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Na passagem de março para abril, a produção
industrial continuou a mostrar diferentes dinâmicas nos
estados e regiões do Brasil. Dos catorze locais pesquisados
pelo IBGE, as atividades industriais avançaram em sete
e, nos outros sete, elas recuaram. Se para a média brasileira,
a produção caiu 0,3%, apresentou resultados positivos
em São Paulo (1,7%) e no Espírito Santo (4,7%) e
queda em Minas Gerais (–1,8%) e no Rio de Janeiro (–4,2%).
Notar que a expansão em São Paulo reduz um pouco
o alcance negativo do resultado agregado da indústria do
país.
Nas indústrias
do Sul, a produção recuou nos três estados:
–0,4% no Paraná, –1,6% em Santa Catarina e
–3,0% no Rio Grande do Sul. No Nordeste e no Norte, também
foram observados desempenhos em sentidos contrários. Nos
estados representantes do Nordeste, a produção cresceu
na Bahia (0,9%) e no Ceará (0,6%) e caiu em Pernambuco
(–1,8%). No Norte, ela avançou no Pará (0,8%)
e caiu no Amazonas (–1,6%) – todas as taxas acima
calculadas com relação ao mês imediatamente
anterior, com ajuste sazonal.
O fato é
que a produção industrial tem oscilado muito nos
diferentes estados brasileiros nesses quatro primeiros meses deste
ano, assim como vem ocorrendo desde 2012. Chama a atenção
a evolução da produção da indústria
mineira, a qual, após o forte crescimento de 7,3% em janeiro,
acumula três resultados negativos consecutivos nos meses
de fevereiro (–1,0%), março (–0,3%) e, como
supracitado, abril (–1,8%) – decorrente, em grande
medida, da menor produção dos setores de Veículos
automotores, reboques e carrocerias, Fabricação
de produtos de metal e Fabricação de produtos têxteis.
Também
se destacam – de modo preocupante – as indústrias
fluminense e gaúcha, as quais amargaram dois resultados
negativos consecutivos nos meses de março e abril. No Rio
de Janeiro, a produção caiu 1,1% em março
e 4,2% em abril; no Rio Grande do Sul, as taxas foram, respectivamente,
–3,5% e –3,0%.
Em geral,
o que se observa é uma desaceleração da produção
industrial regional. Ao se tomar a taxa de evolução
da produção industrial no acumulado de doze meses,
nota-se uma perda de ritmo de crescimento em treze dos quinze
locais pesquisados pelo IBGE na passagem de março para
abril. As principais perdas foram registradas por Rio Grande do
Sul (de 7,7% para 5,4%), Paraná (de 4,5% para 2,4%), Ceará
(de 9,5% para 7,6%) e São Paulo (de 1,7% para 0,0%).
Mas elas também
ocorreram no Amazonas (de 8,5% para 7,2%), na Região Nordeste
(de 3,4% para 2,6%), em Pernambuco (de 4,0% para 3,9%), na Bahia
(de 4,2% para 3,0%), em Minas (de 1,0% para 0,3%), no Espírito
Santo (de –3,7% para –4,0%), no Rio de Janeiro (de
–1,3% para –1,8%), em Santa Catarina (de 2,9% para
1,5%) e em Goiás (de 3,4% para 2,4%). O resultado final
é que a taxa de crescimento anualizada da produção
da indústria brasileira como um todo recuou fortemente
de 2,1% em março para 0,8% em abril.
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De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal –
Regional do IBGE, entre março e abril a produção
industrial, com ajuste sazonal, caiu em sete dos catorze locais pesquisados.
As maiores quedas ficaram por conta dos estados de Rio de Janeiro (–4,2%),
Rio Grande do Sul (–3,0%), Minas Gerais (–1,8%), Pernambuco
(–1,8%), Santa Catarina (–1,6%) e Amazonas (–1,6%).
As maiores contribuições positivas, por sua vez, ocorreram
no Espírito Santo (4,7%), Goiás (4,1%) e São Paulo
(1,7%).
Na base de comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, apenas 4 dos 15 locais
pesquisados assinalaram crescimento da produção industrial:
Pará (36,3%), Mato Grosso (11,6%), Pernambuco (3,3%) e Nordeste
(0,8%). As maiores quedas foram verificadas em Paraná (–11,8%,
devido ao desempenho de veículos automotores, reboques e carrocerias,
produtos alimentícios e máquinas e equipamentos), Rio Grande
do Sul (–10,3%, em função do desempenho de outros
produtos químicos, produtos do fumo, couros, artigos para viagem
e calçados, máquinas e equipamentos e bebidas), São
Paulo (–8,3%, sob influência de veículos automotores,
reboques e carrocerias e máquinas e equipamentos), Rio de Janeiro
(–6,5%) e Santa Catarina (–6,3%).
A produção industrial acumulada entre janeiro e abril de
2014 apresentou crescimento em 7 das 15 localidades. As ampliações
mais significativas no desempenho regional foram registradas pelos estados
do Pará (13,0%), Mato Grosso (8,2%), Amazonas (7,3%), Pernambuco
(7,2%), Nordeste (2,0%), Minas Gerais (1,6%) e Santa Catarina (0,1%).
As maiores quedas ficaram a cargo de São Paulo (–4,6%), Espírito
Santo (–4,1%), Rio de Janeiro (–3,1%), Bahia (–1,6%)
e Goiás (–1,4%).
O desempenho negativo
nesses estados foi condicionado pela redução na fabricação
de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de
transportes – caminhão–trator para reboques e semirreboques,
caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens
intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos
siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos,
resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de
consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da
“linha branca” e móveis).
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