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Em setembro, a produção industrial brasileira apresentou
uma ligeira recuperação: avançou 0,7% com
relação a agosto – com ajuste sazonal –,
de acordo com os números divulgados hoje pelo IBGE. Além
de ser baixa, essa taxa também reflete uma recuperação
parcial da indústria no nono mês deste ano, já
que houve avanço em duas das quatro categorias de uso e
em treze dos vinte e sete ramos pesquisados pelo IBGE.
Com o resultado
de setembro, fecha-se o terceiro trimestre de 2013, e o que pode
ser observado é que a produção industrial
caiu nesse período. De fato, ao se comparar trimestre contra
trimestre imediatamente anterior com ajuste sazonal, a indústria
em geral, que vinha crescendo no primeiro e segundo trimestres
deste ano (0,9%, 1,0%), apresentou retração de 1,4%
no terceiro trimestre.
Esse pior
resultado, que terá reflexo no PIB do terceiro trimestre,
também pode ser visto em todos os grandes setores industriais.
No setor de intermediários, o crescimento de 0,2% registrado
no primeiro trimestre foi seguido de uma queda de igual magnitude
no segundo trimestre, para, no terceiro trimestre, apresentar
retração de 0,7%. Portanto, nesse importante setor
da indústria, há dois trimestres consecutivos, a
produção vem caindo.
Em bens semi
e não duráveis, o desempenho foi o seguinte: –1,0%,
0,6% e –1,0%, respectivamente, no primeiro, segundo e terceiro
trimestres. No setor de duráveis, o comportamento foi semelhante,
destacando-se a forte queda no terceiro trimestre, qual seja:
–1,1%, 2,8% e –4,1%. Mesmo no setor de bens de capital,
o qual vem puxando fortemente o crescimento da indústria
nacional em 2013, vem ocorrendo uma significativa perda de ritmo
ao longo do ano, com pronunciada desaceleração no
terceiro trimestre: 9,4%, 4,2% e 1,4%, respectivamente, no primeiro,
segundo e terceiro trimestres.
A consequência
dessa evolução é que, no acumulado dos nove
primeiros meses do ano, a produção da indústria
nacional cresceu 1,6%. Com esse resultado fraco e com a expectativa
de que o quarto trimestre também seguirá no mesmo
ritmo, projeta-se um avanço da produção industrial
em torno de 2,0% em 2013, uma taxa que não recompõe
a queda de 2012, que foi de 2,6%.
Ou seja, 2013
será mais um ano difícil para a indústria
nacional. Comparado com o nível de produção
industrial de setembro de 2008, quando da crise financeira-econômica
mundial, o nível de setembro deste ano está 4,0%
abaixo. Portanto, passaram-se cinco anos, e a indústria
brasileira não conseguiu voltar àqueles patamares
de produção.
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A produção industrial brasileira registrou alta de 0,7%
em setembro frente a agosto na série livre de efeitos sazonais,
estabilidade em agosto. Frente ao mesmo mês de 2012, o setor registrou
variação positiva de 2,0%, após cair 1,2% no mês
imediatamente anterior. No acumulado entre janeiro e setembro, a indústria
obteve acréscimo de 1,6%, enquanto a variação dos
últimos 12 meses foi de 1,1%.
No mês de setembro,
frente agosto na série com ajuste sazonal, os bens de capital avançaram
4,0%, seguidos por bens de consumo duráveis (2,3%). O setor produtor
de bens intermediários (0,0%) repetiu o patamar do mês imediatamente
anterior, enquanto a produção de bens de consumo semi e
não duráveis (–1,4%) foi a única que registrou
recuo em setembro de 2013.
No confronto com igual
mês do ano anterior, os bens de capital cresceram 24,1%, o sexto
mês seguido de crescimento de dois dígitos. Na formação
da taxa de setembro, o setor foi influenciado pelo crescimento em todos
os subgrupos, com destaque para o avanço de bens de capital para
equipamentos de transporte (23,8%). Os bens de consumo duráveis
(1,5%) e bens intermediários (0,4%) também registraram taxas
positivas em setembro. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo
semi e não duráveis (–1,6%) apontou o único
recuo entre as categorias de uso nesse mês.
No período
de janeiro–setembro de 2013 em comparação ao mesmo
período de 2012 os destaques ficaram para os bens de capital (14,6%).
O setor produtor de bens de consumo duráveis (2,3%) também
apontou expansão acima da média nacional (1,6%), influenciado
pela maior produção de automóveis e de eletrodomésticos
da “linha marrom”. Os bens intermediários (0,2%) também
registraram variação positiva, enquanto os bens de consumo
semi e não duráveis caíram 0,2%.
Setorialmente, entre os meses de agosto e setembro, na série com
ajustamento sazonal, das 27 atividades pesquisadas pelo IBGE, 14 assinalaram
alta. O principal impacto positivo foram os veículos automotores
(6,2%), seguidos por outros equipamentos de transporte (8,6%), outros
produtos químicos (2,7%), perfumaria, sabões, detergentes
e produtos de limpeza (8,4%), farmacêutica (2,5%), produtos de metal
(1,4%) e indústrias extrativas (0,8%). Por outro lado, a maiores
influências negativas vieram de edição, impressão
e reprodução de gravações (–12,2%) e
refino de petróleo e produção de álcool (–4,5%).
Na comparação
entre setembro de 2013 e setembro de 2012, dentre dos 19 segmentos que
obtiveram acréscimo, podemos destacar: máquinas e equipamentos
(17,9%), veículos automotores (11,6%), outros produtos químicos
(4,3%), outros equipamentos de transporte (9,8%), alimentos (1,9%), perfumaria,
sabões, detergentes e produtos de limpeza (13,7%) e produtos diversos
(23,0%). Por outro lado, entre as oito atividades que reduziram a produção,
os principais impactos foram observados em edição, impressão
e reprodução de gravações (–22,2%),
farmacêutica (–20,4%) e bebidas (–6,5%).
No acumulado entre
janeiro e setembro do presente ano contra os mesmos nove meses de 2012,
foi verificado a redução da produção industrial
em 16 atividades. As maiores contribuições foram obtidas
por veículos automotores (11,2%), refino de petróleo e produção
de álcool (7,7%), de máquinas e equipamentos (6,6%), de
outros equipamentos de transporte (7,2%), de máquinas, aparelhos
e materiais elétricos (5,9%) e de borracha e plástico (3,4%).
Por outro lado, os principais impactos negativos foram observados em edição,
impressão e reprodução de gravações
(–11,2%), farmacêutica (–7,6%), indústrias extrativas
(–4,6%) e metalurgia básica (–2,7%).
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