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A produção industrial iniciou o segundo semestre
deste ano com queda de 2,0%, de acordo com os resultados da Pesquisa
Industrial Mensal do IBGE. Esse resultado negativo de julho praticamente
“devolveu” o crescimento registrado em junho, que
foi de 2,1% – taxas calculadas com relação
ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. A atividade
industrial continuou apresentando, portanto, o mesmo padrão
observado desde o início deste ano, qual seja, de forte
oscilação, de altos e baixos.
Todos os quatro
grandes setores da indústria tiveram queda da produção
em julho. O maior recuo ocorreu no setor de bens duráveis
(–7,2%). Nos setores de bens de capital, de bens de consumo
semi e não duráveis e de bens intermediários,
a produção caiu, respectivamente, 3,3%, 1,5% e 0,7%.
Vale lembrar que, em junho, a produção havia crescido
nos setores de bens de capital (6,5%), de bens duráveis
(4,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis
(2,7%) – no setor de bens intermediários, a produção
havia recuado 0,1%.
O desempenho
observado ao longo dos sete meses de 2013 fornece um retrato mais
claro da indústria brasileira. A produção
de bens de capital, ao acumular crescimento de 14,2% nos sete
primeiros meses deste ano, é a que mais puxou para cima
o resultado geral da indústria. A produção
de bens duráveis, com expansão de 3,9% no período,
também exerceu forte empuxo positivo sobre a atividade
industrial. Os setores de bens intermediários (0,4%) e
de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) contribuíram,
relativamente, muito pouco para a expansão de 2,0% da indústria
nacional no período janeiro-julho deste ano.
Os resultados
de julho trazem um fato preocupante. O setor de bens intermediários
fugiu daquele comportamento oscilante (num mês a produção
sobe, no outro ela cai) e, pelo terceiro mês consecutivo,
registrou queda de sua produção – taxas de
–1,1%, –0,1% e de –0,7% em maio, junho e julho,
nessa ordem. Essa evolução é preocupante
porque esse setor é o de maior peso dentro da indústria
nacional e reflete as compras intra-industriais. Em outras palavras,
ele é o núcleo da indústria. O fraco desempenho
desse setor comprometerá, certamente, o crescimento da
indústria neste ano e, em consequência, do PIB brasileiro.
Em termos
setoriais, catorze dos vinte e sete ramos investigados pelo IBGE
apresentaram crescimento nos sete primeiros meses deste ano. Os
principais impactos positivos sobre o total da indústria
nacional vieram de veículos automotores (13,2%), refino
de petróleo e produção de álcool (8,9%),
máquinas e equipamentos (5,1%), outros equipamentos de
transporte (8,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(7,7%) e borracha e plástico (4,9%). Por outro lado, entre
os onze ramos com queda da produção no período
janeiro-julho, as principais pressões negativas vieram
dos ramos de edição, impressão e reprodução
de gravações (–10,0%), indústrias extrativas
(–5,8%), metalurgia básica (–3,4%) e farmacêutica
(–4,2%).
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Segundo dados do IBGE, a indústria brasileira recuou 2,0% em julho
comparativamente ao mês anterior, na série com dados dessazonalizados,
após alta de 2,1% em junho. Na comparação com julho
de 2012, houve avanço da produção industrial em 2,0%,
quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.
No acumulado de 2013 até junho, a indústria brasileira assinalou
expansão de 2,0% e, no acumulado dos últimos 12 meses encerrados
em julho frente a igual período imediatamente anterior, a produção
industrial mostrou expansão de 0,6%, mantendo a trajetória
ascendente iniciada em dezembro do ano passado (–2,6%).
Dentre as categorias
de uso, na comparação com junho, os bens de consumo duráveis
registrou a queda mais acentuada 7,2%. O segmento de bens de capital (–3,3%)
também apresentou recuo acima da média nacional (–2,0%).
Outros setores que também apresentaram queda foram: bens de consumo
semi e não duráveis (–1,5%) e de bens intermediários
(–0,7%).
No confronto com julho
de 2012, os segmentos que avançaram acima da média nacional
(2,0%) foram os de bens de capital (15,2%) e bens de consumo semi e não
duráveis (2,9%). A produção de bens intermediários
cresceu somente 0,2%. Por outro lado, no setor de bens de consumo duráveis,
a produção recuou 1,6%.
No acumulado de 2013
até julho, as produções de bens de capital (14,2%)
e de bens de consumo duráveis (3,9%) apresentaram as maiores variações.
Os segmentos de bens intermediários (0,4%) e de bens de consumo
semi e não duráveis (0,1%) assinalaram ligeira variação
positiva no ano.
Em termos setoriais,
na comparação julho com junho de 2013, com dados dessazonalizados,
foi verificado queda no nível de produção em quinze
dos vinte e sete ramos produtivos contemplados na pesquisa. Os destaques
negativos foram registrados na produção de veículos
automotores (–5,4%) e na de farmacêuticos (–10,7%).
Outras contribuições negativas relevantes vieram de borracha
e plástico (–4,5%), celulose, papel e produtos de papel (–3,6%),
alimentos (–1,4%), máquinas para escritório e equipamentos
de informática (–9,4%), máquinas e equipamentos (–1,6%),
outros equipamentos de transporte (–3,3%), metalurgia básica
(–1,8%) e outros produtos químicos (–1,5%). Por outro
lado as principais pressões positivas sobre a média da indústria
foram registradas por refino de petróleo e produção
de álcool (3,3%), bebidas (2,3%), de material eletrônico,
aparelhos e equipamentos de comunicações (3,5%) e de produtos
de metal (2,0%).
Na comparação
com o mesmo mês de 2012, a indústria avançou 2,0%,
com expansão em dezoito das vinte e sete atividades pesquisadas.
Os principais impactos positivos ocorreram no ramo de refino de petróleo
e produção de álcool (10,2%), de veículos
automotores (4,3%), de máquinas e equipamentos (5,6%) e de outros
equipamentos de transporte (12,8%). Entre as oito atividades que reduziram
a produção, os principais impactos negativos foram em edição,
impressão e reprodução de gravações
(–9,9%), farmacêutica (–8,4%) e indústrias extrativas
(–2,5%).
No acumulado do ano
até julho, a indústria cresceu 2,0%, com crescimento em
catorze dos vinte e sete ramos investigados. Os principais impactos positivos
foram observados em veículos automotores (13,2%), refino de petróleo
e produção de álcool (8,9%), máquinas e equipamentos
(5,1%), outros equipamentos de transporte (8,0%), máquinas, aparelhos
e materiais elétricos (7,7%) e borracha e plástico (4,9%).
Entre as 11 atividades que reduziram a produção, os principais
impactos foram em edição, impressão e reprodução
de gravações (–10,0%), indústrias extrativas
(–5,8%), metalurgia básica (–3,4%) e farmacêutica
(–4,2%).
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