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Em maio, emprego industrial cai 0,7% e número de horas
pagas na indústria recua 0,8% – ambas as taxas com
relação a abril, considerados os ajustes sazonais.
Seja do ponto de vista regional, seja do setorial, observa-se
que, neste ano, o desempenho do emprego está, em geral,
piorando.
Em São
Paulo – principal parque industrial do País –
e em ramos mais tradicionais da indústria nacional –
que são mais intensivos em mão de obra – o
emprego apresenta resultados mais negativos nos primeiros cinco
meses deste ano do que nos dois anos anteriores. Nesse passo,
com exceção de 2009, quando os efeitos da crise
internacional se fizeram mais presentes, 2014 será o ano
mais adverso para a o emprego industrial na série histórica
do IBGE, iniciada em 2002.
Na indústria
em geral, o emprego caiu, vale lembrar, 1,4% em 2012 e 1,1% em
2013. No acumulado janeiro-maio deste ano, a retração
da taxa de variação do número de ocupados
na indústria nacional é mais acentuada, de –2,2%
– todas as taxas com relação a igual período
do ano anterior.
Em termos
regionais, no Nordeste, o emprego recuou 2,7% em 2012, 4,5% em
2013 e 0,8% no acumulado janeiro-maio de 2014. No Sudeste e no
Sul, a situação se agravou muito nos cinco primeiros
meses deste ano com relação aos dois últimos
anos: –1,7%, –0,9% e –2,7%, respectivamente,
em 2012, em 2013 e no acumulado janeiro-maio de 2014 no Sudeste
e –0,3%, –0,5% e –2,5% no Sul, na mesma ordem.
No Norte e Centro-oeste, a situação do emprego está
estagnada: –0,2% em 2012, 0,5% em 2013 e 0,1% no acumulado
deste ano até maio.
O destaque
negativo no Nordeste fica com o emprego na Bahia, cujas taxas
de variação foram de –2,7% em 2012, –5,6%
em 2013 e –2,1% no acumulado janeiro-maio de 2014. No Sudeste,
destaca-se o mercado de trabalho em São Paulo, com taxas
de emprego negativas iguais a –2,6%, –0,9% e –3,3%,
na mesma ordem. No Sul, as quedas mais intensas do emprego aparecem
no Rio Grande do Sul: –1,9%, –2,2% e –4,0%,
respectivamente, em 2012, 2013 e no acumulado dos cinco primeiros
meses deste ano.
Esse quadro
negativo do número de ocupados também pode ser visto
em diferentes ramos da indústria nacional, o que indica
que a crise do emprego é generalizada. Destacam-se as evoluções
negativas em segmentos tradicionais da economia brasileira, como
o Têxtil (–5,9%, –3,7% e –4,9%, respectivamente,
em 2012, 2013 e no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano),
o de Vestuário (–8,9%, –2,7% e –1,8%,
de agora em diante, sempre na ordem 2012, 2013 e no acumulado
dos cinco primeiros meses deste ano), o de Calçados e couro
(–6,2%, –5,3% e –7,7%) e o de Madeira (–8,0%,
–4,9% e –1,4%).
Nos segmentos
da indústria de base e de bens de capital, podem ser destacados:
Coque, refino de petróleo, combustíveis nucleares
e álcool (–1,5%, –4,0% e –8,2%, uma vez
mais, sempre na ordem 2012, 2013 e no acumulado dos cinco primeiros
meses deste ano Metalurgia básica (–3,6%, –0,0%
e –2,1%), Máquinas e aparelhos elétricos,
eletrônicos, de precisão e de comunicações
(–0,7%, –2,8% e –6,3%) e Fabricação
de meios de transporte (–1,5%, 0,1% e –2,8%).
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Na passagem de abril para maio na série livre de efeitos sazonais,
o pessoal ocupado assalariado na indústria apresentou queda de
0,7%, reflexo da desaceleração da produção
industrial. Na relação mês/ mesmo mês de 2013,
o emprego industrial assinalou recuo de 2,6%. No acumulado nos primeiros
cinco meses de 2014 houve uma variação acumulada de –2,2%.
A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de
–1,7%.
Em termos regionais,
na comparação mensal (mês/mesmo mês do ano anterior),
houve redução em 13 dos 14 locais pesquisados. O principal
impacto negativo foi observado em São Paulo (–3,7%), seguido
por Rio Grande do Sul (–3,8%), Paraná (–4,0%) e Minas
Gerais (–2,1%). Por outro lado, Pernambuco (0,3%) apontou a única
contribuição positiva sobre o emprego industrial. No índice
acumulado nos cinco primeiros meses de 2014 o emprego industrial permaneceu
em queda (–2,6%), com taxas negativas em 11 dos 14 locais. São
Paulo (–3,3%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria,
seguido pelo Rio Grande do Sul (–4,0%), Paraná (–3,2%),
Minas Gerais (–1,7%), Região Nordeste (–0,8%) e Rio
de Janeiro (–1,5%). Por outro lado, Pernambuco (2,1%) e a Região
Norte e Centro–Oeste (0,1%) exerceram as pressões positivas.
Setorialmente, 15
dos 18 setores observaram redução no pessoal ocupado no
setor industrial, com destaque para as contribuições negativas
vindas de produtos de metal (–7,4%), calçados e couro (–7,9%),
meios de transporte (–4,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–6,1%), máquinas e equipamentos
(–4,3%), produtos têxteis (–5,6%) e refino de petróleo
e produção de álcool (–9,4%). Por outro lado,
os impactos positivos foram observados nos setores de minerais não–metálicos
(1,9%) e de produtos químicos (1,6%).
No acumulado no ano,
frente igual período de 2013, produtos de metal (–6,7%),
máquinas e equipamentos (–4,9%), calçados e couro
(–7,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de
comunicações (–6,3%), meios de transporte (–2,8%),
produtos têxteis (–4,9%) e refino de petróleo e produção
de álcool (–8,2%) foram as contribuições negativas.
Em sentido contrário, os principais impactos positivos foram registrados
por alimentos e bebidas (1,1%) e produtos químicos (2,0%).
Folha de Pagamento
Real. A
folha de pagamento real da indústria brasileira apresentou, na
relação maio/abril, já livre dos efeitos sazonais,
uma variação positiva de 1,9%. Frente maio de 2013, verificou–se
um expansão de 1,4%, impulsionada por São Paulo (0,8%),
Rio de Janeiro (4,2%), Minas Gerais (2,9%), Região Nordeste (2,4%)
e Espírito Santo (12,1%). No ano, a folha de pagamento real dos
trabalhadores da indústria assinalou crescimento de 1,7%, e nos
últimos 12 meses, um avanço de 0,9%.
Número
de Horas Pagas. Na passagem de abril para maio, com dados dessazonalizados,
houve queda de 0,8% no total de horas pagas na indústria. Frente
a igual mês de 2013 verificou–se decréscimo de 3,3%.
No acumulado do ano, o recuo de 2,7% das horas pagas na indústria
deveu–se as pressões negativas em 14 dos 18 setores pesquisados
e 12 dos 14 locais, com destaque para o recuo de 4,0% registrado por São
Paulo. Por sua vez, a variação acumulada nos últimos
12 meses foi de –2,0%.
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