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A evolução negativa do emprego industrial deixa
clara a instabilidade vivida pela indústria nacional. As
expectativas do empresariado industrial brasileiro com relação
aos seus negócios não são as melhores, o
que se reflete na não contratação ou nos
desligamentos de trabalhadores em diferentes segmentos industriais.
Pode também
ser observado, nos resultados divulgados hoje pelo IBGE, que,
mesmo naqueles segmentos que foram alvos de estímulos tributários
do Governo (desoneração da folha), o emprego recuou
– aliás, em muitos deles, o número de ocupados
vem apresentando forte retração neste ano.
Para frente,
os sinais não são alentadores. O número de
horas pagas na indústria continua caindo, resultado do
menor número de ocupados e do provável corte de
horas-extras. Isso indica que não está no horizonte
próximo do empresário industrial abrir novos postos
de trabalho.
De acordo
com os números do IBGE, pelo terceiro mês consecutivo,
o número de ocupados na indústria brasileira recuou.
Após as quedas de 0,4% e 0,1% em maio e junho, respectivamente,
o emprego industrial fechou julho com retração de
0,2% – taxas calculadas com relação ao mês
imediatamente anterior, com ajuste sazonal.
Nos sete primeiros
meses de 2013, o emprego industrial acumula queda de 0,8%, o que
representou um movimento contrário ao da produção
industrial no mesmo período (+2,0%). Nesse período,
o número de ocupados na indústria recuou mais nos
segmentos de calçados e couro (–5,4%), madeira (–5,1%),
outros produtos da indústria de transformação
(–4,2%), têxtil (–3,7%), vestuário (–3,7%)
e máquinas e equipamentos (–1,8%).
E termos regionais,
em onze dos catorze locais pesquisados pelo IBGE houve retração
do emprego no período janeiro-julho. As principais influências
negativas vieram da região Nordeste (–4,3%) –
sobretudo devido a Pernambuco (–7,4%) e Bahia (-5,3%) –,
Rio Grande do Sul (–2,4%) e São Paulo (–0,3%).
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Na passagem de junho para julho, com dados dessazonalizados, o emprego
industrial apresentou variação negativa de 0,2%, o terceiro
resultado negativo consecutivo. No confronto com o mesmo mês de
2012, verifica–se recuo de 0,8%, vigésimo resultado negativo
consecutivo nesse tipo de confronto. No acumulado entre janeiro e julho,
em relação ao mesmo período do ano anterior, também
se verificou decréscimo (–0,8%). Nos últimos doze
meses até julho, o emprego apresentou variação acumulada
de –1,1%.
Na comparação
mensal (mês/mesmo mês do ano anterior), houve queda em doze
das catorze regiões contempladas pela pesquisa do IBGE, com destaque
especial para a região Nordeste (–4,3%), devido às
taxas negativas em 12 dos 18 setores investigados. Outros resultados negativos
ocorreram na Bahia (–7,4%), Rio Grande do Sul (–2,1%) e Pernambuco
(–5,3%), enquanto o destaque positivo foi Santa Catarina apresentou
avanço de 1,3%.
No índice acumulado
dos sete primeiros meses de 2013, o emprego industrial registrou queda
em onze locais, com destaque para a região Nordeste (–4,3%),
seguida por Rio Grande do Sul (–2,4%), Pernambuco (–7,4%),
Bahia (–5,3%) e São Paulo (–0,3%). Paraná (0,9%)
e Santa Catarina (1,0%) exerceram as pressões positivas mais importantes
no acumulado dos sete meses do ano.
Setorialmente, o emprego
industrial de julho, confrontado com mesmo mês de 2012, recuou em
doze dos dezoito 18 setores pesquisados. Os principais impactos sobre
a média nacional foram: calçados e couro (–5,5%),
produtos de metal (–3,5%), máquinas e equipamentos (–2,5%),
outros produtos da indústria de transformação (–3,6%),
produtos têxteis (–3,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos
e de comunicações (–2,5%). Os principais impactos
positivos ocorreram em alimentos e bebidas (1,8%), borracha e plástico
(3,4%) e meios de transporte (1,5%).
No ano até
julho, treze dos dezoito setores investigados assinalaram diminuição
do contingente de trabalhadores industriais: calçados e couro (–5,4%),
vestuário (–3,7%), outros produtos da indústria de
transformação (–4,2%), produtos têxteis (–3,7%),
máquinas e equipamentos (–1,8%) e madeira (–5,1%),
enquanto alimentos e bebidas (1,9%) e borracha e plástico (2,9%)
responderam pelas principais influências positivas.
Folha de Pagamento
Real. Em julho, a folha de pagamento real do setor industrial
apresentou alta de 0,4% frente ao mês anterior, na série
livre de efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês
do ano passado, a folha de pagamento real apresentou aumento de 3,4%,
apoiada pelos resultados positivos em doze localidades pesquisadas e dez
setores. No ano até julho, a variação acumulada foi
positiva de 2,8%.
Número
de Horas Pagas. O número de horas pagas, indicador de
futuras contratações de mão–de–obra na
indústria, assinalou decréscimo de 0,3% na passagem de junho
de 2013 para julho, já descontados os efeitos sazonais. Esta variação
negativa ocorreu após duas quedas consecutivas. Contra julho de
2012, o número de horas pagas decresceu 0,8%. No acumulado de 2013
até julho, a queda das horas pagas na indústria cehgou a
0,8%.
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