Sem esboçar uma reação mais consistente de
sua produção e com emprego em crise, a indústria
brasileira inicia este ano com resultados piores do que os de
2013 – o qual, como se sabe, não foi nada favorável
para esse setor.
No primeiro
trimestre do ano passado, a produção industrial
avançou 1,0% e, neste primeiro trimestre, cresceu apenas
0,4%. O emprego industrial, por sua vez, já amargava uma
queda de 1,0% no acumulado dos três primeiros meses de 2013
e passou a recuar mais ainda no primeiro trimestre deste ano (–2,0%).
Os índices
do IBGE mostram também que o encolhimento do número
das horas pagas na indústria nos últimos anos tem
levado a aumentos da produtividade do trabalho no setor. No primeiro
trimestre deste ano, essa produtividade aumentou 2,7%. No entanto,
parece que esses avanços estão perdendo fôlego
e, como esta Análise vem assinalando, obter ganhos de produtividade
em decorrência sobretudo da redução de horas
pagas – já que o crescimento da produção
é muito fraco – não é o que se pode
chamar de um processo virtuoso da indústria.
A crise no
mercado de trabalho da indústria nacional pode ser observada
tanto pelo lado regional como do setorial. Regionalmente, no acumulado
do primeiro trimestre deste ano, onze dos catorze locais pesquisados
pelo IBGE apresentaram queda da ocupação industrial.
Os resultados mais negativos foram observados em São Paulo
(–3,1%), no Rio Grande do Sul (–3,9%), no Paraná
(–2,8%), em Minas Gerais (–1,4%) e na região
Nordeste (–1,0%).
Em termos
setoriais, ainda no primeiro trimestre, as taxa mais negativas
do emprego industrial foram as dos ramos de máquinas e
equipamentos (–5,4%), produtos de metal (–6,2%), calçados
e couro (–7,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–6,1%), produtos têxteis
(–4,6%), meios de transporte (–2,1%) e refino de petróleo
e produção de álcool (–7,1%).
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aqui o texto completo desta Análise.