10 de maio de 2013

Emprego Industrial
Primeiro trimestre descolado
da produção industrial


   

 
O número de ocupados na indústria brasileira cresceu, segundo números do IBGE, 0,2% em março. O emprego industrial não avançava desde novembro do ano passado (+0,1%, seguidas pelas variações de –0,3%, –0,1% e 0,0%, respectivamente, em dezembro, janeiro e fevereiro) – todas as taxas calculadas com relação ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Portanto, o resultado positivo de março não é tão alentador para o mercado de trabalho voltado para a indústria.

O que a análise dos dados do IBGE deixa claro, ou ainda, o que ela confirma é que a evolução do número de ocupados na indústria “descolou” da evolução da produção industrial. De fato, no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre do ano passado (com ajuste sazonal), a produção aumentou 0,8% e o emprego industrial recuou 0,2%. Vale lembrar que, em 2009 e 2012, anos de crise para a indústria brasileira, os reveses na produção (–7,4% e –2,6%, respectivamente) foram maiores do que aqueles registrados no emprego (–5,0% e –1,4%, na mesma ordem), algo que não vem ocorrendo neste ano: no acumulado do primeiro trimestre frente a igual período de 2012, a produção industrial caiu menos (–0,5%) do que o emprego industrial (–1,0%).

Ou seja, há sinais de que a indústria começou a entrar numa trajetória de recuperação de seus níveis de produção, mas o emprego industrial “perdeu a resistência” observada nos dois anos após a crise de 2008 e está ainda em processo de ajuste. Em perspectiva, espera-se que a indústria apresente um crescimento mais firme da produção e o emprego, com alguma defasagem, comece então a reagir de modo mais consistente.

Regionalmente, no primeiro trimestre deste ano frente a igual período de 2012, o emprego industrial caiu em dez dos catorze locais pesquisados pelo IBGE. A região Nordeste (–4,7%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, seguido por Rio Grande do Sul (–3,0%), São Paulo (–0,8%), Pernambuco (–8,5%) e Bahia (–4,6%). Por outro lado, Paraná (1,8%) exerceu a pressão positiva mais relevante no acumulado dos três primeiros meses do ano.

Já, em termos setoriais, o emprego industrial recuou, no primeiro trimestre deste ano com relação ao mesmo período de 2012, em onze dos dezoito setores pesquisados pelo IBGE. As contribuições negativas que mais influenciaram a média nacional vieram de vestuário (–6,4%), calçados e couro (–4,8%), produtos têxteis (–5,2%), outros produtos da indústria de transformação (–4,1%), meios de transporte (–1,4%) e madeira (–5,1%); os setores de alimentos e bebidas (1,6%) e de borracha e plástico (2,6%) responderam, por sua vez, pelas principais influências positivas.
 

 
Em março, o total dos ocupados na indústria geral assinalou variação de 0,2 em relação ao mês anterior, a partir de dados livres dos efeitos sazonais, após ter registrado –0,3% em dezembro, –0,1% em janeiro e 0,0% em fevereiro. No confronto entre março 2013 e março 2012, verificou–se queda de 0,6% no número de ocupados na indústria, a décima oitava variação negativa consecutiva. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a variação foi negativa na ordem de 1,0%. Nos últimos 12 meses até março, a ocupação na indústria total decresceu 1,4%.

No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou em nove dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado na região Nordeste (–3,7%). Vale citar também os resultados negativos assinalados por Rio Grande do Sul (–2,3%), Pernambuco (–6,3%), São Paulo (–0,4%) e Bahia (–4,5%). Por outro lado, Paraná (2,0%) apontou a contribuição positiva mais relevante sobre o emprego industrial do país.

No primeiro trimestre deste ano frente a igual período de 2012, o emprego industrial caiu em dez dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. A região Nordeste (–4,7%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, seguido por Rio Grande do Sul (–3,0%), São Paulo (–0,8%), Pernambuco (–8,5%) e Bahia (–4,6%). Por outro lado, Paraná (1,8%) exerceu a pressão positiva mais relevante no acumulado dos três primeiros meses do ano.

Setorialmente, na comparação mensal, isto é, mês contra mesmo mês do ano anterior, o total do pessoal ocupado na indústria caiu em 12 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as influencias negativas vindas de vestuário (–5,5%), calçados e couro (–6,3%), outros produtos da indústria de transformação (–4,0%), produtos têxteis (–4,3%) e madeira (–4,7%). Por outro lado, os principais impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas (2,7%) e de borracha e plástico (2,7%).

Já no primeiro trimestre deste ano, com relação ao mesmo período de 2012, as contribuições negativas que mais influenciaram a média nacional vieram de vestuário (–6,4%), calçados e couro (–4,8%), produtos têxteis (–5,2%), outros produtos da indústria de transformação (–4,1%), meios de transporte (–1,4%) e madeira (–5,1%); os setores de alimentos e bebidas (1,6%) e de borracha e plástico (2,6%) responderam, por sua vez, pelas principais influências positivas.

 

 
Número de Horas Pagas. O número de horas pagas na indústria, na passagem de fevereiro para março, apresentou resultado negativo (0,4%) após registrar queda de 0,2% em fevereiro, em comparação feita a partir de dados livres de efeitos sazonais. No índice acumulado no 1º trimestre de 2013, o número de horas pagas na indústria recuou 1,7% – comparação contra igual período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses, frente o mesmo período de 2012, a queda foi na ordem de 2,0%.

Folha de Pagamento Real. Na passagem entre fevereiro para março de 2013, a folha de pagamento real registrou queda de 0,5%, após avançar 3,0%. O indicador mensal (mês/mesmo mês do ano anterior) assinalou acréscimo de 2,5% em março, 39ª taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. No acumulado do primeiro trimestre, houve alta de 1,9% e no acumulado dos últimos 12 meses até março, de 3,7%.

 

 

 

 

 

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