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Os resultados regionais da indústria brasileira foram,
em geral, positivos em junho deste ano. De acordo com o IBGE,
o aumento de 1,9% da produção industrial no sexto
mês de 2013 decorreu da expansão das atividades produtivas
em dez dos catorze locais pesquisados.
Vale destacar
que a produção se recuperou em dois estados importantes
para a indústria nacional no final do primeiro semestre
deste ano: as indústrias do Rio de Janeiro e de São
Paulo, após as retrações de maio, reagiram
e registraram aumentos da produção de, respectivamente,
2,3% e 2,9% em junho.
Outros resultados
também podem ser destacados: no Nordeste, as produções
das indústrias de Pernambuco e Bahia somaram quatro variações
positivas consecutivas (de março a junho); no Espírito
Santo e no Rio Grande do Sul, a atividade produtiva avançou
nos três meses do segundo trimestre – todas as taxas
de variação citadas acima calculadas com relação
ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal.
No acumulado
do primeiro semestre do ano, a produção industrial
ficou positiva em dez dos catorze locais pesquisados pelo IBGE.
Aumentos mais significativos da produção foram registrados
nos estados da Bahia (aumento de 5,9% da produção
no primeiro semestre), do Rio Grande do Sul (4,7%), de São
Paulo (2,9%), do Ceará (2,7%) e do Amazonas (2,2%). É
verdade que, com exceção da Bahia, nesses outros
estados, a evolução no primeiro semestre do ano
passado era negativa, isto é, o nível de produção
que é tomado como base de comparação é
baixo. No entanto, esses resultados positivos e relativamente
expressivos indicam, sim, que houve reação no período
em tela.
Ou seja, ainda
que tenha apresentado um comportamento cambaleante ao longo do
primeiro semestre, o sinal positivo de junho observado na maioria
das regiões do País e o crescimento de 1,9% que
a produção industrial brasileira logrou no acumulado
dos seis primeiros meses deste ano trazem uma melhor expectativa
para o segundo semestre. Bem entendido, esse “uma melhor
expectativa” significa que é mais provável
que a produção industrial oscile menos no segundo
semestre (sempre numa trajetória positiva) e consiga recuperar,
até o final do ano, a queda ocorrida em 2012 (–2,6%).
Portanto,
não se vislumbra um desempenho robusto da indústria
nacional neste ano. Ela acompanhará a melhor evolução
que se espera para a economia brasileira no segundo semestre,
bem como um desempenho mais favorável pelo lado das exportações.
As questões estruturais que vêm, já há
muito tempo, minando a competitividade da indústria brasileira
ainda estão todas postas.
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De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal –
Regional do IBGE, na passagem de maio para junho, a produção
industrial avançou em dez dos catorze locais pesquisados. Os avanços
mais intensos foram registrados nos estados de Pará (5,9%), Rio
Grande do Sul (3,9%), Bahia (3,1%), Santa Catarina (2,9%), São
Paulo (2,9%) e Rio de Janeiro (2,3%). Região Nordeste (1,8%), Ceará
(1,7%), Pernambuco (1,5%) e Espírito Santo (1,2%) completaram o
conjunto de locais com taxas positivas, porém menos intensas do
que a média nacional (1,9%). Por outro lado, Paraná (–3,0%)
mostrou o recuo mais acentuado, com Goiás (–2,3%), Amazonas
(–2,2%) e Minas Gerais (–0,8%) em sequência.
