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A crise do emprego na indústria brasileira agravou-se no
final do primeiro semestre deste ano. De acordo com dados do IBGE,
o número de ocupados na indústria recuou 0,5% em
junho com relação a maio, na série que considera
os ajustes sazonais. Foi a terceira taxa negativa consecutiva
(–0,4% e –0,7%, respectivamente, em abril e maio).
Com o resultado
de junho, o emprego industrial acumulou queda significativa de
2,3% no primeiro semestre deste ano. Com exceção
de 2009, ano mais difícil da crise internacional, essa
é a pior taxa acumulada para um primeiro semestre na série
histórica do IBGE, iniciada em 2002. Este é mais
um indicador que mostra a intensidade da retração
que se assiste na indústria no presente contexto da economia
brasileira. A taxa anualizada projeta uma retração
de 1,9% do número de ocupados na indústria nacional
em 2014, um desempenho mais negativo do que os registrados em
2012 (–1,4%) e 2013 (–1,1%).
Na comparação
entre trimestres, observa-se a deterioração do quadro
do emprego industrial neste ano. Na série trimestre contra
trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal, a evolução
do número de ocupados foi de –1,0%, –0,6%,
–0,3% e –0,9%, respectivamente, no terceiro e quarto
trimestres de 2013 e primeiro e segundo trimestres deste ano.
Na série que compara trimestre contra o mesmo trimestre
do ano anterior, a evolução foi a seguinte: –1,2%,
–1,8%, –2,0% e –2,7% – na mesma ordem
de trimestres. Tais resultados evidenciam que não só
o quadro do emprego na indústria é adverso, já
que as taxas de variação são negativas, como
também que sua trajetória é de crescente
desequilíbrio.
Este cenário
expressa um movimento generalizado de retração do
emprego seja do ponto de vista regional, seja do setorial. Em
termos regionais, no mês de junho frente igual mês
de 2013, o número de ocupados na indústria caiu
em todas as localidades pesquisadas pelo IBGE em no País.
O principal impacto negativo veio de São Paulo, cujo emprego
industrial recuou 4,2%. Destacaram–se negativamente também
as quedas do emprego industrial no Paraná (–5,0%),
Rio Grande do Sul (–4,0%), na Região Nordeste (–2,0%),
em Minas Gerais (–1,7%) e no Rio de Janeiro (–3,3%).
Setorialmente,
na mesma comparação (junho deste ano frente junho
de 2013), o total do pessoal ocupado recuou em quinze dos dezoito
setores pesquisados, com destaque para: meios de transporte (–5,5%),
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
(–7,9%), produtos de metal (–6,4%), calçados
e couro (–7,4%), máquinas e equipamentos (–4,5%),
produtos têxteis (–6,3%), vestuário (–3,9%)
e refino de petróleo e produção de álcool
(–9,1%).
No acumulado
do primeiro semestre deste ano, o emprego industrial apresentou
queda em treze dos quatorze locais. As retrações
mais graves foram registradas em São Paulo (–3,5%),
Rio Grande do Sul (–4,0%), Paraná (–3,5%),
Minas Gerais (–1,7%), Região Nordeste (–1,0%)
e Rio de Janeiro (–1,8%). Já, em nível setorial,
os piores resultados ficaram com produtos de metal (–6,6%),
máquinas e equipamentos (–4,9%), máquinas
e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
(–6,6%), calçados e couro (–7,6%), meios de
transporte (–3,2%), produtos têxteis (–5,1%)
e refino de petróleo e produção de álcool
(–8,4%).
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Em junho, o emprego na indústria apresentou recuo de 0,5% frente
a maio, na série livre de efeitos sazonais, a terceira queda consecutiva.
Na comparação com o mesmo mês de 2013, houve uma queda
de 3,1%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior
(com ajuste sazonal), o emprego na indústria recuou 0,9%, sexta
taxa negativa consecutiva neste confronto. No acumulado do primeiro semestre
do ano, em comparação a igual período de 2013, o
emprego industrial caiu 2,3%, enquanto que no acumulado dos últimos
doze meses a variação foi de –1,9%.
No confronto entre
junho de 2014 e junho de 2013, o emprego industrial caiu em todas as localidades
pesquisadas pelo IBGE em no País. O principal impacto negativo
veio de São Paulo, cujo emprego industrial recuou 4,2%, em grande
medida devido à retração do número de ocupados
nos setores de produtos de metal (–10,9%), produtos têxteis
(–13,2%) e meios de transporte (–5,9%). Destacaram–se
negativamente também as quedas do emprego industrial no Paraná
(–5,0%), Rio Grande do Sul (–4,0%), na Região Nordeste
(–2,0%), em Minas Gerais (–1,7%) e no Rio de Janeiro (–3,3%).
No índice acumulado
nos seis primeiros meses de 2014, o emprego industrial permaneceu em queda
em treze dos quatorze locais. Os maiores impactos negativos vieram de
São Paulo (–3,5%), Rio Grande do Sul (–4,0%), Paraná
(–3,5%), Minas Gerais (–1,7%), Região Nordeste (–1,0%)
e Rio de Janeiro (–1,8%), enquanto Pernambuco (1,6%) foi a única
alta.
Setorialmente, no
confronto junho deste ano frente junho de 2013, o total do pessoal ocupado
assalariado recuou em quinze dos dezoito setores pesquisados, com destaque
para: meios de transporte (–5,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–7,9%), produtos de metal (–6,4%),
calçados e couro (–7,4%), máquinas e equipamentos
(–4,5%), produtos têxteis (–6,3%), vestuário
(–3,9%) e refino de petróleo e produção de
álcool (–9,1%). Por outro lado, os impactos positivos vieram
de produtos químicos (1,9%) e de minerais não–metálicos
(1,5%).
No acumulado do primeiro
semestre deste ano, as contribuições negativas mais relevantes
vieram de produtos de metal (–6,6%), máquinas e equipamentos
(–4,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de
comunicações (–6,6%), calçados e couro (–7,6%),
meios de transporte (–3,2%), produtos têxteis (–5,1%)
e refino de petróleo e produção de álcool
(–8,4%), enquanto os principais impactos positivos vieram de alimentos
e bebidas (0,8%) e produtos químicos (2,0%).
Número
de Horas Pagas. O número de horas pagas aos trabalhadores
na indústria apresentou queda de 1,2% na passagem de maio para
junho, na série dessazonalizada, após recuo de 0,9% em maio.
Frente a junho de 2013, houve queda de 4,2% das horas pagas na indústria.
Na comparação acumulada do ano, houve decréscimo
de 2,9%. No acumulado dos últimos 12 meses frente ao período
imediatamente anterior a queda foi de 2,3%.
Folha de Pagamento
Real. Em junho, frente a maio, este índice apresentou
recuo de 2,4%, após alta de 1,8% em maio de 2014. Frente a junho
de 2013, o resultado ficou negativo em 0,3%. No acumulado do primeiro
semestre de 2014, o aumento foi de 1,3%, enquanto no acumulado dos últimos
doze meses, houve variação positiva de 0,7%.
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