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O crescimento de 1,5% do PIB no segundo trimestre (com relação
ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal) mostra
um quadro não tão ruim da economia brasileira, como
faziam crer boa parte das avaliações dos analistas.
Não se está dizendo com isso que os resultados abrem
uma trajetória de crescimento robusto para o País
ainda neste ano. A economia brasileira continua caminhando a passos
lentos (aumento de 2,6% no primeiro semestre) e frágeis,
o que implicará um aumento do PIB em 2013 bem abaixo do
que ela pode crescer. Mas, no segundo trimestre houve uma inquestionável
melhora de quase todos os indicadores agregados do País.
Entre esses
indicadores, destaque especial para os investimentos. Se, no primeiro
trimestre deste ano, o forte aumento de 4,7% da Formação
Bruta de Capital Fixo (FBCF) estava “contaminado”
pelo efeito da retomada da produção de caminhões
e, portanto, colocava dúvidas sobre o real desempenho dos
investimentos na economia, o crescimento de 3,6% da FBCF no segundo
trimestre (taxas de variação calculadas com relação
ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal) sinaliza
que tais investimentos estão apresentando um novo dinamismo
que vai além de fatores pontuais.
Com isso,
a expectativa de um novo padrão de crescimento da economia
brasileira baseado nos investimentos ganha força. Para
favorecer essa análise, o IBGE destaca que o aumento de
9,0% da FBCF no segundo trimestre deste ano frente a igual período
de 2012 decorreu da produção interna de bens de
capital. Ainda nesta direção, vale sublinhar a evolução
da taxa de investimento, que passou de 17,9% no segundo trimestre
de 2012 para 18,6% no segundo trimestre deste ano. Foi um aumento
significativo, mas ainda muito aquém da taxa que se almeja
para o País. O caminho dos investimentos pode ser barrado
pelo pessimismo dos empresários que vem se elevando nos
últimos meses. O índice de confiança da indústria
recuou 0,6% em agosto sobre julho após ter caído
4% em julho com relação a junho.
Pelo lado
da oferta, o destaque foi a agropecuária, cujo valor adicionado,
após crescer 9,4% no primeiro trimestre, apresentou expansão
de 3,9% no segundo trimestre (taxas de variação
com relação ao trimestre imediatamente anterior,
com ajuste sazonal) e fechou o primeiro semestre deste ano com
aumento de 14,7%, deixando para trás os resultados negativos
de 2012.
A indústria
também se destaca no segundo trimestre deste ano, mas não
de um modo tão favorável. Ela conseguiu sair do
vermelho no segundo trimestre em comparação com
o primeiro trimestre, com um crescimento do valor adicionado de
2,0%. Notar, contudo, que no acumulado do primeiro semestre de
2013 o aumento foi de somente 0,8% e que até o primeiro
trimestre é registrada uma queda de 1,4%. Na indústria,
o segmento de transformação reagiu (aumento de 1,7%
com relação ao primeiro trimestre) e a construção
apresentou um crescimento bastante significativo de 3,8%, o qual
contrasta com o desempenho tímido ou mesmo negativo como
aqueles que vinham sendo observados nos últimos trimestres.
Por fim, o
lado externo da economia brasileira continua preocupante. O aumento
de 6,9% das exportações de bens e serviços
no segundo trimestre “devolveu” a queda de mesma magnitude
registrada no primeiro trimestre. As importações
cresceram 0,6% no segundo trimestre, após uma expansão
de 5,7% no primeiro – todas essas taxas calculadas com relação
ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Como
resultado, as exportações atingiram um crescimento
pífio de 0,5% nos primeiros seis meses deste ano, enquanto
as importações fecharam o primeiro semestre com
crescimento de 7,6%.
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Segundo dados divulgados pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu
R$1,2 trilhão no segundo trimestre de 2013. O índice trimestral
com ajuste sazonal assinalou, frente ao trimestre imediatamente anterior,
um incremento de 1,5% no segundo trimestre. Frente ao segundo trimestre
de 2012, o PIB brasileiro assinalou alta de 3,3%. No primeiro semestre,
o PIB brasileiro acumulou um avanço de 2,6%.
Na comparação
com o primeiro trimestre de 2013 com dados livres dos efeitos da sazonalidade,
a Agropecuária, teve crescimento de 3,9% do seu valor adicionado
no segundo trimestre. Na Indústria, a variação foi
na ordem de 2,0% e, nos Serviços, de 0,8%.
Em relação
ao segundo trimestre de 2012, a Agropecuária cresceu 13,0%. Este
resultado pode ser explicado pelo desempenho de alguns produtos da lavoura
que possuem safra relevante no segundo trimestre e apresentaram crescimento
nas estimativas de produção anual e da produtividade. É
o caso, por exemplo, da soja (23,7%), do milho (12,2%), do feijão
(8,4%) e do arroz (2,9%), segundo o LSPA de julho divulgado em agosto.
Ainda naquela comparação,
a Indústria apresentou expansão de 2,8%. Dentro da indústria
a transformação cresceu 4,6%, resultado influenciado principalmente
pelo aumento na produção de máquinas e equipamentos,
máquinas e aparelhos elétricos, equipamentos médico-hospitalares
e indústria automotiva. Por outro lado, a indústria extrativa
registrou queda de 3,9%.
Por sua vez, o valor
adicionado dos Serviços assinalou alta de 2,4%, impulsionada pelas
atividades de: Comércio (3,5%), Serviços de informação
(2,7%), imobiliários e aluguel (2,1%), enquanto que intermediação
financeira e seguros e administração, saúde e educação
pública cresceram, ambas, 1,5%.
O PIB acumulado em
quatro trimestres cresceu 1,9% em relação aos quatro trimestres
imediatamente anteriores. Os resultados dos setores foram: Agropecuária
(7,4%), Serviços (1,9%) e Indústria (0,1%).
Pelo lado do gasto,
a despesa de consumo das famílias (0,3%) e a despesa de consumo
da administração pública (0,5%) assinalaram crescimento
em relação ao primeiro trimestre do ano. O destaque positivo
na demanda interna ficou por conta da formação bruta de
capital fixo (FBCF), com crescimento de 3,6%. Em relação
ao setor externo, as importações de bens e serviços
cresceram 0,6% e as exportações, 6,9%.
Na comparação
do segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2012, a despesa
de consumo da administração pública apresentou crescimento
de 1,0%. A FBCF registrou alta de 9,0%. O consumo de famílias,
por sua vez, cresceu 2,3%. Já, do lado da demanda externa, tanto
as importações quanto as exportações de bens
e serviços apresentaram expansão (7,9% e 6,3%, respectivamente).
No acumulado do primeiro
semestre, o PIB cresceu 2,6%. Esse resultado decorreu, pelo lado da demanda,
do aumento de 2,2% do consumo das famílias, de 1,3% do consumo
do governo 2,2%, bem como do forte crescimento de 6,0% da Formação
Bruta de Capital Fixo Em relação a demanda externa, as exportações
caíram 0,1% e as importações cresceram 2,1%.
Participação
no PIB. Pela ótica da oferta, entre o primeiro trimestre de 2013
e o segundo trimestre de 2013, destaca-se a Agropecuária, que partiu
de uma participação de 5,4% e chegando a 6,2%. Serviços,
por sua vez, reduziu sua participação de 58,6% para 57,4%.
O setor industrial, cresceu 1 p.p. ,obtendo participação
de 21,7%.
Já na ótica da demanda, no 2º trimestre é Consumo
de famílias que passou de 65,1% para 61,6%, em relação
ao PIB. Enquanto FBKF que passou de 18,4% para 18,6%.
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