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Os números da produção regional industrial
divulgados hoje pelo IBGE permitem qualificar a evolução
da indústria em setembro e no terceiro trimestre deste
ano. E o que eles mostram é que o setor industrial brasileiro
vai muito mal, pois seu desempenho produtivo é fraco ou
negativo em quase todas as regiões do País.
Na comparação
com agosto, já considerados os ajustes sazonais, a produção
industrial recuou, no mês de setembro, em nove dos catorze
locais pesquisados pelo Instituto. Isso mostra a fragilidade do
crescimento naquele mês. Quedas fortes foram registradas
em Pernambuco (–8,2%), Paraná (–2,4%), Ceará
(–2,2%), Amazonas (–1,9%) e Região Nordeste
(–1,4%). O maior centro industrial do país, São
Paulo, compõe esse grupo, com queda de 2,1%, numa demonstração
adicional da debilidade do crescimento industrial.
Em alguns
locais onde a produção avançou em setembro
frente ao mês anterior, simplesmente ocorreu uma recuperação
do mal resultado de agosto, como nos casos da Bahia (–8,6%
em agosto e 6,8% em setembro), do Rio de Janeiro (–4,1%
e 4,4%) e do Rio Grande do Sul (–1,0% e 0,4%).
O movimento
de perda de ritmo da produção industrial é
marcante no terceiro trimestre do ano. Nesse período, com
relação ao segundo trimestre e com ajuste sazonal,
a produção apresentou um menor dinamismo em vários
locais – em muitos deles, ela caiu fortemente no terceiro
trimestre.
Em Pernambuco,
a expansão de 4,0% do segundo trimestre foi sucedida por
uma retração de 5,0% no terceiro; na Bahia, foi
de 3,1% para –1,5%; no Amazonas, de 0,6% para –3,2%;
e na Região Nordeste, de 1,2% para –1,6%. Ou seja,
nesses locais, a produção passou de positiva no
segundo trimestre para negativa no terceiro.
Em outros
estados, a produção perdeu muito do seu ritmo observado
anteriormente: no Paraná, após a expansão
de 3,9% no segundo trimestre, registrou-se um aumento de 1,9%
no terceiro; no Rio Grande do Sul, a produção passou
de 2,5% para 1,6%; e em Minas, de 1,7% para 0,0%.
Nos estados
do Espírito Santo e, sobretudo, de São Paulo, o
cenário ficou pior, já que o desempenho negativo
da produção do segundo trimestre deu lugar a um
resultado mais negativo no terceiro: de –0,3% para –0,5%
no estado capixaba e de –0,2% para –2,6% no estado
paulista.
Embora não
se possa dizer que a situação da indústria
fluminense piorou, ela também não escapou de um
resultado ruim no terceiro trimestre: praticamente repetiu, no
terceiro trimestre (–0,4%), a mesma queda da produção
registrada no segundo trimestre (–0,5%).
Não
se espera que esse terceiro trimestre muito adverso para a indústria
brasileira – seja em termos da produção regional
ou setorial – se repita no quarto trimestre deste ano. Isso
não quer dizer que os últimos três meses de
2013 serão de resultados mais expressivos e consistentes.
A indústria caminhará até o final do ano
a passos modestos e, provavelmente, entrará em 2014 no
mesmo ritmo, talvez com uma evolução de sua produção
menos oscilante, o que poderá ser considerado – nesse
contexto – um bom sinal.
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De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal –
Regional do IBGE, na passagem de agosto para setembro, a produção
industrial recuou em nove dos catorze locais. Quedas fortes foram registradas
em Pernambuco (–8,2%), Paraná (–2,4%), Ceará
(–2,2%), São Paulo (–2,1%), Amazonas (–1,9%)
e Região Nordeste (–1,4%). Em alguns locais onde a produção
avançou em setembro frente ao mês anterior, simplesmente
ocorreu uma recuperação do mal resultado de agosto, como
nos casos da Bahia (–8,6% em agosto e 6,8% em setembro), do Rio
de Janeiro (–4,1% e 4,4%) e do Rio Grande do Sul (–1,0% e
0,4%).
