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Esta Análise traça o perfil do emprego industrial
por segmento de atividade produtiva e pelas regiões do
País nos dez primeiros meses deste ano, de acordo com números
do IBGE. Inicialmente, faz-se a análise da evolução
dos dezoito segmentos industriais.
Segmentos
industriais em que o emprego caiu em 2012 e continua em queda
em 2013
São
dez segmentos industriais em que o número de ocupados caiu
em 2012 e continua em queda no acumulado janeiro-outubro de 2013.
Deve-se notar que, nos segmentos ditos tradicionais da economia
brasileira (têxtil, vestuário, calçados e
couro, madeira), a retração do emprego foi elevada
em 2012 e continua alta em 2013.
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Têxtil: –5,9% e –3,8%, respectivamente, em
2012 e no acumulado dos dez primeiros meses de 2013;
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Vestuário: –8,9% e –2,9% (de agora em diante,
sempre nessa mesma ordem, ou seja, no ano de 2012 como um todo
e no acumulado dos dez primeiros meses de 2013);
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Calçados e Couro: –6,2% e –5,3%;
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Madeira: –8,0% e –5,2%;
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Papel e Gráfica: –3,5% e –0,9%;
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Produtos de Metal – exclusive máquinas e equipamentos:
–3,1% e –1,7%.
Em quatro
desses dez segmentos, a taxa de variação do emprego
ficou mais negativa em 2013:
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Coque, Refino de Petróleo, Combustíveis Nucleares
e Álcool: –1,5% e –3,7%;
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Minerais
Não-Metálicos: –0,1% e –1,6%;
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Máquinas
e Aparelhos Elétricos, Eletrônicos de Precisão
e de Comunicações: –0,7% e –2,4%;
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Fabricação de Novos Produtos da Indústria
de Transformação: –2,8% e –4,0%.
Observa-se
que em seis desses segmentos a produção é
positiva no acumulado janeiro-outubro de 2013, quais sejam: Calçados
e Couro (7,1%); Madeira (4,1%); Coque, Refino de Petróleo,
Combustíveis Nucleares e Álcool (7,4%); Minerais
Não-Metálicos (0,9%); Máquinas e Aparelhos
Elétricos, Eletrônicos de Precisão e de Comunicações
(3,3%); e Fabricação de Novos Produtos da Indústria
de Transformação (3,6%). Ou seja, a despeito de
resultados positivos na produção, esses segmentos
continuaram reduzindo o número de ocupados em 2013. Esta
pode ser uma indicação de que a produtividade esteja
avançando nesses setores.
Segmentos
industriais em que o emprego crescia em 2012 e continuou crescendo
em 2013
São
apenas três segmentos industriais cujo emprego aumentou
em 2012 e se manteve em crescimento no acumulado do período
janeiro-outubro de 2013. No entanto, observa-se, neste ano, um
menor ritmo de evolução do emprego em todos esses
três segmentos.
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Indústrias
Extrativas: 3,8% e 0,9%, respectivamente, em 2012 e no acumulado
dos dez primeiros meses de 2013;
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Alimentos
e Bebidas: 3,8% e 1,3%;
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Produtos Químicos: 1,0% e 0,9%.
Vale observar
que a produção, no acumulado janeiro-outubro de
2013, é negativa nesses três segmentos: Indústrias
Extrativas (–4,4%); Alimentos e Bebidas (–0,8%); Produtos
Químicos (–0,6%).
Segmentos
industriais em que o emprego caía em 2012 e passou a crescer
em 2013
O número
de ocupados passou a crescer em quatro segmentos industriais neste
ano, após resultados negativos em 2012.
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Fumo: –6,6% e 3,1%, respectivamente, em 2012 e no acumulado
dos dez primeiros meses de 2013;
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Borracha e Plástico: –1,6% e 3,1%;
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Metalurgia
Básica: –3,6% e 0,1%;
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Fabricação de Meios de Transporte: –1,5%
e 0,3%.
Em dois desses
segmentos, a produção aumentou no acumulado janeiro-outubro
deste ano (Borracha e Plástico, 2,8%; e Fabricação
de Meios de Transporte, 9,7%), o que pode justificar as novas
contratações de trabalhadores. Nos segmentos de
Fumo e de Metalurgia Básica, a produção caiu,
respectivamente, 8,3% e 2,8% em igual período.
Segmento
industrial em que o emprego cresceu em 2012 e caiu em 2013
O segmento
de “Máquinas e Equipamentos – exclusive elétricos,
eletrônicos” foi o único em que o emprego assinalou
crescimento em 2012 (1,0%) e vem apresentando queda (2,1%) nos
dez primeiros meses deste ano, a despeito de sua produção
crescer 6,9% neste mesmo período.
Com relação
às regiões, em 2012, o número de ocupados
na indústria apresentava taxas negativas em todas elas,
o que continuou a ocorrer nos dez primeiros meses deste ano, com
exceção da região Norte e Centro-Oeste, cujo
emprego apresentou ligeiro crescimento.
