a atividade produtiva da indústria
nacional foi positiva no primeiro trimestre (0,5%), mas, a partir
daí, seus números foram todos negativos: –5,3%
no segundo trimestre, –3,6% no terceiro trimestre e –4,5%
no acumulado outubro-novembro – todas as taxas calculadas
com relação a igual período do ano anterior.
Os grandes
setores industriais mostram que a crise do setor em 2014 foi geral.
De fato, mantendo a ordem primeiro, segundo e terceiro trimestres
e o acumulado outubro-novembro, a produção industrial
de bens de capital apresentou a seguinte evolução:
0,5%, –14,4%, –10,4% e –10,4%.
No setor de
bens duráveis, no qual aparecem os ramos de veículos
e eletrodomésticos das linhas branca e marrom, a produção
cresceu 3,5% no primeiro trimestre, mas despencou 18,4% e 11,2%,
respectivamente, no segundo e terceiro trimestres e acumulou retração
de 8,7% nos meses de outubro e novembro.
A produção
de bens de consumo semi e não duráveis avançou
2,9% no primeiro trimestre de 2014, caiu 1,8% no segundo, 0,2%
no terceiro e 1,5% no período outubro-novembro.
Por sua vez,
a produção do setor de maior peso na indústria
brasileira, o de bens intermediários, foi negativa em todos
os períodos: –0,8%, –3,7%, –2,9% e –4,3%
no primeiro, segundo e terceiro trimestres e no acumulado outubro-novembro
de 2014, nessa ordem.
Portanto,
como pode ser observado nos números supracitados, a produção
veio acumulando quedas ao longo de 2014 em todos os grandes setores
da indústria brasileira e foi fechando o ano com resultados
priores especialmente no setor de bens intermediários.
A indústria
sofreu com os ritmos fracos da economia nacional e internacional
– sobretudo de importantes parceiros comerciais, como a
Argentina – e com a pouca competitividade de seus produtos.
O início de 2015 não será muito diferente:
a produção deve continuar oscilando num patamar
baixo e o emprego permanecerá em queda.
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A produção industrial brasileira registrou queda de 0,7%
em novembro frente a outubro na série livre de efeitos sazonais.
Frente ao mesmo mês de 2013, o setor registrou variação
negativa de 5,8%, nono resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.
No acumulado entre janeiro e novembro, a indústria obteve decréscimo
de 3,2%, a mesma variação dos últimos 12 meses.
No mês de novembro
frente a outubro na série com ajuste sazonal, os bens de consumo
duráveis e bens de consumo semi e não–duráveis
assinalaram as quedas mais acentuadas, recuando, respectivamente, 2,1%
e –1,3%. Os bens de capital assinalaram variação negativa
(–0,2%), interrompendo dois meses consecutivos de taxas positivas.
O setor de bens intermediários, por sua vez, assinalou estabilidade
frente ao mês anterior (0,0%).
No confronto com igual
mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (–11,0%)
e bens de capital (–9,7%) assinalaram as quedas mais intensas entre
as categorias de uso. Dentre os setores produtores de bens duráveis,
a maior pressão negativa veio da fabricação de automóveis,
com uma queda de 10,8%, enquanto o segmento que mais influenciou a taxa
dos bens de capital foi o de bens de capital para equipamentos de transporte
(–15,9%). Os setores produtores de bens intermediários (–5,8%)
e de bens de consumo semi e não–duráveis (–3,1%)
também apontaram taxas negativas nesse mês.
No período de janeiro–novembro de 2014 em comparação
ao mesmo período de 2013 o segmento de bens de consumo duráveis
(–9,1%) e bens de capital (–8,8%) apresentaram menor dinamismo.
Os setores que mais pressionaram para essa redução foram
automóveis (–15,0%) e bens de capital para equipamentos de
transporte (–16,5%), respectivamente. Os demais segmentos também
assinalaram diminuição da produção industrial:
bens intermediários (–2,9%) e bens de consumo semi e não–duráveis
(–0,1%).
Em termos setoriais,
entre os meses de outubro e novembro, na série com ajustamento
sazonal, das vinte e sete atividades pesquisadas pelo IBGE, onze assinalaram
queda. O principal impacto negativo foi registrado por produtos alimentícios
(–3,4%), seguido pelos setores produtores de coque, produtos derivados
do petróleo e biocombustíveis (–1,1%),equipamentos
de informática, produtos eletrônicos e ópticos (–4,0%),
metalurgia (–1,9%), indústrias extrativas(–0,7%), máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (–2,8%) e máquinas
e equipamentos (–1,0%). Entre os ramos que apresentaram aumento
na produção industrial, destacam–se veículos
automotores, reboques e carrocerias (1,2%), produtos diversos (11,9%),
produtos farmacêuticos e farmoquímicos (3,6%) e produtos
de minerais não–metálicos (1,3%).
Na comparação
entre novembro de 2014 e novembro de 2013, dentre os 22 segmentos que
obtiveram decréscimo, podemos destacar: veículos automotores,
reboques e carrocerias (–14,4%), produtos alimentícios (–8,7%),
metalurgia (–11,4%), máquinas e equipamentos (–8,8%),
produtos de metal (–12,1%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (–14,1%), outros produtos
químicos (–5,3%), máquinas, aparelhos e materiais
elétricos(–9,2%), coque, produtos derivados do petróleo
e biocombustíveis (–1,7%), produtos de borracha e de material
plástico (–5,0%) e produtos de minerais não–metálicos
(–4,7%). Por outro lado, o principal impacto positivo foi observado
no setor extrativo (4,1%).
No acumulado entre
janeiro e novembro do presente ano contra os mesmos dez meses de 2013,
foi verificado a redução da produção industrial
em 16 atividades. As maiores contribuições foram obtidas
por veículos automotores (10,3%), refino de petróleo e produção
de álcool (7,4%), de máquinas e equipamentos (6,8%), de
outros equipamentos de transporte (7,6%), de máquinas, aparelhos
e materiais elétricos (5,3%) e de borracha e plástico (2,8%).
Por outro lado, os principais impactos negativos foram observados em edição,
impressão e reprodução de gravações
(–10,2%), farmacêutica (–9,1%), indústrias extrativas
(–4,4%), metalurgia básica (–2,8%) e bebidas (–2,8%).
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