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São três resultados positivos seguidos. Desde o início
de 2010, a indústria brasileira não lograva tal
feito. De fato, com o avanço de 0,6% em outubro, a produção
industrial cresceu por três meses consecutivos (0,2% e 0,5%,
respectivamente, em agosto e setembro – dados revistos pelo
IBGE – e todas essas taxas calculadas com relação
ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal).
Será
que esses resultados significam que aquele movimento de gangorra,
aquele “sobe-desce” observado há muitos meses
na evolução da produção industrial
ficou para trás? Será que os ajustes de níveis
de produção já foram finalizados nos diferentes
segmentos da indústria? Será que a produção
da indústria brasileira começou, portanto, a entrar
numa trajetória de crescimento mais consistente?
Ainda é
cedo para tal vaticínio. Mas, a expectativa é que
algo tenha mudado na indústria brasileira de forma que
a produção industrial passe a oscilar menos e inicie
2014 com taxas de crescimento positivas. Isso não quer
dizer que a indústria começará, nos primeiros
meses do próximo ano, a caminhar a passos mais largos;
pelo contrário, a expectativa é que a produção
continue em ritmo de crescimento modesto – no entanto, vale
frisar, evoluindo a taxas positivas: essa seria a “boa”
notícia.
2013 já
pode ser marcado como um ano muito fraco para a indústria
nacional. Nos dez primeiros meses de 2013, a produção
industrial acumula crescimento de apenas 1,6%. Esse resultado,
é bom que se diga, foi muito favorecido pela recuperação
dos setores de bens de capital e de bens duráveis, cujas
produções cresceram, respectivamente, 14,9% e 1,6%
no período janeiro-outubro deste ano – vale lembrar
que, em 2012, a produção nesses setores recuou 11,8%
e 3,4%, nessa ordem.
O setor de
maior peso e que mais reflete o dinamismo da indústria
ficou praticamente estagnado em 2013: a produção
de bens intermediários aumentou 0,1% de janeiro a outubro
deste ano. É nesse setor que se evidencia os efeitos do
caminhar vagaroso da economia doméstica e, principalmente,
da forte concorrência dos produtos importados. Provavelmente,
a produção industrial fechará este ano com
crescimento em torno de 2,0%, um resultado que não recupera
a queda de 2,6% registrada em 2012.
O cenário
da indústria até outubro de 2013 pode ser assim
resumido: a atividade que mais positivamente influenciou a produção
foi a de veículos automotores (aumento de 10,3% no período
janeiro-outubro), impulsionada, em boa medida, pela maior fabricação
de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões,
automóveis, veículos para transporte de mercadorias
e reboques e semirreboques. Em seguida vieram as atividades de
refino de petróleo e produção de álcool
(7,4%), de máquinas e equipamentos (6,8%), de outros equipamentos
de transporte (7,6%), de máquinas, aparelhos e materiais
elétricos (5,3%) e de borracha e plástico (2,8%).
Por outro
lado, os principais impactos negativos ao longo dos dez primeiros
meses de 2013 vieram das atividades de edição, impressão
e reprodução de gravações (–10,2%),
farmacêutica (–9,1%), indústrias extrativas
(–4,4%), metalurgia básica (–2,8%) e bebidas
(–2,8%).
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A produção industrial avançou de 0,6% em outubro
com relação a setembro, já descontados os efeitos
sazonais. Esse desempenho deveu-se ao crescimento da produção
em três das quatro categorias de uso e em 21 dos 27 ramos pesquisados
pelo IBGE. Entre as categorias de uso, bens de consumo semi e não
duráveis assinalou a maior expansão (1,0%) em outubro de
2013. Também foram registrados aumentos de produção
nos setores produtores de bens de capital (0,6%) e de bens intermediários
(0,3%). A produção de bens de consumo duráveis (–0,6%)
foi a única que registrou queda em outubro de 2013.
Entre as atividades,
as principais influências positivas sobre o total da indústria
vieram das atividades de edição, impressão e reprodução
de gravações (13,1%), máquinas e equipamentos (2,7%),
refino de petróleo e produção de álcool (2,2%)
e indústrias extrativas (2,0%).
Outras contribuições
positivas relevantes vieram de perfumaria, sabões, detergentes
e produtos de limpeza (5,6%), produtos de metal (2,8%), máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (3,4%), máquinas para escritório
e equipamentos de informática (5,2%) e material eletrônico,
aparelhos e equipamentos de comunicações (3,4%). Por outro
lado, os resultados negativos de maior impacto na indústria vieram
das atividades de veículos automotores (–3,1%), bebidas (–5,9%),
outros produtos químicos (–2,2%) e alimentos (–0,6%).
Com relação
a outubro de 2012, produção industrial em geral cresceu
0,9% no mês de outubro deste ano, resultado decorrente exclusivamente
do desempenho do setor de bens de capital, cuja produção
avançou 18,8% nessa comparação, já que nos
setores de bens de consumo duráveis, de bens de consumo semi e
não duráveis e de intermediários, a produção
recuou, respectivamente, 3,2%, 0,7% e 0,7%.
Ainda nessa comparação,
as atividades que mais influenciaram positivamente a produção
industrial foram: máquinas e equipamentos (11,4%), refino de petróleo
e produção de álcool (5,1%), outros equipamentos
de transporte (11,8%), veículos automotores (2,4%), perfumaria,
sabões, detergentes e produtos de limpeza (12,7%), produtos diversos
(27,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática
(12,7%) e produtos de metal (5,4%). Por outro lado, as atividades que
mais negativamente impactaram a produção foram: farmacêutica
(–17,9%), bebidas (–10,4%), alimentos (–2,4%), metalurgia
básica (–3,5%) e indústrias extrativas (–3,0%).
No acumulado dos primeiros dez meses frente a igual período de
2012, a produção da indústria nacional avançou
1,6%, com taxas positivas em três das quatro categorias de uso e
16 dos 27 ramos pesquisados pelo IBGE. Entre as categorias de uso, o maior
aumento da produção foi registrado no setor de bens de capital
(14,9%). Em seguida, vem o setor produtor de bens de consumo duráveis
(1,6%) e o de bens intermediários (0,1%). A produção
do setor de bens de consumo semi e não duráveis acumula
queda de 0,2% no período janeiro-outubro.
Entre as atividades,
a que mais positivamente influenciou a produção da indústria
em geral foi a de veículos automotores (aumento de 10,3% no período
janeiro-outubro). Em seguida vieram as atividades de refino de petróleo
e produção de álcool (7,4%), de máquinas e
equipamentos (6,8%), de outros equipamentos de transporte (7,6%), de máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (5,3%) e de borracha e plástico
(2,8%). Por outro lado, os principais impactos negativos ao longo dos
dez primeiros meses de 2013 vieram das atividades de edição,
impressão e reprodução de gravações
(–10,2%), farmacêutica (–9,1%), indústrias extrativas
(–4,4%), metalurgia básica (–2,8%) e bebidas (–2,8%).
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