Na comparação
mês contra mesmo mês do ano anterior, nove dos catorze estados
mostraram expansão na produção em junho. Os avanços
mais intensos foram observados nos estados do Rio Grande do Sul (11,8%)
e Bahia (9,9%), impulsionados pelo comportamento positivo dos setores
de máquinas e equipamentos (silos metálicos, fornos industriais
não–elétricos, máquinas para colheita e aparelhos
de ar–condicionado para uso central), refino de petróleo
e produção de álcool (gasolina automotiva e óleo
diesel) e veículos automotores (automóveis), no primeiro
local, e de refino de petróleo e produção de álcool
(óleo diesel, gasolina automotiva, álcool e querosenes de
aviação). Outros estados que também apontaram expansão
foram: Rio de Janeiro (5,2%), região Nordeste (4,5%), Paraná
(4,4%), Pernambuco (3,6%), São Paulo (3,1%), Ceará (2,4%)
e Goiás (2,4%). Por outro lado, Pará (–7,0%), Espírito
Santo (–6,0%), Minas Gerais (–1,4%), Amazonas (–0,6%)
e Santa Catarina (–0,2%) apresentaram resultados negativos.
A produção
industrial acumulada no primeiro semestre de 2013 avançou em dez
das quatorze localidades, com sete avançando acima da média
nacional (1,9%): Bahia (5,9%), Rio Grande do Sul (4,7%), São Paulo
(2,9%), Ceará (2,7%), Amazonas (2,2%), Goiás (2,0%) e região
Nordeste (2,0%). Rio de Janeiro (1,4%), Paraná (0,8%) e Pernambuco
(0,6%), completaram o conjunto de variações positivas. Por
outro lado, os estados do Pará (–10,3%) e Espírito
Santo (–9,4%), Minas Gerais (–0,7%) e Santa Catarina (–0,5%),
assinalaram os recuos mais acentuados.
Por sua vez, a produção
industrial acumulada nos últimos doze meses apresentou alta em
seis das quatorze localidades. As localidades que registram as maiores
quedas são: Rio Grande do Sul, que passou de –2,7% para –1,1%,
Bahia (de 4,7% para 5,9%), Rio de Janeiro (de –1,8% para –0,8%),
Paraná (de –6,9% para –6,0%) e São Paulo (de
–0,4% para 0,5%).
Pará.
Em
junho, frente maio, com dados já descontados dos efeitos sazonais,
a produção industrial paraense apresentou avançou
de 5,9%. No confronto com junho de 2012, constatou–se recuo de 7,0%,
taxa influenciada principalmente pelos setores: metalurgia básica
(–14,9%), celulose, papel e produtos de papel (–39,9%) e indústrias
extrativas (–2,0%). No primeiro semestre de 2013, a produção
industrial recuou 10,3%, com destaque para a queda nos setores de: indústria
extrativa (–10,5%), metalurgia básica (–11,4%) e celulose,
papel e produtos de papel (–33,8%).
Espírito
Santo. A indústria capixaba apresentou avanço de
1,2% em junho na comparação com maio – variação
livre de efeitos sazonais. Na comparação mensal (mês/
mesmo mês do ano anterior), o estado registrou queda de 6,0%, taxa
impulsionada pelos setores de: alimentos e bebidas (–24,5%) e metalurgia
básica (–27,5%). No primeiro semestre de 2013, a produção
industrial recuou 9,4%, com destaque para a queda nos setores de: metalurgia
básica (–38,9%), alimentos e bebidas (–24,5%) e celulose,
papel e produtos de papel (–2,0%).
Rio Grande
do Sul. Em junho frente maio, com dados já descontados
dos efeitos sazonais, a produção industrial gaúcha
apresentou alta de 3,9%. No confronto com junho de 2012, constatou–se
avanço de 11,8%, taxa influenciada pelos setores: máquinas
e equipamentos (26,0%), refino de petro´leo e produc¸a~o de
álcool (22,9%) e veículos automotores (20,0%). No primeiro
semestre de 2013, a produção industrial atingiu alta de
4,7%, destaque para a alta no setor de refino de petróleo e produção
de álcool (21,6%), veículos automotores (15,9%) e máquinas
e equipamentos (7,1%). Por outro lado, outros produtos químicos
(–5,4%), calçados e artigos de couro (–3,9%) e metalurgia
básica (–8,8%) apresentaram queda.
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