9 de maio de 2014

Indústria Regional
Diferentes dinamismos

no primeiro trimestre


   

 
Os números da produção regional da indústria brasileira no primeiro trimestre foram divulgados hoje pelo IBGE. Eles mostram que o crescimento médio de 0,4% da produção industrial nesse período é o resultado de comportamentos bem distintos nos diferentes locais do País.

Ou ainda, eles deixam transparecer que não há uma evolução homogênea da produção industrial em termos regionais. Por um lado, observam-se taxas de crescimento significativas em estados do Nordeste e Norte e, por outro, taxas expressivas de queda da produção em estados do Sudeste, destacando-se aí dois importantes parques industriais, quais sejam: os de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Dos quinze locais pesquisados pelo IBGE, a produção industrial cresceu em nove e, nos outros seis, ela caiu. A produção avançou em Pernambuco (9,9%), Amazonas (8,1%), Pará (6,2%), Minas Gerais (4,1%), Santa Catarina (4,0%), Região Nordeste (3,6%), Paraná (3,3%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Ceará (1,2%) – todas as taxas referentes ao primeiro trimestre deste ano com relação a igual período de 2013.

Nesses locais, os ramos industriais que deram maior dinamismo à produção foram os seguintes:

  • Pernambuco: produtos alimentícios (28,0%), outros equipamentos de transporte (21,2%), bebidas (6,9%) e metalurgia (6,9%);
     
  • Amazonas: equipamentos de transporte (7,5%), produtos de borracha e material plástico (28,5%) e produtos de metal (15,6%);
     
  • Pará: setor extrativo (7,4%), produtos alimentícios (8,7%) e metalurgia (3,5%);
     
  • Minas Gerais: o setor extrativo (10,8%), produtos alimentícios (8,2%) e metalurgia (6,0%);
     
  • Santa Catarina: artigos do vestuário e acessórios (8,2%), celulose, papel e produtos de papel (13,4%) e produtos alimentícios (2,9%);
     
  • Região Nordeste: produtos alimentícios (18,0%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (14,9%). Outras contribuições positivas e importantes: por artigos do vestuário e acessórios (24,7%), outros produtos químicos (3,7%) e produtos de metal (11,7%);
     
  • Paraná: veículos automotores, reboques e carrocerias (8,6%), madeira (20,1%), coque, produtos do petróleo e biocombustíveis (4,3%) e minerais não–metálicos (15,0%);
     
  • Rio Grande do Sul: veículos automotores, reboques e carrocerias (16,0%), produtos alimentícios (3,6%) e coque, produtos do petróleo e biocombustíveis (8,3%);
     
  • Ceará: artigos do vestuário e acessórios (20,0%), produtos alimentícios (9,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,5%) e bebidas (9,1%).

Por outro lado, no primeiro trimestre deste ano, a produção industrial recuou no Espírito Santo (–4,0%), em São Paulo (–2,9%), na Bahia (–2,5%), no Rio de Janeiro (–1,9%), em Goiás (–1,8%) e no Mato Grosso (–0,8%). Os principais impactos negativos vieram dos seguintes ramos industriais:

  • Espírito Santo: metalurgia (–21,2%), indústrias extrativas (–2,3%) e produtos alimentícios (–9,5%);
     
  • São Paulo: veículos automotores, reboques e carrocerias (–9,1%), coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (–9,9%), produtos de metal (–8,5%), outros produtos químicos (–4,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–7,8%);
     
  • Bahia: veículos automotores, reboques e carrocerias (–39,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (–47,0%), metalurgia (–4,4%) e couros, artigos para viagem e calçados (–8,5%);
     
  • Rio de Janeiro: coque, produtos do petróleo e biocombustíveis (–4,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (–6,4%), outros produtos químicos (–9,5%), outros equipamentos de transporte (–25,1%) e metalurgia (–4,1%);
     
  • Goiás: produtos alimentícios (–2,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (–9,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (–10,1%) e produtos de metal (–11,7%);
     
  • Mato Grosso: produtos alimentícios (–4,5%), minerais não–metálicos (–15,0%) e bebidas (–6,4%).
      

 
De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal – Regional do IBGE, entre fevereiro e março a produção industrial, com ajuste sazonal, cresceu em sete dos catorze locais pesquisados. As maiores altas ficaram por conta dos estados de Pernambuco (2,8%), Amazonas (1,7%), Pará (1,6%), Espírito Santo (1,3%), Santa Catarina (1,1%), Goiás (1,0%) e Região Nordeste (0,2%). As contribuições negativas, por sua vez, ocorreram no Rio Grande do Sul (–3,0%), Paraná (–2,1%), Bahia (–2,0%), Rio de Janeiro (–1,0%), São Paulo (–0,9%), Ceará (–0,5%) e Minas Gerais (–0,2%). Para o agregado do país, houve queda de 0,5% da produção industrial.

Na base de comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, 7 dos 15 locais pesquisados assinalaram queda da produção industrial: Mato Grosso (–9,6%), Goiás (–4,4%), São Paulo (–4,0%), Rio de Janeiro (–2,4%), Espírito Santo (–2,1%) e Ceará (–0,4%). No agregado nacional, a queda foi de 0,9%. Pa´ra (13,6%), Pernambuco (12,5%), Região Nordeste (8,4%), Santa Catarina (6,1%), Minas Gerais (3,0%), Bahia (1,5%, Amazonas (1,4%) e Rio Grande do Sul (0,9%) assinalaram taxas positivas nessa comparação.

A produção industrial acumulada entre janeiro e março de 2014 apresentou crescimento em nove das quinze localidades. As ampliações mais significativas no desempenho regional foram registradas pelos estados do Pernambuco (9,9%), Amazonas (8,1%), Pará (6,2%), Minas Gerais (4,1%), Santa Catarina (4,0%), Região Nordeste (3,6%), Paraná (3,3%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Ceará (1,2%). No agregado nacional, houve crescimento de 0,4% nessa comparação. As localidades que apresentaram queda foram: Espírito Santo (–4,0%), São Paulo (–2,9%), Bahia (–2,5%), Rio de Janeiro (–1,9%), Goiás (–1,8%) e Mato Grosso (–0,8%).

 

 
Pernambuco. Em março, frente a fevereiro, com dados já descontados dos efeitos sazonais, a produção industrial paranaense apresentou avanço de 2,8%. No confronto com março de 2013, constatou–se crescimento de 12,5%, taxa influenciada pelos setores: alimentos (42,7%), equipamentos de transporte (28%), metalurgia (14,4%) e bebidas (8,8%). As principais contribuições negativas ficaram a cargo dos setores de minerais não–metálicos (–7,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–11,4%) e de produtos têxteis (–24,4%).

São Paulo. A partir de dados livres de efeitos sazonais, observa–se que a indústria paulista, na passagem de fevereiro para março, registrou queda de 0,9%. Na comparação de março de 2014 contra igual mês de 2013, a contração foi de 4%, taxa influenciada negativamente pelos setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (–15,5%), produtos de metal (–11%), máquinas e equipamentos (–5,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–7,4%), outros produtos químicos (–3,7%) e metalurgia (–6,1%). Destacaram–se por seu desempenho positivo, o setor de farmoquímicos e farmacêuticos (28,5%), bebidas (10%) e outros equipamentos de transporte (7%).

 

 

 

 

 

 

 

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