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Com os números de maio divulgados pelo IBGE, o quadro da
indústria nacional se agravou. O quinto mês deste
ano foi negativo para a indústria em geral e para a maioria
de seus segmentos. A crise nos setores mais dinâmicos (de
bens de capital e de duráveis) se aprofundou. No setor
de bens intermediários – de maior peso e que pode
ser considerado o termômetro da indústria nacional
–, a produção reverteu seu comportamento do
início deste ano, quando dava sinais, ainda que tímidos,
de uma possível recuperação. O momento da
indústria é tão adverso que os efeitos positivos
diretos da Copa sobre a produção não aparecem
nos resultados gerais, ou ainda, o crescimento excepcional de
35,4% da produção do segmento da linha marrom no
período janeiro-maio deste ano foi totalmente diluído
pelo encolhimento da produção de muitos outros segmentos.
Vejamos.
A produção
industrial brasileira recuou 0,6% em maio com relação
a abril, já considerados os ajustes sazonais. Esse resultado
negativo – o terceiro consecutivo – refletiu um movimento
generalizado de queda da produção nos mais diferentes
segmentos da indústria nacional: em três dos quatro
grandes setores e em quinze de seus vinte e quatro ramos pesquisados
pelo IBGE.
Entre os grandes
setores, a produção de bens de consumo duráveis
assinalou a queda mais forte em maio, de 3,6%, seguida pelos recuos
na produção de bens de capital (–2,6%) e de
bens intermediários (–0,9%) – a produção
do setor de bens de consumo semi e não-duráveis
foi a única que avançou (1,0%) em maio frente a
abril.
Já,
entre os ramos industriais, as principais influências negativas
vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis
(–3,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias
(–3,9%), metalurgia (–4,0%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (–5,0%), máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (–2,1%), móveis
(–4,4%) e produtos de borracha e de material plástico
(–1,4%).
Com desempenhos
negativos ou fracos mês a mês, a atividade produtiva
da indústria brasileira acumulou queda de 1,6% nos primeiros
cinco meses de 2014, comparado com igual período do ano
passado. Em quatro dos cinco grandes setores industriais a produção
caiu no acumulado janeiro-maio. Destacam-se as acentuadas quedas
na produção dos setores de bens de capital (–5,8%)
– em consequência, sobretudo, da redução
na fabricação de bens de capital para equipamentos
de transporte (–11,8%) – e de bens de consumo duráveis
(–3,2%).
Ainda no acumulado
janeiro-maio, a produção de bens intermediários
recuou 1,8% e, na contramão desses resultados, a produção
de bens de consumo semi e não-duráveis cresceu 1,0%,
decorrente, em grande medida, do avanço da produção
de medicamentos e de gasolina automotiva e álcool etílico.
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Segundo dados do IBGE, a produção da indústria brasileira
recuou 0,6% em maio comparativamente ao mês anterior, na série
com dados dessazonalizados, a terceira queda consecutiva. Na comparação
com maio de 2013, houve recuo da produção industrial em
3,2%. No acumulado de 2014, a indústria brasileira assinalou retração
de 1,6%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses frente a igual
período imediatamente anterior, a produção industrial
mostrou pequeno avanço de 0,2%.
Dentre as categorias
de uso, na comparação com abril, a produção
de bens de consumo duráveis recuou 3,6%, a queda mais acentuada
do mês de maio de 2014. A produçãop do setor de bens
de capital também mostrou recuo (–2,6%) mais intenso que
o total da indústria (–0,6%). A produção do
setor produtor de bens intermediários teve queda de 0,9%, enquanto
os bens de consumo semi e não–duráveis (1,0%) foi
o único que registrou avanço na produção nesse
mês.
No confronto com igual
mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (–11,2%)
e bens de capital (–9,7%) assinalaram os recuos mais acentuados
entre as categorias de uso. O segmento de bens intermediários (–2,8%)
também teve resultado negativo, mas em intensidade menor do que
a média nacional (–3,2%), enquanto o setor produtor de bens
de consumo semi e não–duráveis foi o único
resultado positivo (0,8%).
No acumulado dos cinco
primeiros meses de 2014, o setor de bens de capital (–5,8%) apresentou
menor dinamismo, devido a redução na fabricação
de bens de capital para equipamentos de transporte (–11,8%). Os
segmentos de bens de consumo duráveis (–3,2%) e de bens intermediários
(–1,8%) também assinalaram resultados negativos. Os bens
de consumo semi e não–duráveis (1,0%) apresentaram
a única taxa positiva.
Entre os ramos da indústria
nacional, na comparação maio-abril deste ano (com dados
dessazonalizados), a produção caiu em 15 dos 24 ramos pesquisados
pelo IBGE. As principais influências negativas foram: produtos derivados
do petróleo e biocombustíveis (–3,8%) e veículos
automotores, reboques e carrocerias (–3,9%). Outras contribuições
negativas importantes vieram da metalurgia (–4,0%), equipamentos
de informática, produtos eletrônicos e ópticos (–5,0%),
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–2,1%),
móveis (–4,4%) e produtos de borracha e de material plástico
(–1,4%). Entre as contribuições positivas, os principais
destaques foram: indústrias extrativas (1,4%), produtos alimentícios
(1,0%) e produtos do fumo (18,5%).
Frente a maio de 2013,
a produção industrial recuou 3,2% em maio deste ano, com
retração em 18 das 26 atividades pesquisadas. Veículos
automotores, reboques e carrocerias (–20,1%) exerceu a maior influência
negativa, seguido por metalurgia (–10,5%), produtos de metal (–9,5%),
outros produtos químicos (–5,7%), coque, produtos derivados
do petróleo e biocombustíveis (–2,4%), máquinas
e equipamentos (–3,1%), impressão e reprodução
de gravações (–13,4%) e produtos de borracha e de
material plástico (–3,6%). Entre as atividades que aumentaram
a produção, os principais impactos foram: indústrias
extrativas (7,6%), produtos alimentícios (2,1%), equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos (7,8%)
e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,1%).
No acumulado deste
ano até maio, a produção da indústria caiu
0,6%, com retração em 17 dos 26 ramos investigados. Os principais
impactos negativos foram veículos automotores, reboques e carrocerias
(–12,5%), seguidos de produtos de metal (–8,8%), de outros
produtos químicos (–3,7%), de metalurgia (–3,4%), de
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–6,4%)
e de máquinas e equipamentos (–2,7%). Entre as atividades
que ampliaram a produção, as principais influências
foram em indústrias extrativas (4,7%), equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (14,7%) e produtos farmoquímicos
e farmacêuticos (8,9%).
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