8 de agosto de 2013

Indústria Regional
Reação um pouco mais consistente


   

 
Os resultados regionais da indústria brasileira foram, em geral, positivos em junho deste ano. De acordo com o IBGE, o aumento de 1,9% da produção industrial no sexto mês de 2013 decorreu da expansão das atividades produtivas em dez dos catorze locais pesquisados.

Vale destacar que a produção se recuperou em dois estados importantes para a indústria nacional no final do primeiro semestre deste ano: as indústrias do Rio de Janeiro e de São Paulo, após as retrações de maio, reagiram e registraram aumentos da produção de, respectivamente, 2,3% e 2,9% em junho.

Outros resultados também podem ser destacados: no Nordeste, as produções das indústrias de Pernambuco e Bahia somaram quatro variações positivas consecutivas (de março a junho); no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul, a atividade produtiva avançou nos três meses do segundo trimestre – todas as taxas de variação citadas acima calculadas com relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal.

No acumulado do primeiro semestre do ano, a produção industrial ficou positiva em dez dos catorze locais pesquisados pelo IBGE. Aumentos mais significativos da produção foram registrados nos estados da Bahia (aumento de 5,9% da produção no primeiro semestre), do Rio Grande do Sul (4,7%), de São Paulo (2,9%), do Ceará (2,7%) e do Amazonas (2,2%). É verdade que, com exceção da Bahia, nesses outros estados, a evolução no primeiro semestre do ano passado era negativa, isto é, o nível de produção que é tomado como base de comparação é baixo. No entanto, esses resultados positivos e relativamente expressivos indicam, sim, que houve reação no período em tela.

Ou seja, ainda que tenha apresentado um comportamento cambaleante ao longo do primeiro semestre, o sinal positivo de junho observado na maioria das regiões do País e o crescimento de 1,9% que a produção industrial brasileira logrou no acumulado dos seis primeiros meses deste ano trazem uma melhor expectativa para o segundo semestre. Bem entendido, esse “uma melhor expectativa” significa que é mais provável que a produção industrial oscile menos no segundo semestre (sempre numa trajetória positiva) e consiga recuperar, até o final do ano, a queda ocorrida em 2012 (–2,6%).

Portanto, não se vislumbra um desempenho robusto da indústria nacional neste ano. Ela acompanhará a melhor evolução que se espera para a economia brasileira no segundo semestre, bem como um desempenho mais favorável pelo lado das exportações. As questões estruturais que vêm, já há muito tempo, minando a competitividade da indústria brasileira ainda estão todas postas.

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