10 de julho de 2014

Indústria Regional
Primeiros cinco meses:
principais centros em situação difícil


   

 
Na passagem de abril para maio, a produção industrial recuou em sete dos catorze locais pesquisados pelo IBGE em todo o País – considerando as séries com ajuste sazonal. As maiores quedas da produção industrial foram observadas no Amazonas (–9,7%), na Bahia (–6,8%) e na Região Nordeste (–4,5%), seguidas pelas ocorridas nos estados do Rio de Janeiro (–1,6%), Espírito Santo (–1,4%), Rio Grande do Sul (–1,0%) e Pernambuco (–0,2%).

Os resultados positivos, por outro lado, foram registrados no Pará (4,2%), em Goiás (2,1%), no Ceará (1,2%), no Paraná (1,1%), em São Paulo (1,0%), em Minas Gerais (0,5%) e Santa Catarina (0,3%). Portanto, como esta Análise vem salientando, na avaliação mês a mês, a produção industrial vem oscilando e apresentando dinâmicas diferenciadas ao longo deste ano nas diferentes localidades do País.

Para “escapar” desse movimento de sobe e desce da produção regional e obter uma melhor visão do que está ocorrendo com a indústria nos diferentes locais do País, é preferível tomar, por exemplo, as taxas acumuladas nos cinco primeiros meses deste ano frente a igual período de 2013. Ao se fazer isso, observa-se que o quadro que vai se formando da indústria regional neste ano não é nada favorável.

Nos três principais parques industriais, a produção é negativa (–4,7% em São Paulo e –4,3% no Rio de Janeiro) ou está praticamente estagnada (0,2% em Minas Gerais). No Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, no Paraná e na Bahia, estados com importantes pesos relativos na atividade industrial brasileira, a produção também caiu no período janeiro-maio deste ano – respectivamente, –3,3%, –2,5%, –1,7% e 2,8%. Estes resultados por si só conferem um grau elevado de generalidade à crise industrial.

O crescimento acumulado no ano até maio do Pará (18,0%) não deve surpreender tanto, pois, no mesmo período de 2013, a produção da indústria paraense caiu 10,8%, ou seja, há de fato uma recuperação da produção no estado, mas cuja magnitude tem de ser relativizada. No Ceará, a produção neste ano está parada (0,0%) e, no Nordeste em geral, o crescimento de 1,6% se deve, basicamente, ao desempenho da indústria de Pernambuco (5,6%), a qual passou a recuperar a retração (–3,0%) registrada nos cinco primeiros meses do ano passado.

Portanto, os números regionais trazem mais subsídios para entender os fatores que ajudam a explicar o momento adverso pelo qual vem passando a indústria nacional: ritmo oscilante, fraco e, quando mais robusto, reflexo de uma recuperação de um passado de quedas mais severas.

Leia aqui o texto completo desta Análise.