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A atividade produtiva da indústria brasileira sofreu uma
queda histórica no último mês de 2013. Segundo
números do IBGE, a produção industrial caiu
3,5% em dezembro com relação a novembro –
com ajuste sazonal. Esse resultado só não foi pior
(para meses de dezembro) do que o registrado em dezembro de 2008,
quando a crise internacional começava a viver seus momentos
mais críticos.
Foi um mês
extremamente ruim para a indústria nacional. Em todos os
grandes setores, a produção recuou a elevadas taxas.
No setor de bens de capital, a produção caiu 11,6%
– essa fortíssima queda deveu-se, em grande medida,
à menor produção de caminhões, ocasionada
pela concessão de férias coletivas em várias
empresas do setor naquele mês. Nos setores de bens intermediários,
de bens de consumo duráveis e de bens de consumo semi e
não duráveis, a atividade produtiva recuou 3,9%,
3,0% e 2,3%, respectivamente
Dos vinte
e sete ramos industriais pesquisados pelo IBGE, em vinte e dois
a produção apresentou queda em dezembro frente a
novembro – lembrando que o mês de novembro também
foi de retração da produção da indústria
como um todo (–0,6%). Destacam-se os resultados negativos
das atividades de veículos automotores (–17,5%),
máquinas e equipamentos (–6,2%), farmacêutica
(–11,7%), refino de petróleo e produção
de álcool (–4,3%), metalurgia básica (–7,4%).
borracha e plástico (–6,7%), máquinas para
escritório e equipamentos de informática (–14,2%),
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (–6,2%),
calçados e artigos de couro (–13,4%), produtos de
metal (–3,2%) e perfumaria, sabões, detergentes e
produtos de limpeza (–5,3%). Ou seja, o movimento de retração
foi generalizado, ele pôde ser observado nos mais diferentes
segmentos industriais.
Se em agosto,
setembro e outubro a indústria brasileira parecia esboçar
alguma reação (ainda que bem modesta), já
que conseguia lograr três taxas de variação
positivas consecutivas na sua produção, os meses
de novembro e dezembro mostraram que ali se tratou de um “voo
de galinha”. O fato é que a indústria terminou
o ano sem superar aquele caminhar trôpego que vinha sendo
observado desde o final de 2012 e ao longo dos sete primeiros
meses de 2013.
A desaceleração
da produção industrial nos dois últimos trimestres
de 2013 e os números de dezembro comprometem as expectativas
de que a indústria apresentaria nos primeiros meses de
2014 uma trajetória de crescimento mais consistente. É
possível que os efeitos da maturação dos
investimentos industriais já realizados e da desvalorização
do real se façam sentir mais para frente.
Além
disso, o crescimento de 1,2% da produção industrial
em 2013 não suscita muitas comemorações.
Ele veio depois de um fraquíssimo desempenho em 2011 (+0,4%)
e de uma elevada queda em 2012 (–2,6%). Nos últimos
cinco anos a indústria não conseguiu voltar aos
níveis de produção de pré-crise. Na
média do período 2009-2013, a atividade industrial
está 2,2% abaixo do patamar médio dos dez primeiros
meses de 2008.
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A produção industrial nacional apresentou queda de 3,5%
em dezembro de 2013 frente ao mês imediatamente anterior, na série
livre de influências sazonais, de acordo com o IBGE. Na comparação
com igual mês do ano anterior, o total da indústria recuou
2,3% em dezembro de 2013, interrompendo três meses de taxas positivas
consecutivas nesse tipo de confronto. A produção industrial
no quarto trimestre de 2013 ficou negativa tanto no confronto com igual
período do ano anterior (–0,3%) como na comparação
com o trimestre imediatamente anterior (–0,8%), na série
com ajuste sazonal. No ano de 2013, a atividade industrial cresceu 1,2%
frente a igual período do ano anterior.
O recuo de 3,5% em
dezembro frente a novembro refletiu a queda da produção
em todas as categorias de uso e na maior parte (22) dos 27 ramos pesquisados
pelo IBGE. Entre as categorias de uso, a produção recuou
a elevadas taxas. No setor de bens de capital, a produção
caiu 11,6% – essa fortíssima queda deveu-se, em grande medida,
à menor produção de caminhões, ocasionada
pela concessão de férias coletivas em várias empresas
do setor naquele mês. Nos setores de bens intermediários,
de bens de consumo duráveis e de bens de consumo semi e não
duráveis, a atividade produtiva recuou 3,9%, 3,0% e 2,3%, respectivamente
Entre os ramos produtivos,
destacaram-se os resultados negativos das atividades de veículos
automotores (–17,5%), máquinas e equipamentos (–6,2%),
farmacêutica (–11,7%), refino de petróleo e produção
de álcool (–4,3%), metalurgia básica (–7,4%).
borracha e plástico (–6,7%), máquinas para escritório
e equipamentos de informática (–14,2%), máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (–6,2%), calçados
e artigos de couro (–13,4%), produtos de metal (–3,2%) e perfumaria,
sabões, detergentes e produtos de limpeza (–5,3%).
Na comparação
com dezembro de 2012, os resultados foram negativos para bens de consumo
duráveis (–3,5%), bens de consumo semi e não duráveis
(–3,1%) e bens intermediários (–2,0%). A produção
de bens de capital cresceu 1,8%.
No fechamento de 2013, o setor industrial assinalou expansão de
1,2%, com taxas positivas em duas das quatro categorias de uso, 17 dos
27 ramos, 46 dos 76 subsetores e 52,2% dos 755 produtos investigados.
Entre as atividades, a de veículos automotores, com crescimento
de 7,2%, exerceu a maior influência positiva na formação
da média da indústria. Outras contribuições
positivas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de refino
de petróleo e produção de álcool (7,3%), de
máquinas e equipamentos (6,1%), de outros equipamentos de transporte
(8,0%), de outros produtos químicos (2,3%) e de perfumaria, sabões,
detergentes e produtos de limpeza (5,5%). Por outro lado, entre os dez
ramos que reduziram a produção, os principais impactos foram
observados em edição, impressão e reprodução
de gravações (–10,2%), farmacêutica (–9,7%),
indústrias extrativas (–4,1%), bebidas (–4,1%) e metalurgia
básica (–2,0%).
Entre as categorias
de uso, a produção de bens de capital aumentou 13,3% em
2013; a de bens de consumo duráveis, 0,7%; a de bens intermediários
ficou estagnada (0,0%); e a de bens de consumo semi e não duráveis
assinalou redução de 0,5%.
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