São três trimestres consecutivos de queda do Valor
Agregado (VA) da Indústria brasileira: –0,1%, –0,2%
e –0,8%, respectivamente, no terceiro e quarto trimestres
de 2013 e primeiro trimestre de 2014 – taxas de variação
no trimestre com relação ao trimestre imediatamente
anterior, com ajuste sazonal. Os dados das Contas Nacionais Trimestrais
divulgadas hoje pelo IBGE mostram, portanto, que a indústria
nacional está em recessão.
Esse comportamento
da Indústria é o resultado do quadro recessivo da
Indústria de Transformação (cujo VA variou
–0,2%, –0,5% e –0,8%) e da Construção
Civil (–0,7%, –0,5% e –2,3%) naquele período,
ou seja, no terceiro e quarto trimestres de 2013 e primeiro trimestre
de 2014. A crise da Indústria de Transformação
reflete, além dos fracos desempenhos das economias doméstica
e internacional, sua perda de competitividade observada há
mais de meia década. A Construção, por sua
vez, vive um final de forte ciclo de expansão de suas atividades.
Junta-se a
esses destaques negativos, a evolução decrescente
da Formação Bruta de Capital Fixo também
no terceiro e quarto trimestres de 2013 e primeiro trimestre de
2014: –2,0%, –1,2% e –2,1%, nessa ordem –
variação no trimestre com relação
ao trimestre imediatamente anterior. São quedas expressivas,
explicadas pelo baixo dinamismo da economia brasileira e pela
queda das expectativas empresariais.
O cenário
frágil da economia brasileira no primeiro trimestre de
2014 também pode ser observado pelo lado do Consumo das
Famílias, o qual apresentou ligeira queda de 0,1%, e pelo
lado externo: as exportações caíram 3,3%
e as importações, que decresceram nos dois últimos
trimestres de 2103, voltaram a crescer (1,4%) no primeiro trimestre
deste ano. Todos esses resultados implicam um futuro próximo
com maiores restrições para o Brasil. As estimativas
de crescimento do PIB neste ano serão revistas para baixo.
Leia
aqui o texto completo desta Análise.