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Após crescimento de 3,8% em janeiro, a produção
industrial brasileira cresceu 0,4% em fevereiro, de acordo com
números da série com ajuste sazonal do IBGE. Com
esse resultado, a atividade produtiva da indústria avançou
1,3% no primeiro bimestre deste ano frente igual período
de 2013. A média móvel trimestral, que era negativa
até janeiro, passou a ser ligeiramente positiva em fevereiro,
de 0,1%.
A indústria
nacional conseguiu, assim, recuperar a forte queda ocorrida no
final do ano passado. Ainda são sinais tímidos,
mas, como cabe observar, no segundo mês deste ano, houve
um movimento generalizado de expansão da produção
nos mais diferentes segmentos da indústria. Em dezenove
dos vinte e sete ramos industriais pesquisados pelo IBGE, a produção
aumentou em fevereiro ante janeiro.
Vale destacar
os aumentos da produção dos ramos de veículos
automotores (7,0%), equipamentos de instrumentação
médico-hospitalar, ópticos e outros (17,6%), bebidas
(5,1%), alimentos (1,4%), borracha e plástico (4,2%), metalurgia
básica (2,8%) e fumo (25,2%). Nos grandes setores, o destaque
ficou por conta do crescimento da produção de bens
duráveis (3,3%), decorrente, sobretudo, do comportamento
de veículos automotores. Por sua vez, a produção
de bens de capital não foi bem em fevereiro (0,1%), mas
cresceu 12,4% no acumulado do primeiro bimestre frente mesmo bimestre
de 2013. Ou seja, apesar de fevereiro, as expectativas com relação
à produção de bens de capital para 2014 são
positivas.
O que mais
chamou atenção foi o desempenho do setor de bens
intermediários, cuja produção cresceu pelo
segundo mês consecutivo e a taxas relativamente significativas:
1,6% em janeiro e 0,8% em fevereiro – taxas de janeiro com
relação a fevereiro, com ajuste sazonal. Ainda que
seja cedo para afirmar, é possível dizer que esses
resultados vindos do setor de intermediários podem ser
o sinal de uma recuperação mais geral da indústria
brasileira, já sob alguns efeitos do câmbio. Os próximos
meses confirmarão se isso está, de fato, ocorrendo.
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Segundo dados do IBGE, a indústria brasileira registrou avanço
de 0,4% em fevereiro em relação ao mês anterior, na
série com dados dessazonalizados, após alta de 3,8% em janeiro.
Na comparação com fevereiro de 2013, houve uma alta da produção
industrial de 5%. No acumulado dos últimos doze meses frente a
igual período imediatamente anterior, a produção
industrial também apresentou variação positiva, de
1,1%.
Dentre as categorias
de uso, na comparação com o mês imediatamente anterior
e com ajuste sazonal, a produção de bens de capital avançou
apenas 0,1%, enquanto o aumento de bens intermediários e de consumo
chegou a 0,8% e 0,5%, respectivamente. Dentre os bens de consumo, a produção
de bens duráveis teve alta de 3,3%, contrastando com a queda de
0,1% da produção de bens de consumo semiduráveis
e não duráveis.
Na comparação mensal (mês/mesmo mês do ano anterior),
todas as categorias de uso obtiveram desempenho positivo em fevereiro
deste ano. Nessa comparação, a produção de
bens de capital apresentou a maior taxa de crescimento (12,4%), seguida
pela produção de bens de consumo (7,4%) e de bens intermediários
(1,1%). Destacou-se, ainda, a evolução dos bens de consumo
duráveis, a qual, nessa comparação, apresentou taxa
de crescimento de 20,9%. Os bens de consumo semiduráveis e não
duráveis tiveram avanço de 3,6%.
Em comparação
a janeiro de 2014, com dados dessazonalizados, foi verificado avanço
no nível de produção em 20 dos 27 ramos produtivos
contemplados na pesquisa. Os maiores destaques foram: fumo (25,2%), equipamentos
de instrumentação médico-hospitalar, ópticos
e outros (17,6%) e veículos automotores (7%). Outras variações
positivas importantes ficaram a cargo de: bebidas (5,1%), borracha e plástico
(4,2%) e vestuário e acessórios (3,4%). Os setores que apresentação
queda na produção foram: farmacêutica (–9,7%),
diversos (–6,8%), outros produtos químicos (–3,1%),
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–0,9%),
madeira (–1,0%), papel e celulose (–0,5%) e têxtil (–0,1%).
Na comparação
em doze meses, em que a indústria geral apresentou avanço
de 1,1% no mês de fevereiro, os seguintes setores foram responsáveis
pelos melhores desempenhos: material eletrônico, aparelhos e equipamentos
de comunicações (9,5%), máquinas e equipamentos (7,8%),
máquinas para escritório e equipamentos de informática
(6,7%) e refino de petróleo e álcool (6,3%). Já os
piores resultados foram apresentados por: farmacêutica (–10%),
edição, impressão e reprodução de gravações
(–9,7%) e bebidas (–4,9%).
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