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A queda de 0,2% da produção industrial brasileira
no mês de setembro decorreu dos resultados negativos das
atividades produtivas nas indústrias do Rio de Janeiro
(–5,6%), de Pernambuco (–2,2%), de São Paulo
(–0,7%), do Paraná (–0,5%), do Ceará
(–0,4%) e da Região Nordeste (–0,2%). Portanto,
em seis das catorze localidades pesquisadas pelo IBGE –
todas as taxas calculadas com relação a agosto,
ajustadas sazonalmente.
Ao longo deste
ano, a produção industrial veio perdendo ritmo ou
piorou em muitos estados do País. Em São Paulo,
ela recuou 3,5% no primeiro trimestre, 6,3% no segundo e 7,1%
no terceiro – taxas relativas ao mesmo trimestre do ano
anterior. No acumulado janeiro-setembro, a produção
da indústria paulista decresceu 5,8% frente igual período
de 2013. No Rio de Janeiro, segundo maior parque industrial do
País, o desempenho da produção industrial
também foi negativo nos três primeiros trimestres
deste ano: –1,8%, –5,5%, –3,4%, nessa ordem.
Tal desempenho levou a indústria fluminense a acumular
queda de 3,6% de janeiro a setembro.
A produção
da indústria de Minas Gerais, após crescer 3,7%
no primeiro trimestre, recuou 5,0% no segundo e 3,5% no terceiro,
acumulando queda de 1,8% no período janeiro-setembro. Nos
estados do Sul, a evolução da produção
não foi diferente: 3,7%, –5,0% e –3,5% no Paraná
(respectivamente, no primeiro, segundo e terceiro trimestres deste
ano); 1,6%, –4,5%, –2,7% em Santa Catarina (mesma
ordem); e 3,4%, –9,9% e –5,8% no Rio Grande do Sul.
Na indústria do Nordeste, o avanço de 3,0% da produção
no primeiro trimestre foi seguindo de uma queda de 2,9% no segundo
e de 2,0% no terceiro.
Vale assinalar
que o desempenho da produção em São Paulo
em 2014 vai se configurando – com exceção
de 2009 – como o pior da série histórica do
IBGE, iniciada em 2003. A retração da produção
paulista registrada nos primeiros nove meses deste ano (–5,8%)
resultou, sobretudo, dos números negativos dos segmentos
industriais de veículos automotores, reboques e carrocerias
(–16,9%), de máquinas e equipamentos (–9,1%),
de outros produtos químicos (–6,7%), de metalurgia
(–11,5%), de produtos de metal (–8,9%), de máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (–7,0%), de produtos
de borracha e de material plástico (–5,0%) e de produtos
alimentícios (–1,7%). Pode-se observar nos dados
do IBGE que em São Paulo, e mesmo em outras regiões
do País, o recuo da produção ocorreu em diferentes
segmentos da indústria, ou seja, é um movimento
com características mais gerais, e que a tendência
negativa da atividade produtiva não tem dado sinais de
mudança.
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De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal –
Regional do IBGE, na passagem de agosto para setembro a produção
industrial recuou em seis dos catorze locais pesquisados. As variações
negativas mais intensas foram registradas nos estados do Rio de Janeiro
(–5,6%) e Pernambuco (–2,2%), seguidos por São Paulo
(–0,7%), Paraná (–0,5%), Ceará (–0,4%)
e Região Nordeste (–0,2%). Por outro lado, Rio Grande do
Sul (3,5%), Santa Catarina (2,9%), Minas Gerais (1,8%) e Goiás
(1,2%) tiveram as maiores altas no mês, enquanto no Pará
(0,8%), Amazonas (0,5%), Bahia (0,3%) e Espírito Santo (0,1%) apresentaram
avanços menos significativos.
Na base de comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, o recuo de 2,1% da indústria
nacional foi impulsionado pela queda de sete dos quinze locais pesquisados.
