Na passagem de setembro para outubro, o número de ocupados
na indústria brasileira caiu 0,4%, segundo pesquisa do
IBGE. Foi a sétima taxa de variação negativa
consecutiva na série que compara mês com o mês
imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Como resultado, o
emprego industrial acumula queda de 3,0% no período janeiro-outubro.
A evolução
do emprego neste ano vai se configurando, portanto, como uma das
mais negativas da pesquisa do IBGE, iniciada em 2002 – somente
a taxa registrada em 2009, quando da crise internacional, é
mais negativa, igual a –5,0%. Vale lembrar que o número
de ocupados na indústria também caiu em 2012 (–1,4%)
e em 2013 (–1,1%).
A crise do
emprego industrial tem caráter geral. No período
janeiro-outubro deste ano, a retração (–3,0%)
do número de ocupados na indústria nacional decorreu
do fechamento de postos de trabalho em treze dos catorze locais
e em dezesseis dos dezoito setores investigados pelo IBGE. Entre
os locais, destaca-se São Paulo (–4,1%) com a queda
dos ocupados na indústria com maior impacto no emprego
industrial em geral. Em seguida vêm Rio Grande do Sul (–4,3%),
Paraná (–4,2%), Minas Gerais (–2,5%), Região
Nordeste (–1,7%), Rio de Janeiro (–2,5%) e Região
Norte e Centro-Oeste (–1,1%).
Em termos
setoriais, ainda considerando o acumulado janeiro-outubro, as
taxas de variação negativas do emprego industrial
mais significativas foram registradas nos ramos de produtos de
metal (–7,1%), máquinas e equipamentos (–5,5%),
meios de transporte (–5,0%), máquinas e aparelhos
eletroeletrônicos e de comunicações (–6,9%),
calçados e couro (–8,0%), vestuário (–3,3%),
produtos têxteis (–4,5%), outros produtos da indústria
de transformação (–4,1%) e refino de petróleo
e produção de álcool (–7,7%).
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