11 de abril de 2014

Emprego Industrial
Aumento da produtividade
pela queda do emprego


   

 
O emprego industrial continua em crise no Brasil. De acordo com o IBGE, o número de ocupados na indústria brasileira ficou estagnado em fevereiro com relação a janeiro e acumula queda de 2,0% no primeiro bimestre deste ano frente igual período de 2013.

Nessa comparação entre bimestres, a ocupação na indústria recuou em onze dos catorze locais e em treze dos dezoito setores pesquisados pelo IBGE. Entre os locais, a principal influência negativa veio de São Paulo (–3,2%). Nas indústrias do Rio Grande do Sul (–3,7%), Paraná (–2,6%), da Região Nordeste (–1,5%) e de Minas Gerais (–1,1%), o emprego também recuou de modo significativo.

Em termos setoriais, o nível de emprego caiu expressivamente, neste primeiro bimestre de 2014, nos segmentos de máquinas e equipamentos
(–5,6%), produtos de metal (–6,1%), calçados e couro (–7,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (–5,6%), produtos têxteis
(–5,3%) e meios de transporte (–2,0%).

É, portanto, uma crise generalizada. Os maus resultados do número de horas pagas na indústria, observados ao longo dos últimos meses e no acumulado do primeiro bimestre (–2,1%), sinalizam que o mercado de trabalho da indústria não reagirá nos próximos meses.

Ao se juntar esse desempenho ruim do emprego e os indicadores relativamente melhores da produção industrial, observa-se, nos últimos meses, um avanço significativo da produtividade do trabalho. No primeiro bimestre deste ano, a produtividade do trabalho acumula crescimento de 3,5%, uma taxa maior do que a registrada em 2013, que foi de 2,5%. Ou seja, a indústria vem obtendo ganhos de produtividade decorrentes, sobretudo, de fechamentos de postos de trabalho, já que a produção tem avançado muito pouco. Não é o que se poderia chamar de um ciclo virtuoso de ganhos de produtividade.

Leia aqui o texto completo desta Análise.