O emprego industrial continuou com resultados ruins no mês
abril: ficou estagnado com relação a março
(0,0%, com ajuste sazonal) e caiu 0,5% frente o mesmo período
do ano passado. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano,
o número de ocupados na indústria brasileira recuou
0,9%.
Como já
foi assinalado por esta Análise, o emprego industrial não
está acompanhando a produção industrial,
a qual, a partir de março, começou a dar sinais
de retomada, ainda que modestamente. Isso faz sentido, pois se
espera que o emprego comece a reagir após a produção
apresentar uma trajetória de crescimento mais consistente.
No entanto,
nos números divulgados hoje pelo IBGE relativos ao mercado
de trabalho da indústria já podem ser notados alguns
indícios de melhores perspectivas para o emprego industrial.
De fato, observa-se que o número de horas pagas em abril
avançou 1,0% na comparação com março,
com ajuste sazonal, um primeiro sinal de que, mais para frente,
novos postos de trabalho poderão ser abertos.
E mais: no
estado de São Paulo, o emprego industrial reagiu e aumentou
0,1% em abril com relação a igual mês de 2012
– algo que não ocorria desde abril de 2011! Nessa
mesma comparação, o número de horas pagas
na indústria paulista cresceu 1,3%.
Como foi dito
acima, o quadro do emprego na indústria no primeiro quadrimestre
deste ano é muito desfavorável. A retração
de 0,9% decorreu dos resultados negativos em dez dos catorze locais
e em doze dos dezoito setores investigados pelo IBGE. Entre os
locais, o número de ocupados recuou fortemente na Região
Nordeste (–4,6%), no Rio Grande do Sul (–2,6%), em
Pernambuco (–8,6%), em São Paulo (–0,5%) e
na Bahia (–4,7%). Setorialmente, as principais influências
negativas vieram de vestuário (–5,5%), calçados
e couro (–5,3%), produtos têxteis (–4,6%), outros
produtos da indústria de transformação (–4,2%),
madeira (–5,4%), máquinas e equipamentos (–1,3%)
e meios de transporte (–1,1%).
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aqui o texto completo desta Análise.