Na base de comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, oito dos catorze locais
mostraram expansão na produção em setembro. Os avanços
mais intensos foram observados nos estados do Goiás (12,8%), Paraná
(11,3%), Rio Grande do Sul (8,8%), Santa Catarina (5,8%), Ceará
(4,5%), Bahia (4,3%) e Rio de Janeiro (3,5%). Com resultado abaixo da
média nacional (2,0%), observamos também que o estado de
Espírito Santo (1,6%) apresentou taxa positiva. Vale ressaltar
que setembro de 2013 (21 dias) teve dois úteis a mais que igual
mês do ano anterior (19). Por outro lado, Pernambuco (–7,5%),
Pará (–3,5%), Amazonas (–3,4%), Região Nordeste
(–1,7%), São Paulo (–1,0%) e Minas Gerais (–0,8%)
registraram os resultados negativos.
A produção
industrial acumulada nos nove primeiros meses de 2013 aumentou em dez
das quatorze localidades, com seis avançando acima da média
nacional (1,6%): Bahia (5,8%), Rio Grande do Sul (5,6%), Goiás
(4,6%), Paraná (4,0%), Ceará (2,8%) e São Paulo (2,0%).
Amazonas (1,6%), Região Nordeste (1,6%), Santa Catarina (1,5%)
e Rio de Janeiro (1,2%), completaram o conjunto de variações
positivas. Por outro lado, os estados do Espírito Santo (–7,4%)
e Pará (–7,2%), assinalaram os recuos mais acentuados.
Nos últimos
doze meses até setembro, a produção industrial apresentou
alta em nove das quatorze localidades. As localidades que se destacaram
foram: Goiás (de 2,7% para 4,6%), Rio Grande do Sul (de 0,8% para
2,0%), Santa Catarina (de 0,1% para 1,2%) e Rio de Janeiro (de –0,2%
para 0,7%).
Pernambuco.
Em
setembro, frente junho, com dados já descontados dos efeitos sazonais,
a produção industrial capixaba apresentou recuo de 8,2%.
No confronto com setembro de 2012, constatou–se recuo de 7,5%, taxa
influenciada principalmente pelos setores: alimentos e bebidas (–17,8%),
produtos de metal (–15,0%) e máquinas, aparelhos e materiais
elétricos (–13,5%). No acumulado no ano de 2013 a produção
industrial recuou (0,2%), com destaque para a queda nos setores de: alimentos
e bebidas (–2,5%), refino de petróleo e produção
de álcool (–31,0%) e produtos têxteis (–15,9%).
Pará.
Em setembro, a indústria paraense apresentou recuo de
(0,2%) na comparação com dados livres de efeitos sazonais.
Na comparação mensal (mês/ mesmo mês do ano
anterior), o estado registrou queda de 3,5%, taxa impulsionada pelos setores
de: metalurgia básica (–9,0%), celulose, papel e produtos
de papel (–40,1%) e alimentos e bebidas (–8,0%). No acumulado
no ano de 2013 a produção industrial recuou (7,2%), com
destaque para a queda nos setores de: metalurgia básica (–9,4%),
extrativo (–5,2%) e celulose, papel e produtos de papel (–36,3%).
Bahia. Em
setembro, frente agosto, com dados já descontados dos efeitos sazonais,
a produção industrial baiana apresentou alta de 6,8%. No
confronto com setembro de 2012, constatou–se avanço de 4,3%,
taxa influenciada pelos setores: refino de petróleo e produção
de álcool (22,4%), celulose, papel e produtos de papel (9,5%) e
minerais não–metálicos (9,6%). No acumulado do ano
em 2013 a produção industrial atingiu alta de (5,8%), destaque
para a alta no setor de refino de petróleo e produção
de álcool (15,5%), metalurgia básica (30,2%) e veículos
automotores (31,9%). Por outro lado, o setor de alimentos e bebidas (–6,4%)
apontou recuo em sua produção.
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