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Norte e Centro-Oeste: –0,2% e 0,3%, respectivamente, em
2012 e no acumulado dos dez primeiros meses de 2013;
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Nordeste: –2,7% e –4,7%. Destacam-se as quedas acentuadas
do emprego em Pernambuco (–6,6%) e na Bahia (–5,6%)
no acumulado janeiro-outubro deste ano;
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Sudeste:
–1,7% e –0,6%. Os destaques aqui ficam por conta
de São Paulo, cujo emprego caiu bem menos nos dez primeiros
meses deste ano com relação à queda registrada
em 2012 (–0,6% contra –2,6%), e do Espírito
Santo, cujo número de ocupados passou a cair mais no
acumulado deste ano até outubro (–3,5%) frente
ao ocorrido no ano de 2012 como um todo (–1,4%);
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Sul: –0,3% e –0,3%. Destacam-se os estados de Santa
Catarina e Paraná, cujas taxas de emprego são
positivas no período janeiro-outubro deste ano: de 1,0%
e 0,4%, nessa ordem – no caso do Paraná, vale destacar
que o emprego industrial também cresceu em 2012 (2,2%).
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O número de ocupados na indústria brasileira assinalou alta
de 0,1% na passagem de setembro para outubro, considerando a série
livre de influências sazonais, após cinco resultados negativos
consecutivos, acumulando recuo de 1,8%. Quando se compara os meses de
outubro de 2013 com o outubro de 2012, o emprego industrial apresentou
queda de 1,7%, a vigésima quinta variação negativa
nesta comparação. Os indicadores acumulado no ano e acumulado
nos últimos 12 meses até outubro assinalaram ambos variação
de –1,0%.
No confronto com outubro
de 2012, o emprego industrial recuou 1,2%, com o contingente de trabalhadores
apontando redução em doze dos quatorze locais pesquisados.
O principal impacto negativo sobre a média global foi observado
na região Nordeste (–5,1%). Outros destaques negativos ficaram
para São Paulo (–1,7%), Bahia (–6,3%), Rio Grande do
Sul (–1,8%) e Pernambuco (–5,7%). Por outro lado, Região
Norte e Centro–Oeste e Santa Catarina, ambos com avanço de
0,4% em outubro de 2013, apontaram as contribuições positivas
sobre o emprego industrial do país.
No índice acumulado
nos dez meses de 2013, o emprego industrial permaneceu em queda (–1,0%),
com taxas negativas em onze dos quatorze locais. A região Nordeste
(–4,7%) apontou o principal impacto negativo seguida do Rio Grande
do Sul (–2,2%), São Paulo (–0,6%), Pernambuco (–7,1%)
e Bahia (–5,7%). Por outro lado, Santa Catarina (1,0%) exerceu a
principal pressão positiva.
Setorialmente, no índice
mensal, 13 dos 18 setores industriais analisados apresentaram número
de contratações inferior ao número de demissões
na indústria ao longo do mês de outubro, sendo que as principais
contribuições negativas estiveram em: produtos de metal
(–5,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de
comunicações (–5,1%), máquinas e equipamentos
(–3,5%), calçados e couro (–5,2%), outros produtos
da indústria de transformação (–3,8%), produtos
têxteis (–3,6%) e refino de petróleo e produção
de álcool (–6,3%); enquanto os principais impactos positivos
ocorreram em borracha e plástico (2,9%) e de meios de transporte
(1,2%).
No ano, as contribuições negativas mais significativas vieram
de calçados e couro (–5,3%), outros produtos da indústria
de transformação (–4,0%), vestuário (–2,9%),
produtos têxteis (–3,8%) e máquinas e equipamentos
(–2,1%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (1,3%) e de
borracha e plástico (3,1%) responderam pelas principais influências
positivas.
Número
de Horas Pagas. No mês de outubro, o número de horas
pagas na indústria registrou variação positiva (0,3%),
após cinco meses consecutivos de quedas. Na comparação
com outubro de 2012, o número de horas pagas na indústria
apresentou decréscimo de 2,0%, com taxas negativas em 12 dos 14
locais e em 16 dos 18 ramos pesquisados. Já no acumulado de 2013,
o decréscimo registrado foi de –1,1%, igual variação
do acumulado dos últimos 12 meses.
Folha de Pagamento
Real. Na variação de outubro frente a setembro
do presente ano, a folha de pagamento real assinalou queda de 0,8%, após
subir 1,6% em setembro. Com relação a outubro do ano passado,
a folha de pagamento real destinada aos trabalhadores na indústria
apresentou crescimento de 1,2%, reflexo dos resultados positivos observados
principalmente no Rio Grande do Sul (4,5%), São Paulo (0,8%), Santa
Catarina (5,1%), Região Norte e Centro–Oeste (4,0%), Paraná
(1,9%) e Rio de Janeiro (1,2%). No ano, o crescimento foi de 2,3%, enquanto
nos últimos doze meses a variação foi de 3,7%.
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