10 de outubro de 2013

Emprego Industrial
Um gosto amargo em agosto


   

 
Se, no início deste ano, esta Análise nutria a expectativa de que a produção industrial mostraria sinais de uma recuperação no segundo trimestre e um crescimento mais consistente no segundo semestre, os números do IBGE mostraram que o desempenho da indústria nacional continua bastante sofrível em 2013.

A maior fragilidade desse desempenho encontra-se no emprego. Pela quarta vez consecutiva, o número de ocupados na indústria caiu. Após as retrações de 0,4%, 0,1% e 0,2%, respectivamente, em maio, junho e julho, o emprego industrial recuou 0,6% em agosto – taxas calculadas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Com esse resultado, o número de ocupados no setor acumula queda de 0,8% de janeiro a agosto deste ano contra igual período de 2012.

O mês de agosto deste ano pode ser qualificado como um dos piores meses para o emprego na história da indústria nacional. A queda foi generalizada: ao se comparar agosto contra agosto de 2012, em treze das catorze localidades pesquisadas pelo IBGE houve decréscimo do pessoal ocupado. O principal impacto negativo veio da região Nordeste (-4,9%), seguido por São Paulo
(-0,9%), Bahia (-7,0%), Rio Grande do Sul (-1,8%), Pernambuco (-6,8%) e Minas Gerais (-1,1%). Santa Catarina, com avanço de 0,9%, foi a única contribuição positiva sobre o emprego industrial do país. No acumulado do ano, o emprego industrial recuou em onze. A região Nordeste (-4,4%) apontou o principal impacto negativo, seguida por Rio Grande do Sul (-2,3%), Pernambuco (-7,3%), Bahia (-5,5%) e São Paulo (-0,4%).

Em termo setoriais, o cenário também é muito negativo e muito generalizado: o emprego caiu em catorze dos dezoito setores pesquisados na comparação agosto-2013/agosto-2012. Os destaques negativos ficaram com: produtos de metal (-4,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
(-4,3%), calçados e couro (-4,7%), máquinas e equipamentos (-2,9%), produtos têxteis (-4,4%), outros produtos da indústria de transformação
(-3,6%), madeira (-5,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,1%) e minerais não-metálicos (-2,1%). No acumulado do ano até agosto, as influências negativas mais relevantes vieram de: calçados e couro (-5,3%), vestuário (-3,3%), outros produtos da indústria de transformação (-4,1%), produtos têxteis (-3,8%), máquinas e equipamentos (-1,9%) e madeira
(-5,1%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (1,7%) e de borracha e plástico (3,0%) responderam pelas principais influências positivas.

Leia aqui o texto completo desta Análise.