7 de novembro de 2014

Indústria Regional
Produção em São Paulo
piora no terceiro trimestre


   

 
A queda de 0,2% da produção industrial brasileira no mês de setembro decorreu dos resultados negativos das atividades produtivas nas indústrias do Rio de Janeiro (–5,6%), de Pernambuco (–2,2%), de São Paulo (–0,7%), do Paraná (–0,5%), do Ceará (–0,4%) e da Região Nordeste (–0,2%). Portanto, em seis das catorze localidades pesquisadas pelo IBGE – todas as taxas calculadas com relação a agosto, ajustadas sazonalmente.

Ao longo deste ano, a produção industrial veio perdendo ritmo ou piorou em muitos estados do País. Em São Paulo, ela recuou 3,5% no primeiro trimestre, 6,3% no segundo e 7,1% no terceiro – taxas relativas ao mesmo trimestre do ano anterior. No acumulado janeiro-setembro, a produção da indústria paulista decresceu 5,8% frente igual período de 2013. No Rio de Janeiro, segundo maior parque industrial do País, o desempenho da produção industrial também foi negativo nos três primeiros trimestres deste ano: –1,8%, –5,5%, –3,4%, nessa ordem. Tal desempenho levou a indústria fluminense a acumular queda de 3,6% de janeiro a setembro.

A produção da indústria de Minas Gerais, após crescer 3,7% no primeiro trimestre, recuou 5,0% no segundo e 3,5% no terceiro, acumulando queda de 1,8% no período janeiro-setembro. Nos estados do Sul, a evolução da produção não foi diferente: 3,7%, –5,0% e –3,5% no Paraná (respectivamente, no primeiro, segundo e terceiro trimestres deste ano); 1,6%, –4,5%, –2,7% em Santa Catarina (mesma ordem); e 3,4%, –9,9% e –5,8% no Rio Grande do Sul. Na indústria do Nordeste, o avanço de 3,0% da produção no primeiro trimestre foi seguindo de uma queda de 2,9% no segundo e de 2,0% no terceiro.

Vale assinalar que o desempenho da produção em São Paulo em 2014 vai se configurando – com exceção de 2009 – como o pior da série histórica do IBGE, iniciada em 2003. A retração da produção paulista registrada nos primeiros nove meses deste ano (–5,8%) resultou, sobretudo, dos números negativos dos segmentos industriais de veículos automotores, reboques e carrocerias (–16,9%), de máquinas e equipamentos (–9,1%), de outros produtos químicos (–6,7%), de metalurgia (–11,5%), de produtos de metal (–8,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–7,0%), de produtos de borracha e de material plástico (–5,0%) e de produtos alimentícios (–1,7%). Pode-se observar nos dados do IBGE que em São Paulo, e mesmo em outras regiões do País, o recuo da produção ocorreu em diferentes segmentos da indústria, ou seja, é um movimento com características mais gerais, e que a tendência negativa da atividade produtiva não tem dado sinais de mudança.

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