Os recuos mais intensos ocorreram no Rio de Janeiro (–7,8%), Paraná
(–6,9%), São Paulo (–6,9%), Bahia (–5,3%) e Amazonas
(–4,1%). Minas Gerais (–1,0%) e Mato Grosso (–0,5%)
também apresentaram taxas de variação negativa. Por
outro lado, Espírito Santo (17,3%) assinalou o maior avanço,
impulsionado, em grande parte, pelo setor extrativo, seguido por Goiás
(6,5%), Pará (5,7%), Pernambuco (5,1%), Santa Catarina (2,3%),
Rio Grande do Sul (1,3%), Ceará (1,2%) e Região Nordeste
(1,1%).
A produção industrial acumulada nos nove primeiros meses
de 2014 recuou em dez dos quinze locais pesquisados, com destaque para
os estados: Paraná (–5,8%), São Paulo (–5,8%),
Bahia (–5,4%), Rio Grande do Sul (–4,5%) e Rio de Janeiro
(–3,6%). Por outro lado, Pará (9,6%), Espírito Santo
(3,3%), Pernambuco (2,5%), Mato Grosso (1,6%) e Goiás (1,3%) acumularam
taxas positivas no ano.
A produção
industrial acumulada nos últimos doze meses manteve a trajetória
descendente iniciada em março do presente ano, com oito dos quinze
locais pesquisados apresentando taxas negativas. A perda de dinamismo
frente ao resultado de agosto/14 foi mais acentuada nos estados no Paraná
(de –2,4% para –3,5%), São Paulo (–3,6% para
–4,7%), Bahia (de –3,3% para –4,3%), Rio Grande do Sul
(de –0,9% para –1,8%), Rio de Janeiro (de –2,3% para
–3,2%), Ceará (de 2,2% para 1,3%) e Amazonas (de 2,0% para
1,2%). Em sentido oposto, o Espírito Santo mostrou o maior avanço
(de 0,3% para 1,9%).
Espírito
Santo. Em setembro, frente a agosto, com dados já descontados
dos efeitos sazonais, a produção industrial capixaba apresentou
avanço de 0,1%. No confronto com setembro de 2013, constatou–se
variação positiva de 17,3%, taxa influenciada principalmente
pelo setor extrativo (32,7%) e setor metalúrgico (17,4%). Em sentido
contrário, o setor de produtos alimentícios (–8,5%)
assinalou a influência negativa mais significativa. No acumulado
dos primeiros nove meses do ano, a indústria deste estado assinalou
alta de 3,3%, devido a contribuição das indústrias
extrativas (8,9%), assim como setor de produtos de minerais não–metálicos
(1,9%). As influências negativas, por sua vez, foram os setores
de produtos alimentícios (–8,2%) e de metalurgia (–4,8%).
São
Paulo. Na comparação de setembro e agosto de 2014,
na série com ajuste sazonal, a indústria paulista apresentou
recuo de 0,7%. No confronto com setembro de 2013, constatou–se queda
de 6,9%, com recuo de 12 das 18 atividades investigadas. As maiores pressões
negativas ocorreram nos setores: produtos alimentícios (–17,2%),
veículos automotores, reboques e carrocerias (–13,7%), máquinas
e equipamentos (–14,5%), outros produtos químicos (–12,2%),
produtos de metal (–8,1%) e metalurgia (–10,7%). Em sentido
oposto, os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis
(12,3%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (16,6%)
apontaram os principais impactos positivos. No ano, a produção
industrial de São Paulo apresentou retração de 5,8%,
pressionada pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias
(–16,9%), máquinas e equipamentos (–9,1%), de outros
produtos químicos (–6,7%), de metalurgia (–11,5%),
de produtos de metal (–8,9%), de máquinas, aparelhos e materiais
elétricos (–7,0%), de produtos de borracha e de material
plástico (–5,0%) e de produtos alimentícios (–1,7%).
Pará.
Em setembro, a indústria paraense apresentou avanço
de 0,8% na comparação com agosto com dados livres de efeitos
sazonais. Na comparação mensal (mês/ mesmo mês
do ano anterior), o estado registrou alta de 5,7%, taxa impulsionada pelos
setores extrativo (6,9%) e de produtos de madeira (16,3%). No índice
acumulado de 2014 até setembro, a indústria do estado apontou
expansão de 9,6%, com aumento de quatro dos sete setores investigados,
com destaque para indústria extrativa (12,4%), produtos alimentícios
(3,0%) e de produtos de madeira (5,5%).
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