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O número de ocupados na indústria brasileira cresceu,
segundo números do IBGE, 0,2% em março. O emprego
industrial não avançava desde novembro do ano passado
(+0,1%, seguidas pelas variações de –0,3%,
–0,1% e 0,0%, respectivamente, em dezembro, janeiro e fevereiro)
– todas as taxas calculadas com relação ao
trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Portanto,
o resultado positivo de março não é tão
alentador para o mercado de trabalho voltado para a indústria.
O que a análise
dos dados do IBGE deixa claro, ou ainda, o que ela confirma é
que a evolução do número de ocupados na indústria
“descolou” da evolução da produção
industrial. De fato, no primeiro trimestre deste ano, na comparação
com o quarto trimestre do ano passado (com ajuste sazonal), a
produção aumentou 0,8% e o emprego industrial recuou
0,2%. Vale lembrar que, em 2009 e 2012, anos de crise para a indústria
brasileira, os reveses na produção (–7,4%
e –2,6%, respectivamente) foram maiores do que aqueles registrados
no emprego (–5,0% e –1,4%, na mesma ordem), algo que
não vem ocorrendo neste ano: no acumulado do primeiro trimestre
frente a igual período de 2012, a produção
industrial caiu menos (–0,5%) do que o emprego industrial
(–1,0%).
Ou seja, há
sinais de que a indústria começou a entrar numa
trajetória de recuperação de seus níveis
de produção, mas o emprego industrial “perdeu
a resistência” observada nos dois anos após
a crise de 2008 e está ainda em processo de ajuste. Em
perspectiva, espera-se que a indústria apresente um crescimento
mais firme da produção e o emprego, com alguma defasagem,
comece então a reagir de modo mais consistente.
Regionalmente,
no primeiro trimestre deste ano frente a igual período
de 2012, o emprego industrial caiu em dez dos catorze locais pesquisados
pelo IBGE. A região Nordeste (–4,7%) apontou o principal
impacto negativo no total da indústria, seguido por Rio
Grande do Sul (–3,0%), São Paulo (–0,8%), Pernambuco
(–8,5%) e Bahia (–4,6%). Por outro lado, Paraná
(1,8%) exerceu a pressão positiva mais relevante no acumulado
dos três primeiros meses do ano.
Já,
em termos setoriais, o emprego industrial recuou, no primeiro
trimestre deste ano com relação ao mesmo período
de 2012, em onze dos dezoito setores pesquisados pelo IBGE. As
contribuições negativas que mais influenciaram a
média nacional vieram de vestuário (–6,4%),
calçados e couro (–4,8%), produtos têxteis
(–5,2%), outros produtos da indústria de transformação
(–4,1%), meios de transporte (–1,4%) e madeira (–5,1%);
os setores de alimentos e bebidas (1,6%) e de borracha e plástico
(2,6%) responderam, por sua vez, pelas principais influências
positivas.
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Em março, o total dos ocupados na indústria geral assinalou
variação de 0,2 em relação ao mês anterior,
a partir de dados livres dos efeitos sazonais, após ter registrado
–0,3% em dezembro, –0,1% em janeiro e 0,0% em fevereiro. No
confronto entre março 2013 e março 2012, verificou–se
queda de 0,6% no número de ocupados na indústria, a décima
oitava variação negativa consecutiva. No acumulado do primeiro
trimestre deste ano, a variação foi negativa na ordem de
1,0%. Nos últimos 12 meses até março, a ocupação
na indústria total decresceu 1,4%.
No confronto com igual
mês do ano passado, o emprego industrial recuou em nove dos 14 locais
pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global
foi observado na região Nordeste (–3,7%). Vale citar também
os resultados negativos assinalados por Rio Grande do Sul (–2,3%),
Pernambuco (–6,3%), São Paulo (–0,4%) e Bahia (–4,5%).
Por outro lado, Paraná (2,0%) apontou a contribuição
positiva mais relevante sobre o emprego industrial do país.
No primeiro trimestre
deste ano frente a igual período de 2012, o emprego industrial
caiu em dez dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. A região Nordeste
(–4,7%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria,
seguido por Rio Grande do Sul (–3,0%), São Paulo (–0,8%),
Pernambuco (–8,5%) e Bahia (–4,6%). Por outro lado, Paraná
(1,8%) exerceu a pressão positiva mais relevante no acumulado dos
três primeiros meses do ano.
Setorialmente, na
comparação mensal, isto é, mês contra mesmo
mês do ano anterior, o total do pessoal ocupado na indústria
caiu em 12 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as influencias
negativas vindas de vestuário (–5,5%), calçados e
couro (–6,3%), outros produtos da indústria de transformação
(–4,0%), produtos têxteis (–4,3%) e madeira (–4,7%).
Por outro lado, os principais impactos positivos sobre a média
da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas
(2,7%) e de borracha e plástico (2,7%).
Já no primeiro
trimestre deste ano, com relação ao mesmo período
de 2012, as contribuições negativas que mais influenciaram
a média nacional vieram de vestuário (–6,4%), calçados
e couro (–4,8%), produtos têxteis (–5,2%), outros produtos
da indústria de transformação (–4,1%), meios
de transporte (–1,4%) e madeira (–5,1%); os setores de alimentos
e bebidas (1,6%) e de borracha e plástico (2,6%) responderam, por
sua vez, pelas principais influências positivas.
Número de Horas Pagas. O número de horas
pagas na indústria, na passagem de fevereiro para março,
apresentou resultado negativo (0,4%) após registrar queda de 0,2%
em fevereiro, em comparação feita a partir de dados livres
de efeitos sazonais. No índice acumulado no 1º trimestre de
2013, o número de horas pagas na indústria recuou 1,7% –
comparação contra igual período do ano anterior.
No acumulado dos últimos doze meses, frente o mesmo período
de 2012, a queda foi na ordem de 2,0%.
Folha de Pagamento
Real. Na passagem entre fevereiro para março de 2013,
a folha de pagamento real registrou queda de 0,5%, após avançar
3,0%. O indicador mensal (mês/mesmo mês do ano anterior) assinalou
acréscimo de 2,5% em março, 39ª taxa positiva consecutiva
nesse tipo de comparação. No acumulado do primeiro trimestre,
houve alta de 1,9% e no acumulado dos últimos 12 meses até
março, de 3,7%.
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